quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Afinal, para que veio a Reforma Protestante?

Por Carlos Chagas

Na Idade Média, também chamada pelos cientistas e estudiosos da história com ênfase em características humanistas de Era das Trevas, existia apenas uma instituição cristã conhecida como Igreja Católica, da qual vinha as regras de como proceder e viver a fé que Cristo uma vez havia pregado. Para aqueles que vivam os regimentos desta igreja sua vida deveria seguir todas as regras da mesma. Caso contrário a punição poderia ser a excomunhão (viver no inferno desde já, segundo a fé da época) ou ser queimado como herege, punição esta utilizada para os mais pertinentes em ações e pensamentos contrários à fé católica.

Sabe-se que a Igreja Católica da época pregava e mandava em todo o Velho Mundo (Europa e Ásia), tendo dificuldades em evangelizar grande parte da Ásia e da África, todavia era uma grande igreja e um império religioso de pompa. Sua história não surgiu do nada. Uma história existe como precursão.

Após a morte de Cristo e dos apóstolos, os discípulos dos discípulos de Cristo, também chamados de Pais da Igreja, desenvolveram a doutrina da Igreja e toda a teologia que daria o tom principal das teologias que surgiriam mais tarde. Também nesta época elegeram os chamados Concílios como o ato mais nobre e valioso para se decidir quais regras deveriam se seguir, já que estes são leituras de si próprios e também da Bíblia.

Mas com o passar do tempo e de muitíssimos Concílios, a leitura da Bíblia foi abandonada e apenas os monges continuaram com a prática desta leitura. Estes se abdicaram de uma vida litúrgica eclesial isolando-se em mosteiros ou se refugiando em desertos como protesto contra uma Igreja Pomposa como era a Católica. Assim começa a desdenhar o que mais tarde seria a Grande Bomba que é a Reforma Protestante de 1517.

De 600 d.C. até 1400 d.C. o que se viu foram vários monges se abdicarem das regras eclesiais e se submetendo, muitos deles, às regras monásticas. Alguns inventaram para si regras de fé, algumas, até mesmo, absurdas. Existiram diversas ordens monásticas como beneditinos, agostinianos, clarissas, franciscanas, etc.

Como eram nas ordens monásticas que eram feitas compilações de textos e leituras da Bíblia foram ali mesmo que nasceram os primeiros revoltados com as posições absurdas que a Igreja Católica da época adotava. Esta, que antes era humilde e existia para pregar o bem e a preocupação com o próximo já não mais tinha este objetivo. Agora sua intenção era tão somente arrecadação de impostos e de subordinação do povo para suas próprias intenções. Com o tempo as arrecadações chegaram a números até hoje incalculáveis. Não só dinheiro mas posses de terras, títulos e de bens e órgãos de valores absurdos passaram a ser da Igreja. Esta ficou extremamente rica e pomposa e sua riqueza perdura e aumenta a cada dia até os dias atuais, porém agora, de forma mais aculta e discreta. Foi então, ainda na Era Medieval, veio a surgir o papa Leão X, que trazia consigo a vontade de reunificar a Igreja que estava se desfazendo devido algumas rixas e cismas, pregando um novo tipo de arrecadação: As indulgências. Estas já existiam, mas agora eram plenárias.

Indulgências eram documentos selados pelo próprio papa dando direito a uma pessoa de morrer e ficar por alguns milhares de anos no purgatório mas não pela eternidade como seria o caso de alguns. Entretanto com a indulgência plenária esta pessoa poderia ir direto para o céu sem passar pelo purgatório. Um sonho para muitos. Mas alguns, e estes, em grande parte monges, passaram a ir contra este sistema de arrecadação até serem punidos como hereges e serem queimados vivos ou enforcados, como foram os casos de Jerônimo Savonarola, John Wycliffe, John Huss, etc.

Mas em 1507 um monge agostiniano chamado Lutero, movido pelo mesmo espírito, passou a lutar pelos mesmos ideais e sua história teve um rumo diferente dos demais. Então, sem mais palavras, assista ao filme "Luther - Lutero" que está dublado logo abaixo:




Sabe-se que a intenção de Lutero não era de criar outra igreja mas de reformar a Católica, o que não aconteceu. Assim, nasceu uma nova forma de se seguir a Cristo: O Protestantismo. Este, após séculos está tendo tendências idênticas as da Igreja Católica Medieval no que tange à arrecadação de impostos (dízimo e ofertas) na promessa de vida melhor de um lugar no céu. 

A pergunta que me faço todos os dias: Será que Lutero lutou por nada? Será que a Igreja jamais retornará ao que jamais deveria se desviar, a saber, do Evangelho? Fica aí a reflexão.

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