terça-feira, 24 de abril de 2012

Império Romano: Série de vídeo-aulas - A Economia - Aula 08

Por Carlos Chagas

Continua a série "Império Romano: Ascensão e Queda" com o vídeo 08:




Maiores informações sobre a economia romana, favor ler o artigo sobre a administração do Império.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Sou sim um péssimo pastor

Texto adaptado por Isaac do Mentes Cristãs segundo a base do original de Felipe Costa do Mero Cristianismo


Algumas razões para que eu seja considerado um péssimo pastor nos dias de hoje:

eu não vou mudar a minha voz para que você sinta segurança, achando que nisto está minha autoridade quando eu falar;

eu não vou pensar por você para facilitar sua jornada espiritual;

eu não vou falar mais alto do que você precisa para ouvir;

eu não vou ficar repetindo que você é um vencedor apenas para que você goste da minha pregação;

eu não lhe direi que você é especial simplesmente por estar frequentando uma Igreja;

eu não alimentarei o seu ego pregando somente as coisas que você gosta de ouvir;

eu não lhe ensinarei a ser próspero a qualquer custo enquanto o mundo morre de fome;

eu não substituirei o sacrifício perfeito de Cristo pelo valor de uma oferta sacrificial humana;

eu não lhe direi que Deus me revelou algo que não está no texto, somente para fazer a mensagem melhor para você;

eu não vou lhe ensinar que se você entregar o dízimo sua responsabilidade com os necessitados estará cumprida;

eu não vou transformar a reunião do culto numa rave para que você fique atraído pelo ambiente;

eu não lhe darei uma lista do que pode ou do que não pode para você, farisaicamente, siga um mandamento no lugar de um Deus;

eu não lhe ensinarei que há um Diabo maior do que a Bíblia conta somente para você poder colocar em alguém a sua culpa;

eu não lhe ocultarei os meus erros para você pensar que é liderado por alguém melhor que você;

eu não lhe tratarei melhor por causa do carro que você anda, da roupa que você veste ou do dinheiro que você põe no gazofilácio.

Dentre muitas outras coisas que poderia dizer: fique certo: sou um péssimo pastor.



Fica aqui os meus parabéns ao escritor Felipe Costa e por seu "pessimismo".

terça-feira, 17 de abril de 2012

Império Romano: Série de vídeo-aulas - Exército - Aula 07

Por Carlos Chagas

Assista abaixo a aula 7 da série "Império Romano: Ascensão e Queda" sobre o Exército:





A legião romana era a divisão fundamental do exército romano. As legiões, segundo o livro "Princípios de Defesa Militar" de J. S. Vasconcellos, Editora Biblioteca do Exército Brasileiro, Terceira Edição, 1942, variavam entre os 1.000 e os 8.000 homens, dependendo das baixas que eventualmente sofressem nas batalhas. Para além dos soldados, há que contar com os inúmeros servos, escravos e seguidores que os acompanhavam. Durante as suas campanhas na Gália, as legiões de Júlio César eram compostas por não mais de 3.000 soldados.

Raiz dos Exércitos Romanos

Durante a República e certos períodos do Império Romano, não havia um exército romano propriamente dito. Cada general, ou alto magistrado, possuía uma ou mais legiões que lhe eram fiéis e obedeciam antes as suas ordens que as de um comandante geral. Durante a República, cada cônsul era responsável por suas próprias legiões, devendo também comandá-las.

As legiões romanas venceram gregos, cartagineses, gauleses, bretões, sírios, egípcios, lusitanos e hispânicos. Sua força ocupou dez mil quilômetros de fronteiras e saiu da Europa rumo à África e ao Oriente Médio: eram os grupos de guerreiros que formavam o exército do império. Em seu auge, século I a.C., organizadas para realizar manobras bastante difíceis, cada legião tinha até seis mil homens distribuídos em três grandes grupos: as coortes, os manípulos e as centúrias. Suas duas maiores lições são copiadas, até hoje, pelos exércitos do mundo todo: disciplina e estratégia.

Dos, em média, 5.000 homens em uma legião, cerca de 300 eram provenientes de cidades ou estados vassalos, e faziam o papel de auxiliares de infantaria ou cavalaria.

O componente principal da legião era a infantaria pesada, formada por soldados que lutavam a pé, armados com pilo e gládio, protegidos por uma lorica segmentata, um escudo retangular convexo e um capacete, sendo que o mais utilizado no período foi o modelo imperial gálico. A infantaria era organizada em forma de xadrez, com as tropas intercaladas. Na primeira linha de combate ficavam os guerreiros mais jovens, chamados de hastati. Homens mais resistentes, chamados príncipes, formavam a segunda linha de combate e entravam em ação quando os hastati falhavam. Na terceira linha, os soldados mais experientes entravam na briga nos momentos decisivos. Faziam, ainda, parte da infantaria, as bandeiras coloridas que, no meio do caos(da guerra), mostravam onde estava cada um dos grupos de soldados. Uma legião era dividida em centúrias (divisões com 80 a 100 legionários), comandada pelos centuriões. Também essas eram, eventualmente, divididas em grupamentos de dez.

Cinco a oito centúrias formavam a coorte, geralmente comandada por um tribuno; seis a oito coortes em média formavam uma legião.

A Origem das Legiões

As legiões tiveram origem quando Roma era ainda uma cidade modesta, que enfrentava constantes conflitos com povos vizinhos, como etruscos, samnitas, vênetos e outros. Começaram com um dever patriótico, pelo qual todo romano livre, do sexo masculino e maior de idade tinha o dever de pegar em armas, quando necessário, para defender a cidade. Passado o perigo, o exército dispersava-se e cada um voltava às suas atividades normais. Mais tarde, com a expansão territorial que viria a dar origem ao Império Romano, surgiu a necessidade de um exército profissional, que estivesse disponível permanentemente e pudesse ser enviado para onde fosse necessário. Daí em diante, as legiões passaram a ter caráter voluntário. Em geral não havia falta de interessados, já que o soldo de um legionário era consideravelmente superior ao salário dos trabalhadores comuns, além de (salvo exceções) ser pago com regularidade. Inicialmente só cidadãos romanos podiam ingressar nas legiões, o que não significa que exclusivamente italianos as integrassem: filhos de cidadãos romanos nascidos nas províncias, muitas vezes de mães nativas, eram igualmente cidadãos.

Os Legionários

O exército romano, para melhorar os pontos fracos da cavalaria, alistava soldados dos povos dominados. Quem lutasse na legião e saísse vivo, ganhava a cidadania romana. Para lutar, os legionários usavam uma lança, uma espada curta e um pequeno punhal. Para se defender, uma armadura e um escudo gigantesco.
Não havia uma idade determinada para alistar-se, mas a maioria dos candidatos a legionários sentava praça logo ao atingir a maioridade, o que, entre os romanos, acontecia aos 17 anos. Embora tenha havido variações ao longo do tempo, durante a maior parte da história das legiões o tempo de serviço regulamentar era de vinte anos. Ao dar baixa, o legionário fazia jus a uma recompensa em dinheiro equivalente a um ano de soldo, por vezes com um bônus para os que concordassem em fixar residência na província onde houvessem servido por último. Com isso, o ex-soldado podia comprar um pedaço de terra ou abrir um negócio. Legionários reformados morando nas províncias tornavam-se, assim, fazendeiros, comerciantes ou artesãos, geralmente casavam-se com mulheres locais, e era muito provável que seus filhos viessem futuramente a se tornar também legionários. Dessa forma, as legiões, além de sua importância militar, também se constituíram num poderoso elemento de difusão da cultura romana.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Jornal Quem me Dera - Publicação 001

Por Carlos Chagas

Para visualizar melhor a imagem clique nela.




Jornal "Quem me Dera" - Publicação 001

Baseado em modelos encontrados na Net

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Gálatas 6.6-10: Um breve comentário

Por Carlos Chagas

A pedido da irmã Rosana Burright gostaria de tecer breves palavras sobre o texto de Gl 6.6-10. O objetivo do comentário é entender se as palavras do apóstolo Paulo nos versículos supra-citados são desconectos ou não do restante da epístola e qual seria o objetivo mais provável destas ao povo da Galácia.

Considerações importantes

Sabe-se que para escrever qualquer texto deve-se ter em mente que sua estrutura é por demais importante. Ainda mais quando se destaca pessoas muito importantes e eruditas como o apóstolo Paulo. A coesão de suas palavras estão presentes em todo o corpo do texto. Por que destacar isso? Porque percebe-se nas igrejas cristãs atuais o vício de se destacar versículos isolados e, com isso, desenvolver certas teorias ou ideias para a prática. É fato que a divisão da Bíblia com as enumerações de capítulos e versículos ajudou e muito a vida dos cristãos, todavia isso se tornou um vício e preguiça quando não mais se lê o texto em busca da compreeensão efetiva de sua composição e, assim, se valoriza apenas uma parte que, por várias vezes, foge do contexto principal do texto.




Análise crítica do conteúdo de Gl 6.6-10

O versículo 6

"Mas aquele que está sendo instruído na palavra faça participante de todas as coisas boas..."

Neste versículo temos um grande problema para a sua leitura isoladamente: A conjunção adversativa "mas" (partícula de ligação do grego transliterada para ). Em quê Paulo está sendo adverso? Sabe-se que o uso desta conjunção, geralmente se refere a algo já dito, o que sugere a estrutura de pensamento de Paulo nos versículo 1-5 do início do cap. 6, onde ele destaca a necessidade de auxílio mútuo dos cristãos não se esquecendo das responsabilidades pessoais de cada um (estas carregadas por cada dono). Entretanto estudiosos da língua grega ainda aceitam que Paulo pode estar se referindo ao que ainda irá dizer ou que a frase pode estar isolada em si. Todavia eu aceito a primeira alternativa, mas isso é pessoal meu.

Justificando minha escolha acima, (de que o versículo 6 está estritamente ligado ao versículo 5) acredito que Paulo está tentando explicar melhor sua exortação (vs 5) para evitar qualquer mal-entendido. Acredita-se que Paulo enfatiza que por mais que cada pessoa ensinada carregue seu fardo de responsabilidade sozinho não o isente da responsabilidade para com seu professor.

No que tange à parte "na palavra" sabe-se que Paulo se refere ao ensinamento oral da doutrina cristã não descartando a possibilidade de interpretação dos textos do AT. Porém, o foco de Paulo aqui não é na doutrina cristã e seu ensino mas tão-somente o relacionamento entre professor e aluno.

Já na parte "faça participante de todas as coisas boas" temos 3 palavras a destacar aqui: "Participante" e "coisas boas". A palavra "participante" (do Gr. Koinöneö) tem sentido de parceiria afetiva, e "coisas boas" está relacionado a algo espiritual (que é objetivo de toda a epístola) entre aluno e professor (já específico do final da epístola). Porém, há a possibilidade de Paulo estar preocupado não só com a espiritualidade no envolvimento de aluno e professor como também na questão financeira do professor e suas aulas. Sabe-se que os cristãos da Galácia vieram de um ambiente pagão, onde era costume os alunos não pagarem pelos ensinos de seus instrutores religiosos. Assim, Paulo poderia, no versículo 6, trabalhar a errônea e possível interpretação dos gálatas em não se preocupar com a situação financeira de seus mestres uma vez que isso era responsabilidade deles próprios (vers. 5).

Os versículos 7-10

"...Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos. Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé.".

Percebe-se que Deus não é um ser dado à zombaria. Logo, Paulo busca exortar àqueles que se enganam pensando que há tal possibilidade. Mas a primeira estrutura da frase completa a segunda, que pode ser uma alusão às parábolas de Jesus ou um ditado proverbial.

Existem aqui duas lógicas que devem ser compreendidas cabalmente sobre o exemplo da semeadura de Paulo: A primeira é que a ceifa tem íntimas ligações com a semente, o solo e o tempo. Isso é a lógica do labor braçal do fazendeiro. Já a segunda, que é a espiritual, Paulo trabalha os dois tipos de terrenos nos quais as sementes podem ser plantadas.

Paulo destaca que a semente lançada em terreno ruim (carne) não só será lançada em terra ruim como também sua produção será ruim (corrupção). Já a semente lançada em boa terra (Espírito) gera bons frutos (vida eterna). Além disto, Paulo destaca que nesta semeadura o semeador (cristão) não deve desfalecer, pois é nisso que está o segredo do sucesso (vers. 9: E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos). O problemas dos dias atuais está na dificuldade de compreensão dos exemplos bíblicos: Quantos são os presentes nas igrejas do Brasil que ainda plantam ou já plantaram em escala de colheita de subsistência? Quando se fala de semear muitos pensam na planta, mas Paulo chama a atenção não só no tipo de planta a ser colhida, mas na tarefa que deve ser finalizada cabalmente, no tempo que isso leva, na disposição entregue e na espera necessária. Tudo isso é importante para que a colheita seja bem sucedida. Assim, Paulo trabalha o que hoje se tem, segundo meu pensamento, como sendo uma doença interpretativa das igrejas atuais: Valorizar apenas o que se colhe. Paulo não destaca a colheita (que acontecerá de fato, se não desfalecermos), mas sim a obra completa, desde a escolha da semente, do campo, do tempo investido e da espera para a colheita. Paulo destaca a obra e não os frutos.

Por fim, no versículo 10 Paulo exorta a fazer o bem a todos, sem barreiras de raça, condição social ou de cultura, mas destaca o bem maior que é dar atenção aos da família da fé. O apóstolo sabe que a família contém a característica de defesa de grupo pela comunhão do que é próprio deles. Levando isso para a igreja que é, em Cristo, uma família, Paulo destaca que é necessário a comunhão material entre eles para que o "efeito da fé" surta. Logo, o cristianismo, tendo efeito total em si estará preparado para agir construtivamente na vida dos não-cristãos.

Fonte de pesquisa:

www.wikipedia.org

GUTHRIE, Donald. Gálatas: Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2005.

CARSON, D.A., MOO, J., MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1997.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Império Romano: Série de vídeo-aulas - A Administração - Aula 06

Por Carlos Chagas

Retomando a série "Império Romano: Ascensão e Queda" com o vídeo 6:




Sobre a Indústria:

A invenção e aplicação generalizada de mineração hidráulica, auxiliada pela capacidade romana de planejar e executar operações de mineração em grande escala, permitiu a extração de vários e metais preciosos de modo proto-industrial.

Por ano, a produção total de ferro era estimada em 82.500 toneladas, assumindo uma capacidade produtiva de c. 1,5 kg per capita. O cobre foi produzido a uma taxa anual de 15.000 t e chumbo em 80.000 t, ambos os níveis de produção não seriam emparelhados até a Revolução Industrial; a Espanha sozinha tinha 40% de quota de produção de chumbo mundial. A alta saída de chumbo foi um subproduto da extensa mineração de prata que atingiu um montante de duzentas toneladas por ano. Em seu pico por volta do século 2 a.C., o estoque romano de prata é estimado em 10.000 t, de cinco a dez vezes maior do que a massa de prata combinado da Europa medieval e do Califado cerca de 800 a.C. Qualquer uma das principais províncias mineradoras do Império produzia tanta prata quanto o contemporâneo Império Han e mais ouro por toda uma ordem de magnitude.

A elevada quantidade de moedas metálicas em circulação fez com que mais dinheiro cunhado estivesse disponível para negociação ou poupança na economia.

Sobre a Moeda

O governo imperial era, como todos os governos, interessado na emissão e no controle da moeda em circulação. Cunhar moedas era um ato político: a imagem do imperador da época aparecia na maioria das emissões e moedas eram um meio de mostrar a sua imagem por todo o império. Caracterizados também foram antecessores, imperatrizes, outros membros da família e herdeiros aparentes do imperador. Mediante a emissão de moedas com a imagem de um herdeiro, a sua legitimidade e sucessão futura era proclamada e reforçada. Mensagens políticas e de propaganda imperial, como proclamações de vitória e reconhecimentos de lealdade também apareciam em algumas moedas.

Legalmente somente o imperador e o senado tinham autoridade para cunhar moedas no interior do império. No entanto a autoridade do senado era principalmente e apenas no nome. Em geral, o governo imperial emitia moedas de ouro e prata, enquanto o senado emitia moedas de bronze marcadas pela legenda "SC", abreviação de Senatus Consulto ("por decreto do senado"). No entanto, moedas de bronze poderiam ser emitidas sem essa legenda. Algumas cidades gregas foram autorizados a emitir moedas de prata e bronze, que hoje são conhecidos como o "Imperiais Gregas". Casas da moeda imperiais estavam sob o controle de um ministro-chefe financeiro e as emissões provinciais estavam sob o controle dos procuradores imperiais provinciais. As casas da moeda senatoriais eram governadas por funcionários da tesouraria do senado.