sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Retrospectiva 2010 da Rede Globo

Por Carlos Chagas

Mais um ano passa deixando sua história. História esta que fica gravada em imagens não só nos vídeos de filmadoras, mas na nossa mente e alma. Que o vídeo abaixo não deixe apagar a história. Que consertemos o que erramos e melhoremos o que há para ser aprimorado.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A importância da oração segundo Silas Malafaia

Por Carlos Chagas

Este artigo (ou resumo?) foi escrito após eu acabar de ler um livro do pastor Silas Malafaia que se chama "Orar pode mudar tudo" (confira na imagem ao lado), onde percebi certos princípios para que uma oração seja bem sucedida. Achei por demais interessante, uma vez que se trabalha princípios e não regras, o que deixa o livro mais interessante. Sem falar que o livro passa a mensagem com poucas páginas (64 páginas). Eu o li em 35 minutos.

Malafaia trabalha certos valores em seu livro que devem ser observados e postos em prática. O primeiro deles é a fé. Sem esta é impossível de agradar a Deus, uma vez que você está buscando dialogar com quem é invisível aos olhos humanos. Sendo assim, o simples fato de dialogar com Deus já gera a necessidade de fé. A outra questão é que se você ora a Deus é porque você confia, e se confia é porque você sabe que Ele é quem vai agir. Portanto tenha fé (acredite) que Ele vai agir.

O segundo princípio é a humildade. Todos devem ter em mente que o ser humano é sombra e pó. E é Deus quem criou todas as coisas. A humildade nasce quando o homem busca demonstrar sua sinceridade de vida, relatando os erros e acertos, deixando claro que você sabe (mas tem que ser de coração) que está numa posição inferior, já que você é criação e não criador. Ser humilde é ser aberto e disposto a ouvir.

Aquele que ouve está preparado ao próximo princípio, que é o de confessar os erros. E não só os erros, mas os acertos também. Confessar os acertos é demonstrar para si próprio como tem sido a caminhada cristã. E confessar os erros é trazer à tona aquilo que tem atrapalhado o relacionamento Deus-Homem. Ora, se está atrapalhando segue-se que aquilo que foi confessado de errado merece abstinência; merece ser lançado fora. Portanto, a confissão tem que gerar mudança. Confessar é se arrepender dos erros e se motivar com acertos.

Essa mudança geralmente é regrada com quebrantamento, que é outra virtude destacada por Silas Malafaia. Quebrantar é se abrir em confições mais do que o seu normal. É falar abertamente de seus sentimentos mais íntimos. É o que chamamos de "falar pelas ventas". O quebrantar é necessário uma vez que limpa a alma de sentimentos ruins e de amarras que impedem o ser humano de evoluir espiritualmente.

Este livro é indicado para aqueles que estão com alguma angústia que necessita de orações intermináveis e para aqueles que querem ter maior intimidade com Deus em suas orações. Também indico aos novos na fé já que os princípios ali ensinado servem e muito para o "engatinhar" da fé.

Gostaria de deixar claro aqui que este resumo do livro é de minha autoria. Nenhuma das palavras usadas aqui, a não ser as palavras-chave como "fé", "humildade", "confissão", "quebrantamento", "arrependimento" e "sinceridade" serão encontradas no livro de Silas Malafaia. Fica aqui também um abraço e um simples agradecimento ao Pastor Silas Malafaia pelas palavras ali dedicadas. Foram de grande valia para mim e para a minha esposa. Sou grato a você Pastor.

Leia também: "O jejum: Afinal,qual a sua função? Para que serve?"

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Leia a Bíblia em 1 ano - Material para Download

Por Carlos Chagas

Se você é daqueles que precisa de um "empurrãozinho" para que as coisas progridam, então olhe só: Este arquivo lhe ajudará e muito na leitura diária da Bíblia. Se você seguir diariamente os pedidos de leituras ali propostos você conseguirá ler a Bíblia em 1 ano!!! Então baixe este arquivo, imprima-o e coloque na cabeceira da cama junto com sua Bíblia. Todos os dias antes de dormir ou na hora de levantar você poderá ler este trecho e se deliciar nas palavras de Deus.

Para baixar o arquivo clique aqui.


sábado, 25 de dezembro de 2010

Como fazer cabos RCA de áudio com saída e/ou entrada P2 stereo

Por Carlos Chagas

Dando suporte ao artigo "Como fazer cabos XLR com XLR, P10 Mono e P10 Stereo" percebi que seria interessante criar outro artigo ensinando como criar um cabo RCA (aqueles das pontas Vermelha, Amarela e Branca) de áudio com conexão P2 estéreo (stereo). Geralmente muitos conhecem o cabo RCA com entrada e saída com plugs de conexão "macho" (com pontas). Mas neste artigo priorizar-se-á a confecção do cabo RCA macho de um lado e P2 stereo do outro.

DICA: Para aumentar o tamanho das figuras basta clicar em cima delas.

Plug RCA de áudio e plug P2 stereo:


Perceba na figura do plug RCA que não tem a ponta Amarela, já que esta se trata da conexão de vídeo. Logo, descartamos ela uma vez que o objetivo é criar um cabo RCA/P2 para áudio stereo.


Note:
RCA Vermelho = R (right - direito)
RCA Branco = L (left - esquerdo)







Agora identifique o positivo, negativo e terra nas figuras abaixo:

P2 stereo:
RCA:

Por fim, entenda como se dá a conexão entre os plugs:






Portanto fica:

RCA Branco: Solda-se sua ponta no Tip/Positivo do P2 Stéreo e sua base no Aterramento/Blindagem/Sleeve do P2 stereo.
RCA Vermelho: Solda-se sua ponta no Ring/Negativo do P2 stereo e sua base no Aterramento/Blindagem do P2 stereo.

Caso queira usar um P2 com uma via extra para vídeo segue o desenho abaixo:



Espero que tais dicas tenham sido valiosas.

Para ler outro artigo sobre conexões P10 e XLR (cabos balanceados) clique aqui.

P.S.: Aconselho você adquirir um multímetro para a confecção dos cabos.

Feliz DigiNatal!!!

Por Carlos Chagas

Uma boa propaganda com uma linda história nela.




Que Deus o abençoe!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Afinal de contas, o que é Natal? Esse cordel lhe contará tudo!!!

Por Carlos Chagas

De um tempo para cá me tornei contrário à data do Natal devido ao comércio exagerado. Mas quando vejo algo que fala de Jesus Cristo e não de Papai Noel eu acho legal e até apóio. Portanto, fique com a história abaixo feita em forma de cordel.


sábado, 18 de dezembro de 2010

Intolerância: Um mal ainda presente (como nunca)

Por Carlos Chagas

Primeiramente assista ao video abaixo:



Provavelmente você já assistiu ao video acima após receber um email contendo tal arquivo. Este vídeo já rodou praticamente o mundo todo, desde 2004, quando foi produzido por Bruno Bozzetto na Itália e introduzido na Internet para levar um pouco de humor às pessoas.

Realmente não se pode negar que o vídeo é ótimo em detalhes humorísticos. Da mesma forma não se descarta a ideia de que o vídeo é baseado em algo que tem sido muito praticado no mundo: A intolerância.

A intolerância é algo singular. Pode soar como sendo boa e ao mesmo tempo se demonstrar ruim. Esta pode levar uma pessoa ao simples ato de não querer ouvir outra pessoa como também matar milhões de pessoas (Hitler é um desses intolerantes). O fato é que a intolerância tem crescido no mundo pós-moderno, que não aceita imperfeições e onde tudo deve ser para aquele instante.

A pós-modernidade tem inferido certos valores na sociedade. Tais valores têm trago certas mudanças comportamentais na mesma. Todavia, sabe-se que em tempos antigos também houve sinais de intolerância, o que comprova que este mal não é desta época. Entretanto, jamais se viu uma sociedade (como exemplo, a brasileira) que demonstrasse tanta intolerância como nos dias atuais. No trânsito um simples atraso de 0,892 milésimos no ato de arrancar o veículo já é motivo de buzinação. Um professor que estende 2 minutos em sua aula além do tempo pré-determinado já é considerado um péssimo professor para alunos do Ensino Fundamental e Médio e, quem sabe, de faculdades também.

O exemplo do vídeo demonstra que se faz necessário a virtude do Espírito Santo. Em Gl 5.22 existem listadas diversas qualidades daqueles que andam segundo a vontade de Deus e, dentre elas está a paciência. E não só ela, mas a amabilidade, mansidão e domínio próprio também. Para alguém que se diz cristão é necessário que estas qualidades, juntamente com as demais, estejam guiando a vida do mesmo para que a transformação da sociedade seja mais eficaz, uma vez que a prática da benignidade é papel principal a ser vivenciado pelo cristão. E se a sociedade não mudar ou mesmo que alguém diga que de forma alguma irá mudar, ao menos o cristão deve se mostrar diferente da mesma, mantendo-se irrepreensível até o Grande Dia.

Não pratique a intolerância contra o próximo. Antes, faça como Jesus Cristo. Assente-se com pecadores (Mt 9.10-13) e converse com os marginalizados segundo alguns segmentos (Jo 4). Não deixe que o denominacionalismo fale mais alto que o Evangelho. Escute Deus e não somente o seu coração, que muitas vezes o engana. Por fim, viva o Evangelho na qualidade de cristão.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Será que Deus é um delírio? Comentário sobre o debate entre Dawkins e Lennox

Por Carlos Chagas




Em 2007 foi promovido um debate entre um ateu e um cristão sobre as ideias propagadas no livro "Deus, um delírio" de Richard Dawkins. Este autor é biólogo e professor atuante na sua área e também foi participante do debate como defensor, é claro, do ateísmo moderno, que leva o nome de pró-ateísmo na atualidade. Do outro lado estava o doutor em matemática John Lennox, que é cristão e que tentou defender o papel da religião (e não só do cristianismo apenas) na sociedade.

Como todo debate deste tipo sabe-se que ninguém será vitorioso ou derrotado. É evidente que nenhum dos lados convencerá o outro e que, na verdade, o debate é apenas uma espécie de exposição de argumentos de ambos os lados. Tal debate tenta promover o envolvimento das ciências entre si numa espécie de diálogo num assunto em comum, no caso, Deus.

Neste artigo eu quero deixar minha humilde visão sobre este debate que, aos meus olhos, faltou um pouco de sal no quesito Teologia. Talvez se fosse um teólogo de peso e não um matemático quem refutasse o livro seria um tanto quanto interessante para aqueles que se dizem religiosos. Todavia não quer dizer que Lennox não deu conta do recado. Ele o mandou e com propriedade. Sendo assim, seguir-se-á uma simples compreensão minha do debate.

Sobre o pressuposto de Dawkins

Sabe-se que a ciência cresceu muito, a partir do século XV com o Renascimento, onde o humanismo tomou forma colocando o homem como o centro do conhecimento e, no Iluminismo, onde uma gama de conhecimentos divididos em áreas determinadas buscavam a explicação racional de como é o mundo ao seu redor. Assim, a razão do homem passou a ser a única ferramenta usada pelo cientista como forma de garimpar conhecimento.

Dawkins ataca a religião, já no início do discurso e durante ele todo, dizendo que somente a ciência procura explicar o mundo e não a religião. Lennox poderia ter alertado Dawkins de seu pressuposto filosófico que é o humanismo e a razão humana acima de tudo. Se ele tem a liberdade de dizer que é assim que deve ser (nos moldes humanistas) também Lennox poderia dizer que a real leitura que se deve fazer do mundo é somente nos moldes do teocentrismo. Todavia se cada um tomasse esse direcionamento, onde um tomaria um rumo e o outro um rumo diferente do primeiro, não haveria debate e sim uma exposição de ideias. Dawkins não abriu mão de seu raciocínio humanista e continuou sua caminhada de raciocínio. Contudo Lennox, para mim, foi um cavalheiro, deixando seus próprios pressupostos teocêntricos e trilhando, quando possível, uma nova trilha na visão humanista de Dawkins. Entretanto nem sempre Lennox pode seguir tal linha de pensamento, fazendo-o voltar ao seu estilo cristão de pensar.

Ainda sobre o pressuposto de Dawkins sobre a ciência ser a detentora  da verdadeira leitura sobre o mundo, o ateu comete uma gafe na relação dos termos Ciência e Religião. Quando cita Ciência nos primeiros 25 minutos do debate, ele se refere a esta como sendo pessoas que trabalham arduamente em prol de descobertas. Mas quando cita o termo Religião este se refere a um sistema (e não a pessoas) que é falido e imóvel. Acredito ser uma falha de abordagem de Dawkins já que quando se refere a pessoas, a explicação toma sentido de que a ciência é versátil, e quando se refere a sistema reduz ao nível inferior a religião como algo inerte. Para quem quer comparar algo isso deveria ser feito no mesmo plano.

"...a fé é cega, a ciência é baseada em evidência..." 20m11s

Após assistir todo o vídeo percebi o quanto que Dawkins é relutante em usar para si próprio o termo "fé". Parece que para ele a fé é algo TOTALMENTE desprezível. E não é exagero quando digo tal coisa. Perceba em um dado momento do debate, que Lennox insiste em dizer que a ciência ateísta possui fé e como reação Dawkins faz caretas e abana a cabeça como reprovação (01h: 17m:10s). Lennox mostra claramente, assim como as declarações filosóficas de Aabe Soren Kierkegaard sobre o salto no escuro, que toda ciência e toda descoberta só é possível quando se cogita uma possibilidade que ainda não foi provada racional ou cientificamente. Se para religião isso se chama fé, para a ciência um termo próximo que explica tal coisa é "hipótese". Hipótese para a ciência é fé para a religião. Logo, se toda fé é cega a ciência bate a cara em todos os cantos de suas pesquisas.

Sobre "prova" e "evidência"

No minuto 27:32s do vídeo Lennox diz: "...Mas é claro que não falamos em prova. Só temos prova em sentido estrito, em meu próprio campo da matemática. Mas em outros campos, incluíndo a ciência, não podemos falar em prova. Podemos falar em evidência: O ponto em que nos convencemos além das dúvidas racionais".

Lennox deixa claro que a ciência ainda trabalha com definições que, apesar do absurdo, são ainda indefinidas. Dependendo da forma em que se aborda um assunto as conclusões podem variar. Por isso não se aceita prova científica, mas evidência.

Alguns equívocos na compreensão sobre o que seja ciência

  • Achar que tudo que está além de seu alcance é irracional (27m52s);
  • Achar que só a razão explica tudo. E o gosto pela música ou pelo perfume? Como se explica?
  • Achar que a ciência não toma um partido subjetivo quando o assunto é moral, ética, ou seja, sentimento;
  • Achar que sem a concepção sobre Deus o mundo será melhor (sem Deus a concepção de uma moral e de justiça morre com Ele);
A ciência cospe no prato que come

Segundo Lennox, e eu defendo a mesma ideia (29m:33s), a ciência moderna, como a conhecemos hoje, nasce no século XVI e XVII (acredito que foi antes: XIII adiante) no meio teísta. É fato que, com o passar do tempo, com uma visão mais antropocêntrica que teocêntrica, a ciência seria mais naturalista que mística ou sobrenatural. Era só uma questão de tempo. Não demorou muito. Três séculos mais tarde a ciência rompe completamente com o que chamam de religião dando o início ao ateísmo. Agora cientistas e filósofos do mundo inteiro dizem que a religião não serve para nada. Ora, se não serve para nada até esta ciência da atualidade não serve para nada, já que esta surgiu daquela.

"A religião é a força impulsionadora da ciência" John Lennox (30m:07s).

Outro problema é quando Dawkins questiona a existência de Deus alegando que ele não existe porque não é palpável e nem visto pela ciência. Lennox então cita um campo de estudos da ciência (neurologia?) onde a própria ciência alega que o processo dos átomos no corpo humano é um processo cego, aleatório e insensível. Logo, se forem levadas a cabo as palavras de Dawkins, a própria ciência está fadada ao descrédito. Isso sim é cospir no prato que come. (40m:20s)

44m40s: Quem criou o criador?

Dawkins afirma que a religião, sendo menor que Deus, não pode explicar Deus, que é maior. Mas, da mesma forma, a ciência, sendo menor que o funcionamento da vida, jamais poderá explicar tal coisa já que não foi ela quem criou e pelo fato de ser ela apenas uma leiturista da vida (aplicando o pensamento de Dawkins). E se evolução de conhecimento pode ser uma tentativa plausível de Dawkins para replicar o contra-argumento, segue-se que a compreensão sobre quem seja Deus também pode ser entendido como evolutiva. O próprio Pannemberg dizia isto. Assim, Lennox deixa claro que a ciência não pode explicar algo mais complexo já que seu limite se encontra no limite do cérebro e de seu dono que tenta fazer ciência.

Considerações finais

Por fim, no livro "Deus, um delírio", Dawkins afirma que todas as religiões são perigosas já que estas não aceitam que seus dogmas ou confissões de fé sejam questionadas sendo o cristianismo a mais perigosa delas (57m:18s). Isso leva as nações a experimentarem o mal que as religiões podem proporcionar (11 de setembro é um exemplo). E isso é fato.

Mas se Dawkins generaliza (e é o que ele gosta de fazer impensadamente) dizendo isso, o mesmo pode-se dizer da ciência quando não aceita ser questionada quanto ao seu direito de intervenção bélica (2ª Guerra Mundial e a bomba atômica) e com o esconder de ciências já descobertas que não são reveladas simplesmente porque ainda não é tempo de revelá-las, uma vez que se reveladas o dinheiro gerado com a revelação ainda não será recompensador. Um exemplo que pode ilustrar isso seria a criação do carro movido a hidrogênio, que em sua combustão gera água, ajudando na preservação do meio ambiente. Mesmo assim, após a criação deste automóvel no Japão, a indústria mundial não aceita o estudo disso já que o petróleo é fonte de riqueza e exploração da massa.

Alguns ainda especulam que já existe cura para o câncer e AIDS mas que se ganha mais com a extorsão do dinheiro do governo dizendo que já está quase se descobrindo a cura, sendo que esta cura provavelmente já foi alcançada mas que na verdade só está dando tempo ao assalto no governo mundial. Tal pensamento é uma possibilidade.

O fato de Dawkins dizer que a fé é perigosa não procede já que a ciência também é perigosa quando está nas mãos de pessoas erradas. Sabe-se que a fé é perigosa, no mesmo nível da ciência. Um exemplo para isso pode ser encontrado na vida de Einstein. Quando este cientista descobriu que a Alemanha de Hitler estava buscando maiores conhecimentos sobre uma bomba que trabalhasse o poder atômico de forma extremamente destrutiva (Bomba Atômica) rapidamente este, em nome da paz, mandou uma carta para o presidente norte-americano Roosevelt pedindo a ele que se apressasse com suas descobertas para que a bomba fosse finalizada pelos aliados e não pelo 3º Eixo. E foi o que aconteceu: Os EUA conseguiram inventá-la primeiro. Mais tarde a desgraça reinaria sobre duas cidades japonesas com a explosão dessas bombas. A desculpa? Frear de vez a guerra mundial. Mas o que de fato se viu foi uma briga de meio século entre os EUA e URSS (mais tarde Rússia) mais conhecida como Guerra Fria, onde ambas as nações brigavam entre si para o domínio do mundo.
Mas o mais interessante é a incoerência de Dawkins. Se antes ele combate a religião devido a sua fé e tradição, no meio para o fim do debate ele comete o suicídio idealista quando diz que quer deixar um legado para as futuras gerações (01h:04m:28s). Mas todo legado leva à tradição. Segundo o dicionário Aurélio Século XXI legado é: "Aquilo que alguém transmite a outrem, que uma geração, escola literária, etc., transmite à posteridade, etc". Ou Dawkins errou em sua colocação ou ele quer assumir o papel da religião combatida por ele, ou seja, ditar as regras.

Outro problema é achar que violência só o é quando fisicamente. Dizer que o ateísmo não gera violência (01h:12m:51s) é presunção. Só o fato de dizer que quer deixar um legado, afirmando que a religião é um mal e negando que a ciência atual deve um "obrigado" à religião por ter nascido do meio teísta já é uma violência.

Portanto, o que se conclui é que o debate entre ambos os lados continua sendo algo pertinente. O fato de não acreditar em algo de nada impede um DIÁ-logo (coisa que não houve efetivamente). Creio que todos já sabiam que nada seria provado como certo e errado. Num tempo onde verdades são relativas cabe ao telespectador apenas apreciar e julgar o que é bom e errado. Além do mais, tal vídeo serviu para mostrar que tanto a ciência quanto a religião devem buscar a verdade, já que esta não é dominada por ninguém (e nunca vai ser). Como já dizia Santo Agostinho: "A verdade não é de ninguém para que seja de todas".

P.S.: Ficou evidente que apenas ataquei Richard Dawkins e em momento algum ataquei a postura de Lennox. Por dois motivos: Primeiro porque acredito na existência de Deus, logo fico preocupado com a busca de alguns internautas por esse vídeo para apenas reforçar suas ideias ateístas. E segundo porque a proposta do vídeo era debater o livro "Deus, um delírio". Logo, o que deveria acontecer era mesmo uma réplica, já que a primeira palavra foi lançada pelo livro.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O jejum: Afinal, qual a sua função? Para que serve?

Por Carlos Chagas



Em Gênesis 3, quando Adão e Eva pecaram, ficou claro que eles pecaram por fazer algo que lhes era proibido. A partir daí, sempre a humanidade se distanciou de Deus porque, a cada dia, mais e mais se praticava aquilo que era proibido.

Passado alguns séculos, graças à misericórdia divina, algumas pessoas, no caso os israelitas, começaram a propor algo inovador: Assim como o homem se distanciou de Deus é possível ao mesmo se aproximar de Deus pela própria vontade de estar com Ele. Surge então o jejum. Mas o que é isso? Qual a finalidade? Se Adão e Eva pecaram por fazer algo que lhes era proibido, ou seja, pecaram por comer algo que não era permitido fazendo-os se distanciarem de Deus, agora o ser humano deixa de comer algo que lhe é permitido para se aproximar de Deus. O jejum é uma troca de valores.

A prática do jejum é algo notório até aos dias de hoje. Mas infelizmente sua compreensão se tornou mesquinha e vulgar. É aí que entra a segunda pergunta feita acima: Qual a sua finalidade? Vejamos alguns pontos abaixo que melhor explicam isso:

O jejum não serve de barganha com Deus: Deus não é um ser de trocas. Aliás, Ele nem precisa disso. Não é porque você faz que Ele verá mérito nisso e lhe recompensará. Deus não dá por troca; dá por graça. Hoje em dia o que se vê são muitos jejuns com o intuito de se alcançar um alvo, ou para que Deus mude uma situação, ou para que uma resposta seja dada. Não que isso não aconteça, mas não é por troca. O jejum muda, mas não é Deus e sim você. Mas o que é jejum?

O jejum não é para aparecer: Muitos jejuam por prática; por mero calendário. Jejum não é marcado na folhinha de calendário. É algo espontâneo. "Deu vontade? Vai lá e faz". E se é marcado no calendário cuidado para que não vire liturgia, rotina, rito, mero afazer do cotidiano. O jejum é a busca por Deus e Sua ação transformadora. É negar-se e buscar algo diferente, algo que melhore a forma de ser. Logo, jejuar é se achegar a Deus de forma voluntária e humilde. É propor uma troca: O egoísmo pelo teocentrismo. Mas o que é jejum?

O jejum não tem poder: Muitos jejuam para expulsar demônios (não que não deva jejuar para isso), para terem poderes divinos, para serem mais santos, para terem uma auréola na cabeça, etc. Jejum não é para isso. Quando se jejua o que acontece é uma aproximação do jejuante a Deus. Nessa aproximação, aquele que jejua, se transforma, uma vez que ele nega suas vontades para receber as de Deus. Assim, fica mais fácil entender a passagem "Essa casta só é expulsa por jejuns e orações" (Mt 17.21). Não é o jejum que expulsa, mas o aproximar a Deus e receber Dele novas instruções de fé que transformam não só o jejuante como também o seu redor. A casta não era expulsa não por falta de poder, mas por falta de instruções divinas e por falta de maior intimidade com a situação do endemoniado. O jejum transforma a pessoa deixando-o mais próximo de Deus. É isso que expulsa a casta: Deus. Mas o que é jejum?

O jejum não é apenas deixar de fazer algo que é permitido: É mais que isso. É, além disso, orar para que tal atitude tenha efeito. Todas as vezes em que se jejua de nada vale o referido ato se não houver os momentos de orações. Um exemplo simples é: Quando se fizer jejum de uma fruta da qual se gosta muito, sempre que vier a vontade de comê-la você se lembrará que está fazendo jejum e, concomitantemente, deve vir a oração dirigida a Deus como substituição do ato de comer o fruto desejado. Logo, o jejum serve de lembrete da necessidade de oração.

Mas, afinal, o que é jejum e para que serve?

De forma sintética e objetiva, jejum é o ato voluntário de um homem ou mulher que evita comer, usar ou usufruir de algo que lhe é permitido para simplesmente se achegar a Deus, de forma humilde, buscando transformação própria e evitando o pecado, para que novos objetivos de vida sejam introduzidos na mesma alimentando-a.

Sendo assim o jejum não muda Deus, pois este é imutável. O jejum muda o próprio jejuante quando este percebe seu desvio e volta para o caminho melhor. Não trás poder porque o poder é somente de Deus. As transformações poderosas estão na vida do jejuante pelo fato de este compreender melhor o caminho que se deve seguir. Jejum não dá poder, o leva para o Poderoso. Jejum não é ritual mas entrega voluntária de efetiva busca de transformação. E acima de tudo, jejum é a busca por Deus e tão somente por Ele deve ser a busca.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Pergunta: "A salvação não está no Cristianismo???"

Por Carlos Chagas

Esta seção é destinada a responder dúvidas comuns no meio cristão. Algumas delas foram realizadas por visitantes do blog, outras encontradas em pesquisas pela Net e outras formuladas por mim mesmo. Caso queira realizar uma pergunta favor acessar o Fale Conosco. Seu nome será mantido em absoluto sigilo caso assim o queira. Não tome tais respostas como algo definitivo para sua vida. Reflita nelas, pense mais um pouco e peça instrução divina para melhores posturas ante suas dúvidas. E lembre-se: Duvidar de algo, com interesse em aprender mais, não é pecado, e sim uma dádiva. Deus lhe deu um cérebro... para quê?

Pergunta:

"A Salvação não está no Cristianismo???"

Pergunta feita por um leitor do blog que obteve uma dúvida após ler um artigo sobre Salvação.

A resposta direta é: Depende. Por quê? Porque depende de como você entende Salvação no Cristianismo. Se você entende que o Cristianismo é o detentor de Salvação, segue-se que Deus é dependente de uma religião, e se Ele é dependente, já não é mais Onipresente, uma vez que Sua presença depende da presença da religião, e nem Onipotente, pois Seu poder foi delegado à religião.

Sendo assim, deve-se pensar que o Cristianismo tem a mensagem da Salvação e não que tem a Salvação. A Salvação está em Cristo que o Cristianismo prega e segue e não no Cristo do Cristianismo. Portanto, respondendo sua pergunta, a Salvação não está no Cristianismo, se este é o que tem o poder de Salvação. Mas a Salvação está no Cristianismo uma vez que o Cristo que o Cristianismo prega é a Salvação e Ele está nesse meio.

Leia também: "Cristo pertence somente ao Cristianismo?"

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Os que dizem ser racionais, às vezes, cospem no prato em que comeram

Por Carlos Chagas

O que mais se vê em dias atuais são pessoas que criticam as religiões, não só as cristãs, mas todas. O que muitas dessas pessoas não sabem é que é graças a religião, e falo da cristã, que surgiu a ciência tal como ela é conhecida hoje. A partir da Reforma Protestante, a abertura que se teve para pensar, de forma crítica, veio como uma luva para seus contemporâneos. Para qualquer estudioso de história, comprometido com a verdade, é fato que o Iluminismo é um fruto amadurecido que nasceu na Renascença e se fortificou com o evento da Reforma. Segundo o pensamento de Cláudio Leite e Fernando Leite no livro "Cosmovisão Cristã e Transformação", para a primeira geraão de protestantes da Reforma "...Deus não se revelou apenas pelas Escrituras, mas também pelo 'Lívro da Natureza'." (Pág.: 32). 

Foi na Reforma que a arte e a ciência passaram a serem vistas pelos protestantes como vocações divinas. E é a partir daí que o trabalho focalizado em todas as faculdades do conhecimento se tornou algo árduo e organizado. A partir daí, graças aos protestantes, pessoas se lançaram ardorosamente à ciência.

Graças à nova compreensão de natureza, racionalidade e do método científico houve a possibilidade do homem experimentar a Revolução Científica e, mais tarde, a explosão magnífica do Iluminismo. Mas é no Iluminismo que a razão humana, agora cheia de si, e somente de si (antropocentrismo incalculável) passa a cuspir no prato em que comeu. Pelo fato da filosofia estar voltada à compreensão de mundo a partir das sensações e compreensões humanas, tudo que se diz fora do homem (e aqui inclui o religioso) não serve para explicar o mundo.

Sabe-se que os últimos séculos são talvez a maior herança racional que o homem já adquiriu. E que ainda o homem experimenta apenas seus primeiros frutos. Todavia o homem ateu / filosófico / agnóstico / terceirizado / autônomo / anárquico e todos os possíveis adjetivos que o expressem como que apartado de qualquer compreensão e confissão religiosa deve ter em mente que jamais se despreza os pequenos inícios. Além do mais, sabe-se que foi um erro o que a religião fez quando freou o conhecimento possível ao homem na Era Medieval, matando todos aqueles que praticavam estudos que fossem contra a confissão de fé da Igreja. Séculos depois, a "bola da vez" é o movimento filosófico e cultural atual. Que os seus adeptos não tragam à prática aquilo que tanto criticam na religião que, às vezes chega a ser absurdo e incoerente, outras vezes certo e compreensível, todavia carecendo de perdão e apoio, afinal, um corpo anda graças às duas pernas.

"Você homem perfeito: Gostaria de ficar aleijado arrancando uma de suas pernas? Também não."

Bíblia Sagrada para Download

Por Carlos Chagas

Quanta falta faz uma Bíblia Sagrada instalada no PC? Quantas vezes você precisou sair da frente do computador para procurar uma referência bíblica? Pois agora você poderá diminuir seus problemas com a instalação de uma Bíblia em seu PC.

Mas antes baixe-a clicando aqui.

Observação: Esta Bíblia é Revista e Corrigida.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Livro "Projeto de Pesquisa: O que é e como fazer?" - Disponível para Download

Por Carlos Chagas

Está com dificuldades em montar seu trabalho acadêmico? Você ainda não conseguiu delimitar as ideias de sua monografia? Ou está querendo melhorar a estrutura de seu trabalho? Aqui está um livro simples, pequeno e muito eficaz para a solução destas propostas e de diversos outros problemas.

Para baixá-lo clique aqui.

Caso queira baixar apenas um manual com normas da ABNT para trabalhos científicos/acadêmicos clique aqui para ser redirecionado.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Comentários teológicos sobre o livreto "O Grito da Meia-Noite"

Por Carlos Chagas

Recentemente recebi um livreto chamado "O Grito da Meia-Noite" de Joaquim Costa Ferreira através de meus queridos alunos da Igreja Casa de Oração para Todas as Nações (aos quais eu agradeço). Como sempre acontece na vida de teólogo, me pediram para que eu lesse e desse algumas explanações teológicas sobre o assunto decorrido no livreto (que pode ser adquirido pelo telefone (31)3422-8699 ou no endereço: Avenida Antônio Carlos, nº3191 Bairro Nova Cachoeirinha - CEP 31210-810, Belo Horizonte, Minas Gerais), tentando fazer uma contraposição do que é tratado no mesmo.

Resumindo muito, mas muito rapidamente, o livro trata da Segunda Vinda (que para o autor é a Terceira Vinda) de Cristo. Segundo seus estudos, Jesus voltará para levar sua Igreja no ano de 2017 e, talvez, no dia 29 de novembro. Ainda segundo Ferreira, o anticristo virá de uma religião e será alguém que morreu e que ressuscitará (apesar do autor não citar quem será o anticristo ele deixa a entender que será o Papa João Paulo II).

A abordagem do livro que será feita aqui contará com a seguinte caminhada de análise:

1- Considerações sobre o tratamento do tema;
2- Os problemas hermenêuticos;
3- Os problemas teológicos;
4- As contradições;
5- Problemas de interpretação
6- Considerações finais;

1- Considerações sobre o tratamento do tema

Muito se tem falado sobre o tema da Segunda Vinda de Cristo. Prova esta são as possíveis datas já marcadas pelos antigos e por pessoas de épocas passadas mais recentes. Eis algumas delas: Ano 30 (Mt 24.34), ano 60 por Paulo, ano 90 por Clemente de Alexandria; entre os anos 365 - 375 por Santo Hilário; em 400 por São Martin de Tour que fez uma releitura de Hilário; 500 por Hipólito de Roma; em 1º de Janeiro de 1000 por cristãos da Europa que praticaram cruzadas na tentativa de propagação da ideia; em 1033 na crença de que seria o 1000º aniversário de Cristo; em 1205 por Gioacchino de Fiore; 1284 pelo Papa Inocêncio III pela soma de 666 à data de fundação do Islã (532 para o Papa mas que na verdade foi em 632); 1346 e anos seguintes devido à Peste Negra que assolou e matou dois terços da população da Europa; em 1496 porque místicos acreditaram que no aniversário de 1500 anos do nascimento de Cristo dar-se-ia o início do Milênio Apocalíptico; 1524 por astrólogos; 1533 por Melchior Hoffman; em 1669 pelos chamados Velhos Crentes da Rússia; em 1689 pelo batista Benjamin Keach; em 1736 por William Whitson; em 1792 pelos Shakers; em 1830 pela Margaret McDonald; em 21 de março de 1843 a 21 de março de 1844/ 18 de abril de 1844/ 22 de outubro de 1844 onde, segundo estudos que fez da Bíblia, William Miller (1782-1849), fundador do movimento Millerita, predisse que Jesus iria voltar no período entre março de 1843 e 1844. Como nada ocorreu naquela data, ele estendeu o prazo para abril do mesmo ano. A outra data passou e Miller confessou publicamente seu erro. Posteriormente, Samuel S. Snow apresentou outro estudo e disse que a data seria 22 de outubro de 1844; entre 1850 - 56 por Ellen White; em 1891 por Joseph Smith; 1914 pelas Testemunhas de Jeová; em 1919 por Albert Porta; em 1936 por Hebert Armstrong, que depois mudou a data para 1975; em 1948 porque foi o ano de fundação do Estado de Israel; em 1953 por David Davidson; em 1957 por Mihran Ask; de 1882 a 1960 por Charles Piazzi Smyth; em 1967 durante a chamada "Guerra dos Seis Dias" em Jerusálem; em 1970 por David Brandt Berg; em 1978 por Chuck Smith; em 1980 por Leland Jensen; em 1981 pelo reverendo Moon; em 1982 pelo físico John Gribbin e pelo astrônomo Sthepen Plagemann; em 1986 por Moses David; entre 1987 a 2000 porque Jerusalém seria a cidade mais rica do mundo; em 1988 por Hal Lindsey; e a partir dos anos 80 até hoje onde centenas e talvez milhares de datas foram previstas. Estas datas podem ser confirmadas em outro site clicando aqui.

O parágrafo acima é tão cansativo de ler que muitos nem o lêem. E pra falar a verdade as datas acima são apenas as de maior repercussão, já que muito mais pessoas prevêem a volta de Cristo. Foi citado acima as datas pelo pequeno problema que se tem no mundo quanto ao tema proposto por Ferreira em seu livro. Logo no prefácio se encontram as seguintes palavras: "Alguns chegam a afirmar que Ele já voltou, e outros dizem que Ele somente voltará quando toda a população da Terra for evangelizada. Como ninguém pode enganar a todos durante o tempo todo, um dia a verdade sempre aparece". Tal trecho tenta validar o livro como sendo algo que finalmente será concretizado. E isso sempre foi falado na história D.C. Mas é claro que falar do tema não é algo proibido. Aliás, falar do tema ainda é pertinente porque trata da escatologia do cristianismo. Todavia deve-se ter cautela e respeito com a fé.

2- Os problemas hermenêuticos

No artigo sobre o 666 (para lê-lo clique aqui) eu falo da necessidade de se respeitar o texto enquanto texto para a época na qual foi escrita. E que "no caso do texto de Apocalipse é muito mais complicado. Por quê? Porque é um texto cheio de símbolos que faziam muito sentido para seus leitores da época. É um texto apocalíptico típico da época em que foi escrito. É um texto dirigido a 7 igrejas da Ásia Menor, o que deixa a certeza de que o autor escrevia algo que era muito claro para eles. O livro de Apocalipse, acima de tudo, não é um texto que fala do fim do mundo e sim do fim de tudo". E não só para o Apocalipse, ou para outro livro da Bíblia, mas para qualquer escrito, o respeito se faz necessário quanto ao seu conteúdo. Como exemplo, muito se ouve dizer: "Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam" (1 Cor 2.9). E, a partir deste versículo muitos falam de como será o céu, de uma forma que é indizível, já que nem no coração humano se pode maquinar tal pensamento. Daí, palavras lindas são ditas. Mas, por desrespeito ao versículo seguinte, pessoas falam que nunca foi revelado o que Deus preparou para os seus amados (pegue sua Bíblia e leia 1 Cor 2.9-10). Ou seja, alguém diz: "A casa é linda [...] mas vai cair." Por negligência de se ler da reticência à frente, pode-se chegar a dizer que a casa é linda por sua segurança. Sendo assim a violação do texto é notável.

O parágrafo acima é para tentar abrir a cabeça do leitor do livreto de Ferreira para alguns problemas que se destacam no decorrer da leitura. Não serão apontados todos, mas apenas os mais relevantes:

a) Na página 10 o autor cita Amós 1.3-5. Nesta passagem se tem o 1º erro de interpretação textual. Nos versos 4 e 5 já é dada a punição para os povos. No parágrafo seguinte do livreto Ferreira anula as punições dos versos 4 e 5 de Amós 1, dando novas datas para as punições, a saber, 1948, 1967 e 1973. A pergunta é: Qual critério foi utilizado para a escolha das datas? Mesmo sem a resposta fica claro que a escolha das datas veio devido a forte influência da Teologia Fundamentalista que adquiriu novas forças com as interpretações sobre Israel pós 2ª Guerra.

O problema trabalhado nos primeiros parágrafos do artigo sobre o 666 deste blog adverte para a possível violação dos textos quanto à sua caminhada natural de acontecimentos e interpretações próprias. Segundo o estudo de introdução sobre o livro de Amós, contido na Bíblia de Estudos NVI (Editora Vida, 2003), páginas 1508 e 1509, explica que o livro de Amós "... reúne as profecias, numa forma cuidadosamente organizada, para serem lidas como uma só unidade" e que "o Deus em nome de quem Amós fala é mais que o Deus de Israel somente. Ele também usa uma nação contra outra para levar a efeito seus propósitos (6.14). É o Grande Rei que governa todo o universo (4.13; 5.8; 9.5,6). Como é totalmente soberano, detém nas mãos a história e o destino de todos os povos.". Portanto o livreto comete um crime em sua abordagem ao usar um texto fora de seu contexto natural. E outro erro é encontrado no decorrer do livreto quando Ferreira menciona direta e indiretamente que Israel é a Nação escolhida por Deus. Isso é perceptível quando ele a cita por pronomes pessoais com letras em maiúscula (ex.: página 37 na 12ª linha) ou quando fala diretamente em seu livreto (ex.: páginas 58 a 64). Vale lembrar Am 9.7 onde se tem a revelação de que Deus é Senhor de Tudo e Todos e que em Romanos, do capítulo 7 em diante Paulo cita Israel não no sentido de povo como nos primeiros capítulos do livro, mas como qualidade de Israel (vencedores). E em João 1.12-13 fala que os filhos de Deus são aqueles que creram em seu nome.

b) Outro problema hermenêutico está no uso dos textos bíblicos com moderada manipulação em seu uso. Ao usar os textos de Zacarias, Ferreira os cita como referência da 2ª Vinda de Cristo. Mas eles podem (e muitos afirmam isso) estar falando da 1ª Vinda de Cristo. Logo, a interpretação de Ferreira anula a interpretação mais óbvia do livro, que é para os contemporâneos de Zacarias. Como já dizia Mizael do Nascimento no site monergismo.com, deve-se ter cuidado com textos misteriosos e mais ainda com as chamadas "novas revelações".

c) Em textos como os do Apocalipse deve-se ter muito cuidado com interpretações, uma vez que é um livro de extremos simbolismos e símbolos. Geralmente alguns trechos que são alegóricos são interpretados literalmente e vice-versa. Cabe ao intérprete ser cauteloso em suas colocações. E isso não é muito respeitado no livreto de Ferreira e também pelos demais intérpretes apocalípticos que já tivemos citados mais acima.

3- Os problemas teológicos

É fato que o livreto "O grito da meia-noite" está repleto de teologia. E isso não é segredo. Toda leitura feita por Ferreira está repleta de colocações e interpretações teológicas. Todavia isso não é ruim. Interpretações teológicas são boas até ao ponto que possuem nexo e coerência. Entretanto vamos a alguns problemas:

a) A aplicação e interpretação de Am 1.3-5 na página 10 do livreto mostra um problema clássico, que é comparar os israelitas do AT com os israelenses do século XX e XXI. Israelita se refere à religião ou povo bíblico, descendente de Jacó. Israelense é todo aquele que nasceu no território da Nação-Estado de Israel, que foi criado pela ONU em 1947. Um é religioso e bíblico, outro é geográfico. Nos tempos de Jesus já não é mais possível falar de israelita na pureza do termo, uma vez que já haviam acontecido dois grandes exílios (Babilônico e Assírio) e também a inculturação grega e romana. Logo, a pureza de raça israelita já foi interferida pela mistura de outros povos. E isso é fato comprovado, apesar de muitos negarem. Além do mais, após a grande dispersão do ano 70 D.C., os judeus (e não mais israelitas; perceba isso na escrita bíblica) se espalham pelo mundo. E judeus aqui não são os descendentes de Judá, mas uma religião muito bem elaborada. Portanto, a aplicação do texto de Amós, que fala do povo antigo, relacionando com o povo atual não tem sentido. Além do mais, a escolha de Ferreira pelas datas (1948, 1967 e 1973) é tendenciosa: Quando a ONU criou o Estado Israel, na verdade, foi apenas um engano para o povo judeu: Estes estavam sem terra própria, vivendo espalhados pela Europa. O que a ONU esperava? Que dois povos de culturas diferentes dividissem a terra? Estava óbvio que isto era impossível. O que a ONU fez foi tampar o sol com a peneira. E, com isso também, veio a criação da ideia de que agora os judeus conseguiram ser atendidos por Deus, o que leva para o ponto seguinte.

b) Após a 2ª Guerra Mundial, o povo saiu de uma extremidade para outra. Se antes da guerra havia uma tremenda aversão ao povo judaico, após a guerra, houve uma tremenda compaixão pelo mesmo. Com isso veio a criação de uma teologia que trouxesse a união dos cristãos com, agora entitulado, povo escolhido de Deus: Israel (o melhor termo é "judeu"). Os cristãos nutriram um certo remorso pelas injustiças praticadas no passado (as cruzadas por exemplo) contra o povo judeu que, de agora em diante, obterá um apoio amável dos não-mais-inimigos. Mas segundo a teologia cristã, para Deus, não raça ou etnia, nem status e nem nação, mas uma humanidade que carece de ser salva por Cristo e sua cruz. E conforme a teologia paulina e joanina, dizer que o povo judaico é o povo escolhido de Deus chega a ser a anulação da fé, pois todos que foram comprados pelo sangue do Cordeiro se constituem Reis e Sacerdotes (Ap 1.5-6). Todos aqueles que crêem em Jesus recebeu o poder de se tornarem filhos de Deus (Jo 1.11-13) alcançando a benevolência divina que antes era somente de Israel. E o justo viverá pela fé (Rm 1.17), ou seja, Abraão, que existiu antes de um povo que foi escolhido, como foi Israel, passa a ser o exemplo vivo de que a fé é antes da Lei e maior (Rm 4). Concluindo, não quer dizer que o judeu não seja especial, mas que fique claro que a raça importante é a humana, juntamente com a Criação.

c) A escolha de datas, com foi feita na página 10, deve passar por um critério de escolha. E esse critério não foi apresentado.
d) Mesmo não sendo apresentado um critério na escolha de datas (sem o critério, qualquer data é válida), dá para perceber que, para o autor, Israel é o povo escolhido de Deus (pág.: 37: "Seu povo fugirá da Guerra..."). Se assim o for, segue que Cristo morreu em vão, já que Ele morreu para todos que Nele acreditassem. Os profetas pós-exílicos descartaram a ideia de que Israel é a nação escolhida por Deus (como foi o caso de Amós). Isso torna a teologia cristã cheia de erros. O fato de ser cristão está no ato da morte na cruz indiferente se sou isso ou aquilo. A cruz é o sinal da salvação para todos aqueles que a compreendem e somam seus valores vivendo-os. Se a teologia de Joaquim for levada à cabo, Israel será salvo indiferentemente de seus pecados, afinal, é um povo escolhido. E isso é problema teológico de discussões infindáveis.

4- As Contradições

Não são muitas encontradas. Talvez a mais latente seja a da aplicação do termo "mulher". Na página 21 ele afirma: "Mulher, na Bíblia, é símbolo de Igreja" e nas páginas 27 e 28 ele declara: "Há certas figuras na Bíblia que têm duplo significado. Aqui vemos um exemplo: mulher significando uma cidade e também um igreja.". A interpretação de símbolos é livre, porém deve estar ligadas ao texto bíblico. Ferreira fecha com apenas uma interpretação, na página 21, e com 2, na página 28.

Outra contradição está no fato de ele dizer que a verdadeira igreja se encontra dentro das igrejas evangélicas. Isso pode ser conferido na página 16. Ora, as igrejas se encontram em Deus ou Deus se encontra nas igrejas? Sabe-se que a verdadeira igreja não possui títulos, a não ser o de Servos do Senhor. Soa a denominacionalismo.

5- Problemas de interpretação
Ferreira comete alguns erros de interpretações. Não só textuais como também históricos e de tempos. Vejamos:

a) Problema de interpretação textual: Na página 37 ele fala que Israel não existia antes de 1947 e que, segundo ele, a Bíblia deveria esperar até o tempo atual pra que o nome Israel fizesse sentido. Entretanto, sustentar tal ideia é o mesmo que dizer que João, Paulo, Mateus, Amós, Moisés (Moisés escreveu o Pentateuco?) e tantos outros falavam palavras que não tinha nenhum sentido. Ou seja, quando citavam o nome Israel falavam como que bêbados, não havendo sentido na palavra e nem em seus significados e explicações do termo. Isso gera tremenda confusão quando se pensa que o texto é destinado aos leitores originais do autores mencionados acima. Assim, seus leitores também não poderíam entender o termo Israel. Como foi explicado acima, Ferreira não consegue fazer distinção entre Israel (povo) e Israel (Nação Estado).

b) Problema de interpretação histórica: Vale lembrar que quando Deus prometeu a Terra para os israelitas seria para que seu povo vivesse juntos, em harmonia consigo mesmos e com seu Deus. Na passagem de Mc 11.12-14 e, em especial, no verso 14, Jesus diz "Ninguém mais coma de seu fruto". Aqui muitos interpretam que Jesus quis lançar uma palavra de Juízo a Israel, mostrando que este não mais produzirá frutos, mas a passagem está incluída na perícope sobre a purificação do Templo, e o próprio Jesus usa a parábola da figueira para ilustrar a oração da fé (vs 21-25). Ferreira usa da passagem de Mt 21.19-20, sem os versículos explicativos da parábola (21-22) dizendo que a parábola é para trazer Juízo sobre Israel. O interessante é que o próprio Jesus, tanto em Mc 11.12-14, quanto em Mt 21.19-22 deixa claro que o exemplo foi dado como ilustração à oração de fé e não para trazer Juízo. Aliás, o ministério de Jesus é tão-somente reconciliador. O único Juízo predeterminado é o que Paulo trata como sendo que Israel deixa de ser o escolhido para que todos, mediante fé, alcancem a salvação. Por fim, a explicação que abre este ponto b) pode ser melhor entendida substituindo israelitas por povos que têm a fé em Deus, por intermédio de Jesus Cristo.

c) Problema de interpretação dos tempos: Apesar de Ferreira não afirmar em seu livretro quem é, de fato, o anticristo (pág.: 19), tudo leva a crer que ele se refere ao Papa. Em suas palavras ele será: "...um líder religioso" (pág.: 19); líder de uma igreja universal, universal "...porque ela domina sobre multidões e nações, povos e línguas. [...] Quem tem entendimento poderá tirar suas conclusões sem citar o nome" (pág.: 21). "É um líder que já morreu..." (pág.: 22), mas que será ressuscitado por Satanás (Satanás tem poderes sobre a vida de alguém? Mesmo após a morte? Hb 9.27). Este líder já esteve "na mídia por vinte anos..." (pág.: 22) e visitou "...todos os países da Terra" (pág.: 22). Aqui se tem um indício sobre qual seja o Papa: João Paulo II, que governou a Igreja Católica por 26 anos e visitou mais países que qualquer outro Papa. Ainda na página 23 Ferreira afirma que ele será o subsequente a sete. Antes os Papas eram apenas Papas e Roma tinha um rei distinto. A partir do Papa Pio XI (o qual se tornou rei) todos os Papas foram reis de Roma a partir de Pio XI. Então segue a conta: 

1- Pío XI (1922 –1939). (caiu)
2- Pío XII (1939-1958). (caiu)
3-João XXIII (1958-1963). (caiu)
4- Paulo VI (1963-1978). (caiu)
5- Papa João Paulo I (1978).(caiu)
6- Papa João Paulo II. (existia)
7- Bento XVI. (durara pouco tempo).

Assim, segundo o raciocínio de Ferreira, o oitavo rei mencionado em Ap 17.9-10 é o João Paulo II ressuscitado. A interpretação é interessante, assim como foi diversas outras que faliram com o tempo. (Só pra lembrar: O Papa João Paulo I viveu como Pontífice apenas 33 dias. Este não teria durado pouco tempo??? Bem menos que Bento XVI).

Falar de anticristo sempre foi um tema polêmico e que sempre despertou curiosidades. Mas de um tempo para cá (1980 em diante), o que se publicou em 30 anos, cobre tranquilamente a publicação de 20 séculos sobre o anticristo!!! Além do mais, a interpretação de Ferreira já foi dúvida de um usuário do Yahoo Respostas a dois anos atrás (para ver, clique aqui). O que precisa ser dito aqui é que o verdadeiro profeta percebe e discerne os tempos. O tempo da atualidade diz que a moda é falar do anticristo; de seu surgimento. O que cabe ao profeta é apenas alertar ao crente o que deve ser feito e não, à base de "chutes", tentar descobrir como será a vinda do anticristo. O fato é que ele virá. Portanto, a instrução que deve ser passada é a de como se comportar como um legítimo cristão.

O que parece é que pessoas tentam se promover prevendo coisas e relatando-as ao público. O profeta deve ficar atento a isso. Foi assim com Isaías e Jeremias, quando estes precisaram entender seu tempo e ir contra os profetas oficiais (que ganhavam dinheiro para serem profetas). É fácil apontar quem será o anticristo. Difícil é retratar o erro quando indicam pessoas como Hitler, Nero, Osama bin Laden, Inri Cristo, quando, de fato, nunca foram. O que falta são pessoas que querem viver a Bíblia e não simplesmente inventar sistemas e ideias sem nexo, os quais servem apenas para assustar ou levantar alvoroços teológicos nas pessoas.

6- Considerações Finais

Esse artigo ficou grande demais. Todavia eu acho que não se deve medir esforços quando alguém lhe pede informações sobre algo que lhe atormenta. Portanto escrevi o que escrevi. Sei que não agradará a todos, entretanto a intenção aqui é mostrar que uma interpretação sobre o fim de tudo é algo muito maior que nosso intelecto. O que se deve ter guardado para tal acontecimento são princípios e valores cristãos, os quais legitimarão a luta que deverá ser travada. E tudo gira em torno do amor. 

Minha intenção não é de frear a venda dos livretos "O Grito da Meia-Noite" de Joaquim Ferreira. Pelo contrário. É trabalhar uma reinterpretação de sua obra. Reinterpretação acontece após uma interpretação e, se há uma interpretação, há uma leitura, a saber, do próprio livreto. Para quem deseja comprá-lo é só acessar os dados do primeiro parágrafo (lááááá em cima deste artigo).

A minha consideração final aqui é que todos se acautelem contra todo tipo de ensino e doutrina que o arrebate de sua sã consciência. Já escrevi aqui um artigo sobre os Illuminatis (clique aqui para ler) no qual se vê pessoas que buscam fazer novas interpretações sobre o advento do anticristo. Isso é importante porque sem cautela você acreditará em tudo e, ao mesmo tempo, perderá a crença sobre tudo, já que não terá informações precisas e de autoria própria. Examine tudo e retenha o que é bom. Ou seja, não retenha tudo ao examinar o que é bom para você.

E lembre-se: Todo aquele que cria uma ideia, procura convencê-lo de que ela é a melhor do mercado. Veja as páginas 1 (do prefácio) no final do terceiro parágrafo e na 54-55 quando ele diz que uma interpretação divergente da dele é pecado.

Só de brincadeira: 
Eu sei quem é o Anticristo. Ele já está reinando por 8 anos oficialmente. Vou lhe mostrar.

Dois livros na Bíblia são escatológicos: Daniel, também conhecido como o Apocalipse do AT, e Apocalipse de João, no NT. Em Ap 13.1-2 temos destacados quatro animais. São eles: Leão, Leopardo, Urso e Dragão. Em Dn 7.2-7 temos 4: Urso, Leão, Leopardo e um sem nome. Sendo a mulher a culpada pela perseguição do Dragão aos fiéis seguidores de Cristo, com base em Ap. 12-14, temos um esquema montado:

A águia foi usada pelo Dragão. Logo águia e Dragão, segundo Ap 12.14 são a mesma coisa. Assim, já temos o nome do anticristo. Já sabe? Veja abaixo:

L eopardo
U rso
L eão
A guia

O anticristo é o presidente Lula e este governou por 8 anos.

Viu como é fácil criar um anticristo com interpretação própria? É só juntar as peças que lhe interessa.



Para baixar o livreto, caso não tenha condições de comprá-lo, clique aqui para ser redirecionado.

Livro: "Grito da Meia-Noite - Joaquim Costa Ferreira" - Disponível para Download

Por Carlos Chagas

Neste livro você encontrará uma visão sobre como será a volta de Jesus Cristo e sobre quem, na verdade, é o anticristo. Um livreto singular onde há uma interpretação simples porém polêmica sobre os últimos dias. Para aqueles que querem ler tal livreto em resposta à minha refutação ao mesmo (que pode ser lida clicando aqui) para uma melhor compreensão do assunto fique à vontade para comprá-lo pelo endereço: Avenida Antônio Carlos, nº3191 Bairro Nova Cachoeirinha - CEP 31210-810, Belo Horizonte, Minas Gerais, ou pelo telefone: (31)3422-8699. Caso não queira e se sente à vontade, pode baixá-lo clicando aqui.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Pergunta: "Cristo pertence somente ao Cristianismo?"

Por Carlos Chagas

Esta seção é destinada a responder dúvidas comuns no meio cristão. Algumas delas foram realizadas por visitantes do blog, outras encontradas em pesquisas pela Net e outras formuladas por mim mesmo. Caso queira realizar uma pergunta favor acessar o Fale Conosco. Seu nome será mantido em absoluto sigilo caso assim o queira. Não tome tais respostas como algo definitivo para sua vida. Reflita nelas, pense mais um pouco e peça instrução divina para melhores posturas ante suas dúvidas. E lembre-se: Duvidar de algo, com interesse em aprender mais, não é pecado, e sim uma dádiva. Deus lhe deu um cérebro... para quê?

Pergunta:

"Cristo pertence somente ao Cristianismo?"

Esta pergunta chegou até o blog através do fale conosco por uma pessoa que preferiu deixar seu nome em anonimato. Quanto à resposta é não. O Cristianismo obteve seu surgimento graças à pessoa de Cristo. Após a morte e ressurreição deste o Cristianismo passou a elaborar sua leitura da vida de Cristo fazendo uma aplicabilidade de seus ensinos e elaborando com isso uma teologia própria.

Com o passar dos anos percebeu-se que o Cristianismo é a religião que mais fala de Cristo com propriedade. Isso talvez gerou na mente de seus seguidores a idéia de que Cristo é o seu bem maior porque se fala somente de Cristo e vive-se somente para Ele, logo ele é do Cristianismo. Mas essa idéia é errada. O fato de se viver para Ele não quer dizer que Ele é uma exclusividade ou um bem. Ninguém prende ou domestica Deus.

Cristo/Deus está aberto para qualquer um se achegar a Ele. Assim como o Cristianismo está aberto para ENSINAR sobre Ele. Se Cristo for do Cristianismo entender-se-á que a salvação está somente no Cristianismo, ou que só o Cristianismo salva, retornando então à teologia católica medieval. 

Além do mais diversas religiões e não só o Cristianismo falam e vivem para Cristo, por exemplo o Espiritismo Kardecista e os baixos espiritismos (Umbanda, Kimbanda, etc). Todavia vale lembrar que toda religião é uma releitura de algo (no caso aqui é de Cristo ou Deus) buscando uma aplicabilidade de efeito para a realidade. Se Cristo pertence ao Cristianismo somente porque este fala Dele, Ele também deverá ser considerado das demais religiões por estas fazerem uma leitura sobre Ele. Portanto a resposta a essa pergunta é: Não, mas o Cristianismo pertence a Cristo.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A Geografia da Palestina - Disponível para Download

Por Carlos Chagas

Para você que quer ou precisa conhecer como era e é a geografia da Palestina será este arquivo que dará o ponta-pé inicial em sua pesquisa. De forma suscinta mas rica você encontrará relatos interessantes que o ajudarão a compreender melhor a terra.

Para baixar o arquivo que se encontra em PDF clique aqui.