quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Ukuleles Art Brasil - Divulgação

Por Carlos Chagas

Recentemente, ao conversar com um grande amigo meu, descobri que ele está vendendo Ukuleles (viola havaiana) pela internet. Assim, pensei em publicar aqui este artigo para deixar a dica de inserção de novos instrumentos nas igrejas, uma vez que o som destes Ukuleles são coisa de outro mundo. Abaixo algumas imagens e breves palavras do site:

Depois de iniciarmos nossa trajetória de vendas, 100% positiva no Mercado Livre, consulte o link abaixo http://perfil.mercadolivre.com.br/UKULELEARTBRASIL2012, identificamos a necessidade de atender a todos aqueles que gostam de música, curtem em ter um instrumento diferente ou querem conhecer, trabalham como música ou simplesmente procuram novos instrumentos musicais. 

"Nascemos assim... com DNA próprio, com produtos únicos para cada cliente e formas inovadoras de vender! Nossa parceria com o Luthier, traz ao Brasil produtos feitos com as melhores madeiras e ricos em detalhes feitos com Madre Pérola, que você poderá comprar na modalidade pré-venda, customizar seu instrumento, comprar a pronta entrega, encomendar e a grande novidade... a modalidade de "compra sem compromisso", onde você poderá nos dizer qual modelo de instrumento, customizado ou não, você gostaria de comprar e a Ukulele Art Brasil lhe avisa quando o instrumento chegar ou quando houver um similar a este disponível no estoque ou na Pré-venda. 

"A mente que se abre a uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho original." (Einstein) 


Imagens ilustrativas:



terça-feira, 28 de agosto de 2012

Aprendendo sobre o método alegórico de leitura bíblica

Por Carlos Chagas

A palavra alegoria é de origem grega que significa “outro sentido”. A alegoria busca dar para o texto um significado mais abrangente, profundo e oculto, mostrando um sentido além do sentido literal das palavras. Este método era usado pelos gregos para buscar uma explicação filosófica, ou seja, um sentido para a vida. Este método começou a ser usado como método de leitura bíblica a partir de um judeu chamado Filo, de Alexandria no Egito (13 a.C. 40 d.C.), que se preocupava em passar ao mundo grego as grandes verdades do Antigo Testamento. Filo tinha uma formação judaica e era leal ás instituições e costumes de seu povo; ele também tinha uma formação filosófica, especialmente no platonismo.

Platão foi um filósofo que viveu em Atenas entre 427?-347? a.C. Este formou o conceito de que o mundo em que a humanidade vive é apenas uma representação do mundo perfeito das realidades imateriais, o “mundo das idéias”. Uma mesa, por exemplo, é o reflexo da mesa perfeita que existe neste mundo ideal. Conceitos e verdades espirituais, próprios do “mundo das idéias”, são representados por alegorias.

É importante lembrar que no primeiro século, a cultura grega estava dominando o Império Romano, ameaçando a cultura judaica, daí foram criados dois tipos de escolas: A escola de Antioquia, na Síria, e a escola de Alexandria, no Egito. Foi nesta última que o método alegórico de leitura bíblica veio a ser adotado.

Houve muitos adeptos a este tipo de método, entre eles estão: Orígenes, Tertuliano, Santo Agostinho, Jerônimo, etc.

Quanto à sua aplicação na Bíblia, devemos observar dois sentidos: O primeiro é o sentido literal do texto, que se apresenta na própria letra do texto. Este é muito útil para os neófitos. O segundo é o mais profundo, que o sentido alegórico. Este busca um sentido mais espiritual, acessível somente a pessoas sensíveis e espirituais. É nítido também como em cada detalhe há um sentido.

No método alegórico, nota-se pontos positivos como a preocupação em ligar a Bíblia com a realidade vivida pelo povo de Deus, a leitura mais espiritual da Bíblia, que visa alimentar a fé e o amor e uma posição mais pastoral, onde se busca maior contato com o povo. Mas nota-se também pontos negativos como a pouca fidelidade ao texto, diminuição do caráter histórico de algumas passagens e algumas interpretações que chegam a ser absurdas.

APRESENTAÇÃO DO MÉTODO ALEGÓRICO DE INTERPRETAÇÃO DO TEXTO DE 
Lc 10:30-37 E DE Gn 14:14.

Antes da apresentação do texto, é muito importante lembrar que uma alegoria para ser aceita como tal, não pode ferir o contexto proposto pelo próprio texto. A alegoria deve ser baseada com a mensagem literal do texto, buscando não se perder em seu decorrer.

O primeiro texto que está proposto é a parábola do “bom samaritano” citado por Jesus Cristo a um doutor da Lei que o tentava. O texto é o seguinte: “E respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais os despojaram e, espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. E, ocasionalmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote e, vendo-o, passou de largo. E, de igual modo, também um levita, chegando àquele lugar e vendo-o, passou de largo. Mas um samaritano que ia de viagem chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão. E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, aplicando-lhe azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para a sua estalagem e cuidou dele. E, partindo ao outro dia, tirou duas dracmas, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele, e tudo o que de mais gastares eu to pagarei, quando voltar. Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai e faze da mesma maneira”.

Diante deste texto podemos observar claramente a mensagem que Jesus queria passar para o doutor da Lei. Este tentava Jesus para ver se Ele realmente conhecia a Lei, mas o doutor foi pego em sua própria cilada, quando Jesus lhe ditou esta parábola para testar seus conhecimentos e seu amor para com o próximo. O que Jesus queria na verdade, era mostrar que títulos e conhecimento nada valem sem a prática do que se conhece. Lendo a parábola pode-se observar que a mensagem literal era: Ame e se preciso for ajude o seu próximo quando este se encontrar necessitado.

Bom, a proposta deste trabalho não é de mostrar a interpretação literal, mas sim duas interpretações alegóricas como exemplo. O primeiro exemplo será uma interpretação totalmente fora da idéia central do texto, que já foi dito anteriormente. O segundo, será uma aplicação mais fiel, buscando reforçar a interpretação literal do texto aprofundando em seus detalhes.

1-Primeira interpretação alegórica: Lc 10:30-37.

O homem que descia de Jerusalém a Jericó retrata a vida de alguém que vive no mundo e que não quer um compromisso sério com Deus. Como este homem não buscava refúgio em Deus, ele se deparou com um bando de salteadores, que são os demônios que o destruiu espiritualmente, deixando-o meio morto (espiritualmente). Mais adiante da história, um sacerdote e um levita passam por ele, mas de forma indiferente. Estes dois representam os cristãos que só ligam para o título e que não importam com a situação que alguém possa estar, mesmo a situação sendo comovedora. Mas um samaritano, que representa um cristão mal falado pela comunidade, só que bem visto por Deus, resolve ajudá-lo fazendo de tudo a este ferido e oprimido, como se este fosse seu parente mais próximo. Para cuidar das feridas, o samaritano usa o óleo e o vinho que representam a unção do Espírito Santo e a remissão dos pecados pelo Sangue do Cordeiro vertido na cruz respectivamente. O samaritano ao deixar o homem na hospedaria, que representa a Igreja de Cristo, deixa duas dracmas que representam o Antigo Testamento e o Novo Testamento, ambos que são indispensáveis para a Salvação completa de todos os erros. O hospedeiro, que é o pastor da igreja, tem como função de cuidar, ensinar e prepará-lo para a volta de Cristo, que é simbolizada pelo samaritano em sua volta.

Nota-se que esta alegoria feriu completamente a regra para interpretação do texto bíblico em vários aspectos. Primeiro porque não seguiu a idéia literal que o texto por si expressa e segundo porque coloca interpretações dogmáticas e idéias concebidas na própria consciência do autor como tentativa de enriquecer as conclusões precipitadas, mas que na verdade acabou destruindo a essência da mensagem alegórica.

2-Segunda interpretação alegórica: Gn 14:14.

“Ouvindo, pois, Abrão que o seu irmão estava preso, armou os seus criados, nascidos em sua casa, trezentos e dezoito, e os perseguiu até Dã”.

Esta passagem era muito usada por Barnabé; um professor-catequista da escola de Alexandria, que é autor da Carta de Barnabé, que tem tendências gnósticas e com uma interpretação altamente alegórica do Antigo Testamento.

Barnabé ficou famoso com sua interpretação alegórica deste trecho bíblico, onde ele buscou provar que Abraão sabia não somente o nome de Cristo, mas até que Jesus haveria de morrer na cruz: “Filhos do amor, aprendei mais particularmente estas coisas: Abraão praticando por primeiro a circuncisão, circuncidava porque o Espírito dirigia profeticamente seu olhar para Jesus, dando-lhe o conhecimento das três letras. Com efeito ele diz: ‘E Abraão circuncidou entre os homens de sua casa trezentos e dezoito homens.’ Qual é, portanto, o conhecimento que lhe foi dado? Notai que ele menciona em primeiro lugar os dezoito e depois, fazendo distinção, os trezentos. Dezoito se escreve: I que vale dez, e H que representa oito. Tens aí: IH (sous) = Jesus. E como a cruz em forma de T devia trazer a graça, ele menciona também trezentos (=T). Portanto, ele designa claramente Jesus pelas duas primeiras letras e a cruz pela terceira”. Barnabé 9:7-8.

Apesar desta alegoria ser ainda hoje muito discutida por serem polêmicos os termos usados, é muito aceita pelos demais devido à sua erudição. É notável hoje o quanto que as igrejas evangélicas são influenciadas por este tipo de interpretação bíblica por esta ser uma interpretação “espiritualizante”. É com pesar que muitos cristãos ainda usam este método, que é tão lindo, como forma de oprimir e “escravizar” o povo de Deus.

Conclui-se então que o método de interpretação alegórica pode ser muito útil quando usada com inteligência e moderação por aqueles que vivem e pregam o Evangelho de Cristo. É uma ótima ferramenta de trabalho que dá mais gosto para quem escuta e até mesmo para quem recita. Deve ser usada sim, mas com muita atenção e provido de conhecimento!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

O Fruto do Espírito: Eu quero ser feliz

Por Carlos Chagas



É fato que todos querem ser feliz sempre, mas sabe-se que esse objetivo é, ao menos para os dias de hoje, impossível. Seguindo as tendências de mercado e do mundo parece que ser triste é mais fácil que ser feliz. Entretanto ser feliz é uma opção, um trabalho interno. Cabe a você querer ser e ser.

Enquanto cristão, motivos são os que não faltam para que você se regozije ainda que dias ruins estejam à tona. Vejamos em Rm 5.

1º A Esperança:

Devido à fé e confiança em Deus o cristão pode confiar sem ter que se desesperar pois sua fé diz para si que Deus está de olho e no controle. É por isso que sem fé é impossível agradar a Deus, já que sem fé já não é Deus que dirige o barco e sim o incrédulo.

É um erro o que as pessoas fazem depositando sua confiança em coisas tipo: dinheiro, fama, bens, trabalho, aparência, etc. Tudo isso é temporário, de menos a esperança em Deus, que traz frutos. 

"... regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes;..."
Rm12.12

2º Propósito Divino:

Poucos percebem que por mais que acabem seus grandes problemas pequenos problemas ainda existem e jamais acabarão. Geralmente, com o tempo, outros grandes problemas surgem. E então? Seria motivo para uma eterna tristeza? Não. A verdadeira alegria é desfrutar a vida apesar dos problemas. Não quer dizer que todos devem ser hipócritas e muito menos serem amantes do sofrimento. Mas a fé cristã está firmada no Evangelho de Cristo que diz que isso não é nada se comparado com a glória que há de vir. Além do mais, todo sofrimento traz consigo uma lição e, sendo assim, algo de bom, de útil.

Muitos cristãos têm consigo o complexo de mártir. Acham que por sofrer demasiadamente, mas crentes serão. Essa ideia é totalmente errada. O que diferencia um crente de um não crente em Deus é sua postura ante os problemas: Um acredita que aquilo não é o fim, enquanto o outro se desespera uma vez que já perdeu o controle da situação.

E lembre-se: "Tudo é questão de perspectiva"

  • Você pode ver um "gigante" ou um "incircunciso" à sua frente;
  • Você pode ver um "limão azedo" ou uma "gostosa limonada";
O sofrimento produz:
- Perseverança já que aprendemos a lidar com a pressão;

"E não somente isso, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança..."
Rm5.3

- Experiência (Rm 5.4) já que esta só vem com a confiança e esta confiança em Deus. Os problemas da vida produzem perseverança e caráter;
- Esperança (Rm 5.4) já que os problemas o ajudam a desenvolve-la. Mas sua esperança está estritamente ligada a Cristo e não aos bens materiais.

"... e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança".
Rm 5.4

3º A Reconciliação:

Em tempos que o material é o mais desejado muitas vezes os cristãos esquecem do que realmente vale a pena se alegrar: Com a Salvação. Paulo nos lembra disso em Rm 5.11. E caso você não consegue se alegrar com esta salvação medite em Is 43.2.

"... e não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação."
Rm 5.11

"Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando, pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti."
Is 43.2

Fórmulas cristãs para ser alegre

1- Desenvolva uma atitude de gratidão não "por" toda circunstância, mas "em" toda circunstância;

"Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco."
1Ts 5.18

2- Seja alegre nas suas contribuições. Contribua com fidelidade. Se você fosse ajudado por alguém "do nada", não seria algo bom? Pois é. Que tal ser esse ajudante e não o ajudado? Esse é o propósito do Evangelho. Pratique-o, entenda-o, e serás feliz;

3- Trabalhe baseado no Evangelho. Pratique o Evangelho integralmente, ou seja, não só na igreja mas até na hora de cumprimentar alguém ou outra atividade considerada de práxe. Faça como se fosse para o Senhor e não para homens (Ef 6.7-8);

"... servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens, certos de que cada um, se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra vez do Senhor, quer seja servo, quer livre."
Ef 6.7-8

4- Alegre-se e busque a conversão do próximo. Não deixe de falar e de praticar o Evangelho, é Nele que se encontra a vida;

"Eu vos afirmo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende."
Lc 15.10

5- Não siga cegamente a cultura atual. A alegria parece difícil porque os exercícios que a produzem vão contra o que a nossa cultura ensina. Nossa cultura diz: “Viva para si mesmo e se esqueça dos outros”. Jesus nos diz que a nossa alegria vem com o desenvolvimento de uma atitude de gratidão e distribuição de nossos bens materiais, nosso tempo e nosso conhecimento das Boas Novas. 

Fonte:
Baseado no estudo da EBD em forma de fichamento da Igreja Vale Verde. Para baixá-lo na íntegra clique aqui. Fica aqui meus eternos agradecimentos aos pastores, presbíteros e membros desta igreja. Que Deus os abençoe.

Caso queira baixar este artigo em formato de aula de EBD em doc clique aqui.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

O Apocalipse Maia: 21 de dezembro de 2012 é o limite?

Por Carlos Chagas



Parece que o ser humano é louco para que o mundo acabe! Durante a história humana milhares de datas foram marcadas como sendo o fim da vida na Terra. No que tange a datas cristãs, foram mais de 220 oficializadas (para ver clique aqui), mas, ao que dá para se ver, nenhuma se concretizou. Parece que o mesmo fim terá a tão falada profecia maia: De que o fim do mundo se dará em 21 de dezembro de 2012.

Essa mais nova profecia catastrófica não tem se mostrado assim, ao menos, para Hollywood, uma vez que uma megaprodução cinematográfica gerou milhões de dóllares para artistas e produtores no filma chamado 2012.

Entretanto, apesar de milhões de bytes na internet relatando o final do mundo para este ano e de filmes, jornais, revistas, artigos e estudos que buscam veracidade sobre tal fim sabe-se que os maias jamais previram isso, assim como não previram sua própria decadência e fim como civilização e nem a chegada de espanhóis às suas terras. "Não há registros de uma ocupação deles com o final dos tempos", diz a professora de História da América Etiane Caloy da PUC do Paraná. Ela continua dizendo: "... a data de 21 de dezembro é o final de um ciclo que dá início a um novo ano, somente isso". Assim, o que se diz sobre o fim do mundo revelado pelos maias é mera interpretação, e errada por sinal.

Alexandre Guida Navarro, professor de História da América pela UFMA afirma que para os maias a concepção sobre um possível fim do mundo é praticamente nula, já que vários dos mitos desse povo dão margem a diversas situações que privilegiam a criação do universo. Segundo Navarro: "Eles não acreditavam no fim do mundo simplesmente porque, para essa civilização, o mundo não tinha fim. Ao contrário, ele estava em constante transformação". Navarro é enfático em dizer que jamais se ouviu histórias ou ou referências sobre o fim do mundo desse povo. "Nenhuma comunidade atual tem essa 'memória' do fim do mundo [...] foi uma criação ocidental para atrair o público a temas especulativos ...", salienta. Quanto à escolha da data é porque o calendário Maia termina em 21 de dezembro. Talvez tenha sido apenas falta de tempo para esculpir em pedra sua continuação, especulam alguns.

Mas então, porque a escolha do dia 21 de dezembro de 2012? Entenda abaixo:

Os Maias possuíam, ao menos, 2 calendários. Um de fato era de uso oficial. O outro nem tanto mas talvez dos demais povos mesoamericanos. Todavia, era de extrema importâqncia para o povo maia registrar detalhadamente os acontecimentos históricos de seu povo como: coroação dos reis, fundação de cidades, surgimento de novas dinastias, etc. Outro detalhe é que possuíam concepção circular e cíclica do tempo baseada na observação dos astros. Isso fez com que elaborassem um calendário complexo e preciso subdividido. Vamos a estas subdivisões:

Haab: Calendário solar formado por 18 meses e 20 dias totalizando 360 dias. Os 5 dias restantes formam um mês conhecido como Wayeb, que acreditavam estar associado aos maus augúrios. Portanto, um ano de 365 dias como o nosso.

Tzolkin: Calendário religioso composto por 13 meses de 20 dias, que totalizam 260 dias. Era este calendário que regia a vida do povo, suas cerimônias e a organização das tarefas agrícolas.

Conforme os estudos de Navarro, estes calendários funcionavam intercaladamente como "engrenagens". Um dependia efetivamente do outro para "girar". Realizando-se contas matemáticas é perceptível que as datas só se encontrariam novamente após 52 anos. O primeiro dia do do primeiro mês de cada um deles só se repetiriam após esses 52 anos. Isso gera um terceiro calendário que é chamado de Roda Calendárica pelos estudiosos, já que preferem destacar a dinâmica de funcionamento dos calendários como "engrenagens".

Assim, ao terminar os 52 anos, para os Maias, era como se iniciasse um novo ciclo. Para eles o mundo passaria por um período de transformações, remodelação e reestruturação. Por isso, os maias destruíam seus templos e construíam outros em cima. Ou então destruíam cidades e criavam novas formas. Ao estudar as estruturas das pirâmides maias é percebido que as mesmas são construídas como um bolo: feitas a partir de “fatias”, as quais eram construídas ao final de cada ciclo de 52 anos. E qual era o objetivo? Garantir o equilíbrio cósmico.

No fim da Roda Calendárica era comum o derramamento de sangue como ritual de boas vindas à renovação. Esse derramamento poderia ser por decaptação ou por cardiotecmia (retirada do coração ainda pulsando do peito da vítima). Tal ritual era de extrema importância religiosa pois o sangue é o líquido vital. É com ele que o universo veio a ter vida.

Ainda há outro calendário chamado de Longa Contagem que é composto de um ciclo com 5125,37 anos ou 1 milhão 872 mil dias d o qual foi descoberto uma possível relação entre o nosso calendário gregoriano. Ao se comparar ambos descobriu-se que a última data de início do ciclo da Longa Contagem foi no dia 11 de agosto de 3114 a.C. Assim, para místicos e crédulos 21 de dezembro de 2012 é uma data muito importante.



Fonte:
SILVEIRA, Evanildo da. Apocalipse: O fim do mundo. O último calendário. Super Interessante, São Paulo, n.291, p.18-25, maio 2011.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

O Fruto do Espírito: Aprendendo a amar

Por Carlos Chagas



Apesar de ser uma palavra de apenas 4 letras o amor é uma das expressões mais usadas no mundo e, para muitos, é algo bastante conhecido e experimentado. Entretanto, devido ao uso exacerbado da mesma seu conceito ficou deturpado e desgastado. Atualmente usa-se a palavra amor para se expressar qualquer tipo de sentimento ou ação que, por senso comum, denote o bem. Sendo assim, seu uso passou a ser de forma impensada e errada às vezes, caracterizando certa incompreensão sobre o que seja o amor.

Fato é que é impossível dar ou receber o amor quando não sabemos e nem mesmo compreendemos o que é. O significado do amor é diluído quando é usado para adjetivar ou expressar algo que não condiz com sua esfera de ação. Por exemplo quando uma pessoa diz: "Amo esse time!"; "Amo viajar!"; "Eu amo meu cachorro"; etc.

Em 1Co 13 está escrito: "Agora permanecem estes três: a fé a esperança e o amor, mas o maior destes é o amor." O amor é o primeiro fruto do Espírito mencionado em Gl 5. Mas o amor do qual a Bíblia fala é o mesmo que todos conhecem? É um sentimento?

Amor não é um sentimento e sim um dom. O amor produz sentimentos, é diferente de ser um sentimento. E friozinho na barriga é apenas uma sensação. Vale dizer que o amor não é incontrolável como diz a frase: "Não tenho culpa de estar amando!", ou "Não tenho culpa se amo demais!". Tais frases soam como se o amor fosse algo incontrolável ou aleatório e sem escolha. Porém encontramos na Bíblia diversas passagens onde percebemos que o amor é algo controlável e de escolha.

Para amar, segundo os conselhos bíblicos, é necessário (1º) escolher tal coisa:

"Acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição".
Cl 3.14

Para que o amor esteja acima de tudo é necessário desejar que o mesmo esteje lá. Necessita-se esta escolha. E além disto (2º) o amor é questão de conduta. Amar gera ação. Este só o é quando praticado:

"Filhinhos, não amemos de palavras, nem de língua, mas de fato e de verdade."
1Jo 3.18

Não adianta apenas dizer: “Eu te amo tanto que morreria por você!”. É necessário levar a cabo isso, quando necessário.

A título de informação:

Os Gregos tinham quatro palavras para expressar tipos diferentes de amor:
1- Storge - Que significa afeição natural;
2- Eros - Que significa atração sexual;
3- Philia - Que significa afeição emotiva;
4- Ágape - Que significa amor incondicional, altruísta ou sacrificial.

Tais conceitos gregos sobre o que seja amor vieram para tentar explicar as diferentes formas de amar. Para o brasileiro, que é restringido apenas ao seu português e à palavra amor, fica mais difícil a compreensão, sendo necessária a intervenção de figuras explicativas como: Amar um filho não é o mesmo amor de amar o marido. Possui nuances diferentes. Mas os dois são amor.

Aprofundando um pouco mais nos estudos bíblicos percebe-se que Jesus jamais exigiu que tivéssemos afeto por todas as pessoas. Ele próprio não nutria afinidade e simpatia com a maioria dos fariseus. Ninguém é obrigado a gostar de todo mundo. Entretanto não se é permitido não amar, ao menos, uma pessoa. Amar é uma obrigação de todos e o princípio do Evangelho de Cristo. Assim, se deseja viver este amor segue alguns passos que podem lhe ajudar.

1- Experimente o amor de Deus

"E, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus".
Ef 3.17-19

Ame e perdoe as pessoas não porque elas merecem. Talvez o perdão não evite a consequência do pecado mas fará bem ao seu coração já que as pessoas que lhe magoaram algum dia, não poderão continuar a fazê-lo, uma vez que seu coração se desvencilhou dos grilhões que o prendiam ao sofrimento.

2- Tenha pensamentos de amor

"Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros. Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus".
Fl 2.4-5

O verdadeiro amor se liga no outro. É puro altruísmo, o qual não anula quem o oferece. Procure pensar no seu próximo, pois há sempre pessoas que têm problemas maiores que os seus, lembrando que aqueles que são mais desagradáveis e menos amáveis são as que mais precisam de amor.

A quem ama é necessário focar as necessidades além das falhas. Nem sempre amar muda os sentimentos, mas sutilmente o amor muda os pensamentos. E mudando os pensamentos não só a conduta mas os próprios pensamentos desta vão melhorando.

Amar nem sempre é oferecer agrados, às vezes são necessárias as "palmadas". É como um filho que não obedece a ordem verbal e necessita da vara como correção. Assim é o adulto que não aprende com a bondade. Às vezes, em amor, é necessária a ação mais ríspida. Todavia jamais é aceitável uma ação que não seja em amor.

3- Aja com amor

"Digo-vos, porém, a vós outros que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam; bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam."
Lc 6.27-28

Amar as pessoas das quais não gostamos não é hipocrisia, como muitos dizem, mas é, antes de tudo, sinal do que é verdadeiramente amor. O amor tem a paciência de aguardar sua plena manifestação aos homens. Suportar uma pessoa que você não gosta com mansidão e humildade é algo que você faz por estar em amor. Leia o versículo abaixo que ilustra melhor isto:

"...com toda humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor;"
Ef 4.2

4- Aguarde o melhor

"... tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."
1Co 13.7

Apesar de o ser humano querer viver aquilo que é atribuído a si, a proposta do Evangelho é ir além disso: É viver o amor mesmo que o ódio seja a única coisa visível na vida. O amor é contagioso e modifica as pessoas. Esteja disposto a amar as pessoas tal como você quer que elas sejam. E caso você ainda não saiba como reviver um amor perdido a tempos sigas os passos que o próprio Jesus deu à Igreja de Éfeso:

1- Lembra-te de onde caíste;
2- Arrepende-te;
3- Volta à prática das primeiras obras (Ap 2.4-5);

A vida tem cores que aumentam ou diminuem conforme a intensidade do amor. Pense nisso!

Fonte:
Baseado no estudo da EBD em forma de fichamento da Igreja Vale Verde. Para baixá-lo na íntegra clique aqui. Fica aqui meus eternos agradecimentos aos pastores, presbíteros e membros desta igreja. Que Deus os abençoe.

Caso queira baixar este artigo em formato de lição de EBD clique aqui.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Divulgação de Registro de Candidaturas 2012

Por Carlos Chagas



Apesar que em tudo no Brasil tem corrupção o projeto Ficha Limpa vai aos poucos ganhando terreno. No link abaixo você pode conferir os aptos e inaptos de todo o Brasil para essas eleições de 2012 em um site do governo conhecido como "DivulgaCand". Nele você consulta os aptos e inaptos à prefeito e vereador. Façam bom uso do link e divulguem.


Um abraço e boas eleições a todos.


Instrução para uso do site:

1º- Na barra superior dos estados, clique no estado desejado;

2º- Mais abaixo você verá a opção "aptos", "inaptos" e "todos". Selecione a gosto;

3º- Mais ao lado tem o campo para digitar o município (cidade) para facilitar sua pesquisa;

4º- Perceba que nos campos de prefeito e vereador existirão um "+". Clicando neles abrirão os nomes dos candidatos (aptos ou inaptos dependendo da seleção feita acima);

5º- Existe abaixo do quadro de nomes dos municípios a opção de passar a página. Use-a caso necessário.

Clique na imagem para ampliá-la