terça-feira, 28 de janeiro de 2014

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Geração de adoradores? Não me faça rir...

Anos atrás li um artigo que me fortaleceu na minha indignação. Gostaria de publicá-lo aqui na íntegra e, mais abaixo, o link de onde foi retirado.

Por Zilton Alencar

Geração de Davi? Geração de adoradores? Que nada! Estamos na geração Fast Food Gospel…. Pedro, não querem mais o puro leite! Paulo, não querem mais o alimento sólido! Querem só um McLanche Feliz e um brinquedo! 

O que quero dizer é que a geração de Davi existe. A geração de adoradores existe. Entretanto, como bem disse o nosso Mestre, pelos frutos se conhece a árvore. E os frutos que vemos na Igreja nos dias de hoje não são os encontrados em Davi, ou nos adoradores que Jesus disse à samaritana que Deus buscava. Confundimos “resultados” com “frutos”, damos glória a Deus porque o IBGE aponta para o crescimento da “igreja evangélica”, e confundimos inchaço com crescimento. Esquecemos que esta multidão nem sempre é aceita por Cristo. Foi Ele mesmo quem proferiu um discurso tão duro que a multidão foi embora. Ficou só a minoria. Só doze, e um deles era diabo!! 

Temos uma geração que quer pôr Deus no canto da parede, vociferando arrogantemente: “- Restitui, eu quero de volta o que é meu!”, como se tivesse direito a alguma coisa, senão condenação. Deus não é Senhor nesta geração, e sim servo. É a geração que não se contenta com a pura graça de Deus. Quer mais, e mais, e mais! Quer reinar!! Quer ser cabeça a todo custo! 

Temos uma geração que afirma categoricamente que “o melhor de Deus ainda está por vir”, esquecendo-se (ou desprezando o fato) de que Jesus Cristo, o Filho, o melhor que havia no céu ao lado do Pai, já veio. Queremos mais, pois Jesus não é suficiente! 

Temos uma geração que fomenta no povo um terrível sentimento íntimo, que prefere estar no alto do palco, olhando arrogantemente para os seus inimigos boquiabertos na platéia e sentindo o sabor de mel da vingança na boca, do que observando o que Jesus disse a respeito dos nossos inimigos: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e aborrecerás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; Para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão havereis? não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis demais? não fazem os publicanos também assim? Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus” (Mt 5:43-48). Geração esquizofrênica, que se sente rodeada de inimigos, incapaz de orar por eles. Geração rancorosa, que não perdoa, que quer se sobressair e até ser adorada pelos supostos inimigos. 

Temos uma geração aonde o caráter cristão é espezinhado, e se vive um “evangelho” de aparências, e não de conduta e princípios. A geração que ora pedindo um milagre: que apareça misteriosamente em sua conta bancária alguns milhares de reais, e que agradece a Deus quando isso acontece. Geração que não compreende o Deus justo, mas se alegra com a injustiça, achando que Deus foi o Autor deste “depósito” milagroso e salvador… 

Temos uma geração que está sendo guiada por “pastores” e outros “títulos eclesiásticos”, por homens e mulheres que preferem os títulos e as prebendas, que para satisfazerem-se primeiramente a si mesmos já rebaixaram a Bíblia e seus preceitos imutáveis à quarta ou quinta posição em suas vidas e em suas doutrinas e profissões de fé. Pastores que não se dão conta que prestarão contas um dia ao Sumo Pastor… 

Geração de Davi uma ova!! Esta é, na verdade, a Geração Laodicéia, a geração da igreja rica, poderosa e diferenciada, mas cega, pobre, miserável e nua! É a Igreja que ocupa a grade da programação das principais emissoras de tevê, mas não usa esta programação para pregar o VERDADEIRO EVANGELHO. É a Igreja que avança triunfante no mercado fonográfico, mas que não canta para o louvor de Deus, e sim para enriquecer, usando MÚSICAS DE TRABALHO, e não músicas de evangelismo! É a Igreja que abraça o Ecumenismo… É a Igreja que é noiva do Cordeiro, mas amante do mundo. Quem quiser ter a DIMENSÃO EXATA desta frase, leia o capítulo 16 do livro do profeta Ezequiel. Não há melhor exemplo que este! 

Sabem qual seria a geração de Davi? E qual é a geração de adoradores que Deus espera? Uma geração que O adore pelo que Ele é, e não pelo que ele pode nos proporcionar. A geração que abraça a cruz para a morte, e não a que senta no trono para reinar! A geração de uma igreja pobre financeiramente, mas riquíssima em poder, em comunhão, em observação das Escrituras e em defesa da sã doutrina, contrária aos lobos vorazes que estão invadindo o aprisco e degolando o rebanho! Uma geração que olharia mais para Jesus, e menos para os homens, que aceitaria mais as palavras da Escritura do que as supostas “revelações” humanas, sem base bíblica. Que teria mais prazer nas Escrituras do que nas novidades! 

Sinto-me enojado com a geração de hoje. Geração morna, que provoca ânsia de vômito no Senhor Jesus e em todo aquele que ama a Verdade do Evangelho puro e simples, que Ele e seus apóstolos pregaram e revolucionaram o mundo no 1º Século! É claro que não estou generalizando! Sete mil joelhos são sempre estrategicamente deixados por Deus para não se dobrarem a Baal, a Laodiceia e a Mamom! E estou lutando para fazer parte desta MINORIA, pois já observei que a maioria sempre prefere voltar ao Egito, e sempre escolhe Barrabás. 

Se Jesus chamava a geração em que viveu de “geração má e perversa”, de que estará chamando esta nossa?? 

Perdoem-me o desabafo. Mas se eu, pó e cinza, estou me sentindo assim, o que não sente o Senhor que deu Sua vida por esta Igreja?


Veja um mal exemplo de um adorador clicando aqui.


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O poder cega

Por Carlos Chagas

Na busca pelo poder muitos se desviaram, seja da fé ou dos próprios princípios e, muitos destes desviados têm se tornado líderes de igrejas e pessoas tidas como inquestionáveis, tanto pelos homens, quanto pelo próprio Deus.


A única coisa que Cristo quer pregar em seu Evangelho são as duas Leis baseadas no amor, tanto para Deus quanto para o homem; para si. Mas é incrível quando se vê pessoas tentando convencer milhares que ainda há mistérios bíblicos a serem revelados pelo próprio Deus que implicam até mesmo na salvação. Segundo estes pregadores de plantão, o próprio Cristo parece não ser um bom anunciador do Evangelho e precisa da fundação do terceiro setor gospel para o melhor trabalho.

O poder anda com pernas tortas, já dizia um ateu chamado Nietzsche. E muitos, além de desejarem ter pernas tortas buscam meios de amputá-las com pregações que de longe passam pelo crivo do Evangelho.

Mas o que cabe à verdadeira igreja? Acredito que PENSAR a própria fé já o primeiro passo. Como diz o ditado: "Um bom começo é meio caminho andado". Acredito que se o povo de Deus passasse a pensar um pouco que seja sua fé, muitos (e não todos) desses SAFADOS vestidos de ternos e gravatas que lhes dão tanto poder não mais estariam pregando na frente das igrejas como fazem.

Dizem que o profeta entende o seu tempo, que entende os tempos, os momentos. Então fica a dica: A Igreja Católica Primitiva caiu em descrédito quando se associou com o Estado. Associar com o Estado não é o problema, mas trabalhar a fé no âmbito racional e corrupto se assemelhando ao mundo isso sim é problemático. Nos dias atuais o que se vê? CPI das Sangue-Sugas onde mais de 50% da bancada era evangélica, cristãos no meio político orando e abençoando dinheiro roubado dos cofres públicos, ladrões de igrejas que compram sítios luxuosos e mansões com elevadores panorâmicos para usos particulares, etc. Não seria a Igreja Evangélica atual irmã gêmea da Igreja Católica Primitiva dos tempos de Constantino?

Pense... repense... e quando terminar, pense novamente. Só assim aja!

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

A Vida da Igreja: Qual Igreja?

Por Carlos Chagas

Dong Yu Lan, discípulo de Watchman Nee, foi um empresário de renome que, ao se converter ao Evangelho, dedicou sua vida ao mesmo seguindo os princípios de Nee e da instituição Árvore da Vida fundando uma teologia à parte onde basicamente o Evangelho são duas partes distintas: O Evangelho da Graça e o do Reino. É autor de diversos livros dentre os quais se destaca A Vida da Igreja, um livro integrante de uma série.

No A Vida da Igreja, Lan procura explicar como deve ser o proceder do organismo vivo de Cristo preocupando com a vida do crente em Cristo, com a sua inserção na igreja e como deve ser o proceder deste na instituição de forma agradável a Deus. Sua obra pode ser dividida em 3 parte intercaladas: Sobre a Igreja, onde Lan procura mostrar o que de fato é a igreja tentando trabalhar conceitos tidos por ele como errados e retrabalhando os mesmo para uma melhor compreensão segundo seu ponto de vista; Como ser Igreja, onde Lan mostra que a conversão de um indivíduo o leva para a igreja mas este deve aprender a ser a mesma como um organismo e não como uma organização; e trabalho evangelístico, onde Lan prepara o indivíduo, agora informado corretamente em como ser igreja a trazer pessoas a Cristo e como ser salvo e também salvar.

Na parte que trata sobre a igreja o livro possui um capítulo chamado Semana 1 - Mensagem 9, que sugere a leitura dos capítulos anteriores que tratam de outros assuntos de complemento deste livro. Nesta parte Lan investe em teologia da Árvore da Vida, onde, de forma subliminar, deixa claro que a Igreja de Cristo está por demais dividida e que esta divisão, em sua grande parte, prega apenas o Evangelho da Graça, que não traz a salvação e que somente fala dela. Ainda de forma subentendida, Lan coloca que a Árvore da Vida é a instituição que vive a segunda parte do Evangelho que é a do Reino, onde realmente está a Salvação.

Após trabalhar, segundo sua teologia, o que é ser igreja, Lan parte para a segunda parte que é de como ser a mesma após convertido. Composto por 3 capítulos estes mostram uma visão aprofundada na Bíblia, diferente da primeira parte do livro. Na Bíblia Lan explica partes e trechos da mesma salientando teologicamente sua compreensão de como deve ser um cristão exemplar. Nesta parte fica incutida sua compreensão sobre a Trindade, a diferença de Espírito Santo e Espírito e como é a união da Graça com o Reino, partes essenciais para que a teologia da Árvore da Vida faça efeito, uma vez que o livro conta com a leitura do restante do material da série por seu discípulo.

Na terceira e última parte Lan ensina como deve ser o evangelismo e como aumentar a igreja, parte esta que conta com quatro capítulos. Não deixando de lado a propaganda que faz de suas instituições e formas de ensino empregadas pelas mesmas, Lan escreve resumidamente sobre essas formas usando trechos bíblicos para autenticar seus ensinos e promover o organismo evangelista da igreja.

Como qualquer obra, todo autor segue tendências. No caso de Lan fica subentendido que sua intenção é desviar pessoas de todas as igrejas que não fazem parte do sistema Árvore da Vida, já que segundo suas palavras tais igrejas vivem apenas o Evangelho da Graça, que não traz a salvação, apenas fala dela. Lan explica que a salvação se dá pelo Evangelho do Reino, pregado por João, que traz a Salvação e que não se desvincula do Evangelho da Graça. Ainda segundo Lan, é em seu ministério que se dá a salvação, diferente até mesmo de Nee, seu mestre que, segundo Lan, não viveu o Evangelho de forma efetiva. O livro então passa a se mostrar por demais exclusivo no que tange à salvação tendo característica de ensinamentos de seitas uma vez que se marginaliza dos demais ensinamentos cristãos os quais são heresias segundo o autor. O livro é extremamente convidativo e de fácil leitura, o que estimula o leitor a ler os demais livros e, consequentemente, se inclinando ao ensino de Lan, tendo a possibilidade de se tornar um seguidor seu.

A obra é indicada para estudiosos de teologia e para aqueles que têm tendências seccionárias em sua compreensão do Evangelho. Pessoas que têm aversões a quase todas as igrejas encontram neste livro uma espécie de alento espiritual, já que no mesmo sua defasagem será trabalhada e, por isso, a obra se torna uma boa indicação.