Por Carlos Chagas
Sobre o Autor
Muito se discutiu através dos estudos da epístola de Gálatas sobre quem a escreveu. Mas após análises profundas chegou-se a conclusão de que é realmente Paulo e não um pseudônimo quem escreveu o livro. Um dos fortes indícios é o estilo literário latente no livro. Quanto a Paulo, a própria epístola destaca sobre a pessoa de Paulo. Sabe-se que Paulo não era uma pessoa rasa na sua vida pré-cristã. Este era judeu e ele próprio sabia que era mais "avantajado" que os demais contemporâneos. Contudo sua modéstia o refreou (1.14). Paulo não escreve para desconhecidos. Muitos gálatas o conhecia em sua época pré-cristã (1.13). Paulo descreve detalhadamente sua conversão além de se declarar pregador (1.15-16) de um Evangelho que não era de feitura humana (1.11). Este recebeu o Evangelho mediante revelação (1.12). Paulo deixa claro que: Pregou o Evangelho em suma consciência (2.2); anunciou o Cristo crucificado (3.1) e que demonstrou ter enfermidades na sua primeira pregação entre os gálatas (4.13).
Quanto à sua peregrinação missionária Paulo passou um tempo na Arábia e relata sua volta a Damasco (1.17). Esteve em Jerusalém (1.18 e 2.1) mas não há precisão de data. Parece ter ligeiro conhecimento das igrejas na Judéia (1.22-23) mas nega conhecimento pesoal delas. Ele cita também a Síria e Cilícia, mas aparentemente não esteve ali (Cf At 15.41).
Sobre sua experiência cristã a epístola deixa claro sua profundidade. Ele se considera "servo" de Cristo (1.10) e, apesar de ter o título de apóstolo se coloca em posição de humilhação. Foi liberto da Lei mas continua escravo de Cristo. É sobre essa antítese Lei x Graça que Paulo constrói a "coluna cervical" da epístola.
Nesta epístola fica claro as características humanas de Paulo: Fica atônito com a apostasia de seus leitores (1.6); teme que seu trabalho tenha sido em vão e se demonstra decepcionado (4.11); mostra-se perplexo (4.20); se demonstra claro e insistente em palavras nas suas explicações (1.9); não teme a autoridade de Pedro e repreende-o em público (2.14) e se torna radical contra os que pervertem o Evangelho (5.12).
Por fim, Paulo se demonstra um teólogo de ação e não de poltrona como hoje. Possuía uma enfermidade que não se dá para saber ao certo o que era (4.13), todavia esta enfermidade causou-lhe uma transformação desagradável em sua aparência pois elogia os gálatas por não desprezá-lo (4.14). Sobre sua possível oftalmia, doença que é cogitada por alguns como Calvino, no versículo 4.15 parece ser apenas uma figura de linguagem usada por Paulo. E quanto às letras grandes usadas por Paulo no final da epístola serve tanto para reforçar a teoria da oftalmia quanto para uma abertura para outras interpretações.
O estilo da epístola
A epístola de Gálatas difere das demais epístolas paulinas no que diz respeito ao envolvimento do autor com as palavras empregadas. A grande riqueza encontrada na epístola é o uso de figuras de linguagem. Existem mais figuras de linguagem em Gálatas do que nas demais epístolas. Eis algumas: O olhar que fascina (3.1); a exposição de notícias (3.1); a função do aio (3.24); o jugo (5.1); o parto (4.19); a competição esportiva (5.7); o fermento (5.9); o escândalo, ou pedra de tropeço (5.11); a cidade dos animais selvagens (5.15); a colheita dos frutos (5.22); o processo de semear e ceifar (6.7); a família (6.10) e o processo de ferretear (6.17).
Outra característica da epístola é o número de perguntas retóricas. Estas se concentram mais na porção central doutrinária (caps. 3 e 4). Destaca-se também o jogo de cintura de Paulo mediante situações de correção. Ora Paulo chama os gálatas de "irmãos" (1.11, 3.15, 4.12, 28, etc) ora de "insensatos" (3.1). Um toque ainda mais carinhoso aparece em 4.19 onde o apóstolo chama-os de "meus filhos".
Paulo se identifica com os seus leitores já que usa a primeira pessoa do plural cerca de 70 vezes.
Propósito da epístola
Esta epístola deixa claro as intenções de Paulo para com seus leitores. Na epístola exitem três diferentes grupos envolvidos na situação dos quais Paulo considera.
O primeiro grupo é formado de pessoas com as quais Paulo já possuía um relacionamento prévio (1.8, 9; 4.13). Paulo se demonstra extremamente voltado em amor para com estes (4.15) e satisfeito com a revolucionária transformação do povo gálata de pagão para cristão (4.8). Talvez o amor de Paulo para com este grupo se deu pelo fato de este acolher amorosamente Paulo em sua cansativa viagem somada à sua enfermidade (4.14).
O segundo grupo é o apostólico em Jerusalém. Paulo deixa claro sua dificuldade com este grupo quando este tenta se sobrepor aos ensinos de Paulo com se o apóstolo tivesse menor autoridade. Diante disso Paulo se coloca no mesmo nível (1.1) dos apóstolos do ministério de "carne e sangue" (1.16). Certo desentendimento teológico houve entre Paulo e este grupo (2.11-14) que tinha Pedro e, mais tarde Tiago, como líderes. Paulo se refere aos apóstolos como "colunas" (2.9).
O terceiro grupo era os judaizantes. Várias alusões são feitas a eles por Paulo, porém sem nada de mais definido. A primeira referência é 1.7 onde se diz que o grupo quer perverter o Evangelho. Outra refrência é 1.9, contudo esta é mais vaga, sem muitos detalhes. Em 3.10 Paulo faz uma declaração acerca de "todos quantos são das obras da Lei", referind-se ao grupo. Outra passagem importante está em 5.2 em diante quando o apóstolo trabalha os gálatas no seu desvio de fé. Fica claro que um dos assuntos que Paulo enfrenta é a circuncisão (6.12).
O apóstolo luta contra estes que tentam atrapalhar seus ensinos. Paulo vê o movimento como sendo escravizante. Na epístola não fica claro quantos participam do movimento e nem quem são os líderes judaizantes, contudo presume-se que são da Galácia. Fica evidente que fazem parte da igreja local, embora entraram de forma clandestina.
A questão dos judaizantes pode ser considerada comum para aquela época, principalmente o quesito da circuncisão. A circuncisão era sinal de uma aliança que trazia status, posição de privilégio, além de ser algo obrigatório no Antigo Testamento. Muitos cristãos primitivos, antes de sua conversão, foram condicionados a estes pensamentos, o que deixa margem para se pensar que tentaram condicionar a igreja também. Contudo o movimento era comum, mas seus resultados poderiam ser catastróficos para o cristianismo nascente. Os gálatas eram muito sinceros; perigosamente sinceros, a ponto de pregarem as doutrinas judaizantes com afinco. Se Paulo não intervisse com certeza o cristianismo seria considerado mais uma simples seita do judaísmo. Portanto, o propósito da epístola é trabalhar os gálatas sobre o perigo iminente. Sendo assim, Paulo adota os seguintes pontos:
- Paulo faz uma abordagem histórica: Paulo refuta a idéia legalista dizendo ter apoio dos "colunas" da igreja (1.1 - 2.14). Logo isso valeu como uma abordagem doutrinária mais importante, a qual coloca Paulo como importante também, mas em segundo plano, ou seja, a doutrina é maior.
- Paulo trabalha seu próprio testemunho (2.15-21).
- Paulo trabalha a experiência dos próprios gálatas (3.1-5). O apóstolo relembra-os dos milagres realizados pelo Espírito desafiando-os então a uma série de perguntas.
- Como a doutrina legalista dos judaizantes nasce da Lei mosaica do Antigo Testamento, Paulo apela também para o Antigo Testamento (3.6-18) citando Abraão como exemplo de que a promessa de Deus feita a ele era superior à lei. O apóstolo então fala da maldição da lei e da salvação de Cristo, que se fez maldição após cumprir a lei, que é interpretado por Paulo como sendo o retorno à fé de Abraão, que, como foi dito, é superior à lei. O apóstolo também não isenta argumentos que são baseados em considerações gramaticais (3.16).
- Em seguida é trabalhada a questão da temporária função da lei e a função permanente da fé (3.19-29) juntamente com a consideração de que os que são da lei são apenas servos, mas os que são da fé são filhos de Deus.
- Assim, o apóstolo os adverte contra o retorno às coisas antigas, que seria voltar à condição de escravos (4.8-20).
- Por fim, o método alegórico foi usado para ilustrar o ensino. Talvez nõ faça sentido hoje, numa época onde a ciência racional predomina, mas para aquela época tal ato significou grande aprendizado e compreensão.
Paulotermina seu argumento doutrinário com uma frase citada quase no fim da carta em 5.1: "Para a liberdade foi que Cristo nos libertou", onde ele deixa claro qual é a maior qualidade do cristianismo.
Data da Epístola
Muitos preferem dizer que Paulo escreveu a carta durante a fome de At 11.30, logo, por volta de 55 ou 56 d.C. Mas a grande pergunta é se Paulo escreveu a carta antes ou depois do concílio de Jerusalém de At 15, que provavelmente foi em 48 d.C. Se a data do concílio estiver correta, foi antes de 48.
Esboço de Gálatas
I- Introdução 1.1-10
A. Saudação 1.1-5
B. Deserção dos gálatas 1.6-7
C. Denúncia contra os judaizantes 1.8-9
D. Declaração da integridade de Paulo 1.10
II- Biografia: Paulo defende sua autoridade 1.11 - 2.21
A. A fonte de sua autoridade 1.11-24
B. O reconhecimento de sua autoridade 2.1-10
C. A manifestação de sua autoridade 2.11-21
III. Doutrina: Paulo defende seu Evangelho 3.1 - 4.31
A. Com discussão 3.1 - 4.11
1. Experiência dos gálatas 3.1-5
2. Doutrina do AT 3.6-14
3. Caráter da aliança com Abraão 3.15-18
4. Propósito da Lei 3.19-24
5. Status daqueles que estão em Cristo 3.25 - 4.7
6. Insensatez de reverter-se ao legalismo 4.8-11
B. Por apelo
1. Com base na afeição deles por Paulo 4.12-18
2. Com base na afeição de Paulo por eles 4.19-20
C. Por alegoria 4.21-31
IV- Prática: Paulo exorta os gálatas 5.1 - 6.10
A. A usarem adequadamente sua liberdade cristã 5.1-15
B. A caminharem através do Espírito 5.16-26
C. A carregarem os fardos dos outros 6.1-10
V. Conclusão 6.11-18
A. Advertência contra os legalistas 6.11-13
B. Centralidade da cruz 6.14-16
C. Marcas de um apóstolo 6.17
D. Bênção 6.18
A epístola de Gálatas para a atualidade
Talvez, numa primeira leitura de Gálatas, seja difícil destacar pontos importantes de Gálatas para os dias atuais. Parece antiquado o texto se for aplicado hoje. Contudo a epístola de Gálatas é rica na apresentação de princípios cristãos. E se caso esses princípios forem destacados num estudo mais elaborado com certeza a epístola de Gálatas apresentará relevância para os dias de hoje.
Essa relevância foi crucial na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, quando os reformadores releram Gálatas achando argumentos que foram contra o pensamento vigente da época. Para os reformadores a epístola possui uma extrema valorização da fé contra a lei no âmbito de salvação. Logo, se uma releitura de Gálatas com uma aplicação de eisegese foi crucial para o surgimento dos protestantes porque não seria ainda hoje?
Portanto, se for destacado alguns pontos (problemas) a serem pensados hoje virão à tona os seguintes:
a) Uma advertência contra o legalismo: Nos dias atuais ainda se vê o problema na sistematização das idéias sobre a salvação do homem. No início da era moderna os protestantes foram contra a igreja católica porque esta impunha a salvação por meio de obras, leis, dogmas e práticas. Os protestantes eram contra porque, após a leitura de Gálatas, perceberam que a salvação vem pela fé e tão-somente por esta. Para os católicos da época (e de hoje???) a salvação só é possível pela intermediação de um sacerdote (padre, bispo, papa, etc.) e de ritos. Para os protestantes somente pela fé em Cristo. Logo, para os católicos existem obras para que venha a salvação e para os protestantes existem as obras porque houve a salvação. As obras, segundo os protestantes, vieram porque uma vez que o homem foi salvo pode trabalhar essa salvação para o outro afim de que este outro sofra uma benevolência como fruto do amor da salvação divina. Essa interpretação só foi possível através da leitura de Gálatas. Para Paulo, a salvação só poderia resultar da fé pessoal, o que tornava o cristianismo um fator vivo e poderoso. Para Paulo, voltar ao legalismo é o mesmo que matar novamente Cristo e, dessa maneira, negar a primazia da fé.
Nos dias de hoje, mais especificamente nas igrejas evangélicas do Brasil, o legalismo tem tomado conta quando o assunto é salvação. A teologia protestante tem sido abandonada por estas, que adotaram uma crença popular rasa que associa a fé em Cristo com a necessidade de confirmação da salvação através das obras. Para muitas igrejas é obrigatório entregar o dízimo, jejuar 1 vez por semana, ir ao culto ao menos 1 vez por semana, etc, para que seja salvo, o que nega o que Paulo tanto ensinou aos gálatas como forma de ativação do cristianismo dinâmico. Para a salvação basta fé e para as obras basta amor. A volta à legalidade pelas igrejas evangélicas é totalmente contrária ao Evangelho pregado por Jesus Cristo e por Paulo. Nada se deve fazer para a salvação a não ser crer. Essa crença trará como fruto o arrependimento e este arrependimento também não é necessário para a salvação pois já é resultado de uma vida salva. Assim, o salvo entende que as boas obras o acompanha porque só o salvo entende que estas são necessárias para agradar seu coração sedento de amor. Essa é a mensagem de salvação de Gálatas.
b) Uma advertência contra o subjetivismo nocivo: Ao contrário do legalismo, que visa traçar metas invioláveis, ou pelo menos para que não se viole, a negação do legalismo pode levar ao subjetivismo nocivo. Em outras palavras, a negação do legalismo pode levar o homem a fazer tantas leituras e aplicações com o texto de Gálatas, que culminaria em uma espécie de liberdade impensada, onde muitos sairiam prejudicados; uma espécie de libertinagem. Contudo ainda assim a epístola de Gálatas coloca a importância de não seguir o egoísmo. Em 5.13 a epístola exige que não se ande segunda a carne. Em 5..2 Paulo afirma que o amor é o primeiro fruto do Espírito. E por fim, a epístola deixa claro que o serviço prestado a outros é mais importante que para si mesmo (5.13-14).
c) O uso do Antigo Testamento: Nos dias atuais as igrejas evangélicas brasileiras têm usado com desregramento os textos do Antigo Testamento como forma de doutrinação. O que a epístola deixa claro é que o mesmo deve ser usado para confirmar o Novo Testamento. As doutrinas criadas não podem ir contra a cultura que Cristo deixou. Ainda sobre o uso do Antigo Testamento fica claro que Paulo citou textos, usou linguagem típica do AT e usou personagens do AT com uma história alegórica. Fica clara a forma criativa que Paulo usou contra os problemas dos gálatas. Isso também é valoroso para hoje.
CONCLUSÃO
Esta carta tem sido descrita, com razão, como sendo a carta magna da liberdade cristã, e enquanto seus ensinamentos forem obedecidos, o cristianismo jamais ficará sujeito a qualquer tipo de servidão.
Referências Bibliográficas
GUTHRIE, Donald. Gálatas: Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2005.
CARSON, D.A., MOO, J., MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1997.
BÍBLIA SAGRADA Plenitude, Edição de Estudos.
Referências Bibliográficas
GUTHRIE, Donald. Gálatas: Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2005.
CARSON, D.A., MOO, J., MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1997.
BÍBLIA SAGRADA Plenitude, Edição de Estudos.
Caro reges;
ResponderExcluirNa primeira parte de sua dúvida eu me refiro a ser Paulo e mais ninguém quem tenha escrito a carta. Possui linguagem típica de Paulo e doutrinas próprias dele.
Na segunda parte de sua dúvida eu me refiro à carta de Gálatas como sendo diferente das demais pelo fato de ter um teor mais íntimo (de pai para filhos) e de doutrinamento rígido (de seu evangelista para seus evangelizados).
Então eu me referi à pessoa de Paulo e depois à epístola propriamente dita.
Muito obrigado pela sua observação. Isso contribui muito para o trabalho
Um abração
CHAGAS
Perdoe minha insistência, mas continuo em dúvida, afinal, você continuou dizendo que o texto mostra ser de Paulo mesmo sendo diferente dos textos característicos dele.
ResponderExcluirDe suas palavras conclui que a linguagem típica de Paulo não poderia estar presente já que essa carta se diferencia pela linguagem mais íntima, e a doutrina também não justamente por ser apresentada de forma mais rígida que a costumeira.
Estou conseguindo ser claro na minha dúvida?
Prezado Reges;
ResponderExcluirTentarei explicar de forma diferente:
Quando eu disse que "Gálatas difere das demais epístolas paulinas no seu recurso lingüístico e literário" eu não a coloquei como não sendo do próprio Paulo, uma vez que está escrito "difere das demais", ou seja, é de Paulo, contudo é especial nos recursos lingüísticos empregados. Paulos usa de maior envolvimento enquanto pessoa, como se deixasse de lado o apostolado e apelasse para uma espécie de adoção de filhos. É nisso que a epístola se difere das demais: É no zelo que Paulo tem os gálatas". A epístola possui traços paulinos no que tange à estrutura de saudação, levantamento da questão, explicação e objetivos, e desfecho da epístola, não fugindo do padrão. Mas no que diz respeito à personalidade de Paulo impregnada em um escrito somente em Gálatas que é encontrado tal coisa.
Espero ter sido mais claro.
desde já peço desculpas pelo transtorno em sua compreensão.... tentarei ser mais cauteloso com a escrita.
Obrigado de coração por seus questionamentos
CHAGAS
Reges;
ResponderExcluirAchei melhor, para evitar maiores transtornos, não só na sua leitura, mas nas demais que podem, com o tempo, suscitar, mudar o trecho sobre o estilo de escrita de Gálatas por Paulo. Acho que assim alcanço maior felicidade em minhas intenções com o artigo.
Fica aqui meus sinceros agradecimentos pela sua rica observação.
Um abraço
CHAGAS
Realmente, Carlos, ficou mais claro agora.
ResponderExcluirFiquei um tanto preocupado ao insistir na dúvida porque muita gente não gosta de se ver questionado, associando isso equivocadamente a uma contestação de conhecimento em vez de ver simplesmente como é, ou seja, uma dúvida de quem está questionando.
Obrigado pela disposição e parabéns pelo Blog.
Abraço. ;o)
A igreja católica apostólica romana usa a bíblia para arrancar dos "fiéis" posses,dinheiro,trabalho com o pretexto de indulgências,dízimo etc. Une-se a política, exército entre outros desviando-se totalmente dos ensinamentos de Cristo. Agora analise:
ResponderExcluirPrezado irmão Carlos Chagas
A igreja protestante(Evangélicas,pentecostais,batistas,puritanas, etc) Tem feito do dízimo uma obrigação,muitos "pastores" tem entrado na política. O que parece que o erro dos primeiros séculos volta a se repetir e com eles as conseqüências:Ovelhas convencidas mas não convertidas. O que você entende sobre essa breve análise? qual o seu ponto de vista analisando o comportamento da igreja no decorrer da sua história?
A paz do Senhor, Robson
Prezado Robson (Anônimo);
ResponderExcluirRealmente nos dias atuais a igreja tem caído nos mesmos erros. E ao que parece isso se repetirá até a vinda de Cristo.
A Igreja Católica errou na prática de sua interpretação bíblica e da mesma forma as igrejas evangélicas caem no mesmo erro. E é verdade: Existem mais "convencidos" que "convertidos" nas igrejas.
Acredito que isso ocorre porque as pessoas procuram mais a ergonomia de vida que o próprio Deus. O grande chamado do Evangelho é se inclinar para o próximo (para o homem e para Deus) procurando fazer o bem custe o que custar. Todavia, o bem que hoje se prega tem que ser mútuo, ou seja, para o próximo e para mim.
Assim, nascem as ideias de que dizimar me trará bênçãos sem medidas, que se eu fizer o bem receberei em dobro, que se eu estiver indo à igreja minha vida melhorará, que se eu andar com Deus serei sempre feliz, etc. E tudo isso não é verdade. Pode até acontecer mas não é verdade.
Concluindo, ser igreja é não se contentar com muros, paredes, gazofilácios, estacionamentos ou rituais, mas é diante disso reler o Evangelho pensando no outro e, se preciso for, acabar com tudo isso para que o amor reine. Todavia os poderosos anti-Evangelho dominam a massa e os pequenos cristãos que lutam pela Verdade sofrem e padecem tentando, sem grandes efeitos, convencer a maioria de seus erros.
Por isso digo: A história sempre se repetirá... até que Aquele que é extra-histórico finalizará, com chave de ouro, toda essa palhaçada.
No mais agradeço pelo seu levantamento que é muito útil para aguçar nossa fé e pensamento sobre o que seja a mesma. Por favor continue com essa crítica que é praticamente a minha também. E fique na Paz e Graça que vem do Alto.
CHAGAS
boa noite;qual a mensagem em geral de galatas?
ResponderExcluirCaro Anônimo;
ResponderExcluirResumo de forma bem simples o livro de Gálatas:
Paulo procura defender sua autoridade apostólica bem como apresentar uma série de argumentos que demonstram que a Lei é inferior ao Evangelho de Cristo. Mas na aplicabilidade do Evangelho Paulo exorta aos gálatas a usarem adequadamente as habilidades cristãs não abusando das mesmas. Ao invés de dar licença ao pecado, o Evangelho fornece os meios para se obter a justiça que a Lei exige.
Espero ter respondido
CHAGAS
Ola, parabéns pelo estudo de Gálatas.
ResponderExcluirPrimeiramente perdoe meu texto sem muita acentuacao, estou com problemas no meu teclado.
Achei seu blog pelo google, na intenção de achar mais suporte para o que eu, no momento, tenho ministrado a meus dois filhos, que estão na casa dos 20, bem jovens e, como todo brasileiro que não nasce em berço de ouro, lutam para construir uma vida profissional, para obter condições para casamento, etc. O fato e que eles tem se apegado a `letra`, e por vezes apenas um versículo, e não a mensagem total e de toda a Bíblia. Para ser mais clara, um de meus filhos estah desempregado, buscando emprego, e ao mesmo tempo estudando para concurso publico. O outro esta fazendo faculdade de Musica e trabalhando naquilo que dah, mantendo o discernimento em fazer apenas aquilo que convem, visto ser esse um ramo bem dificil. Ambos tem um ministerio na musica, comigo e outros irmaos. O fato eh que eles tem se deixado , e muito, se apavorar e deprimir, achando que nao estao plantando o suficiente, e que esse solo profissional por ser dificil precisa de muito mais cosia etc e tal. Ate ai, nada de mais, porem, o fato de se apavorarem eh porque se baseiam num verso muito conhecido no livro de Galatas, mas que infelizmente tem sido usado como um ditado comum, que eh: Deus nao se deixa escarnecer, pois tudo aquilo que o homem semear, isso colhera. E claro que pode ser aplicado em tudo em nossa vida. Mas eles estao muito confusos achando que, se esse solo que eu escolhi( na verdade Deus, mas e uma outra longa estoria ) eh um solo muito dificil e duro de semear, nada colherei. E trazem pra si a responsabilidade unica de serem abencoados. Minha resposta a eles eh que, em primeiro lugar Paulo escreveu esse verso nao tendo em mente a vida profissional, mas sim, tratando dos aspectos que vc mesmo ja colocou em seu texto, e apontei pra eles o salmo 1, onde, uma vez que vc nao ande segundo o conselho dos impios, e por ai vai, tera como resultado o sucesso em todo empreendimento em que Deus foi o precursor, como foi o caso deles. Disse a eles que eu tb entendo esse `conselho dos impios` como os paradigmas do mundo e suas verdades, nas quais nao devemos nos deter, porque sao em sua maioria contrarios a `verdadeira verdade` em Cristo, a mesma que fez Davi derrotar o gigante, quebrando qualquer paradigma. Entao, se vc puder depurar um pouco mas esse versiculo em gal 6:7, eu muito lhe agradeceria meu irmao, pois ajudara a essa mae crente a continuar a sua ministracao aos seus filhos, crentes em Cristo tb, mas muito imaturos ainda, na fe, e na vida. Disse a eles pra terem cuidado com qualquer versiculo fora do contexto, para nao ser usado como pretexto para qualquer erro. Muito obrigada e que Deus continue lhe abencoando. Rosana Burright
Cara Rosana;
ExcluirCom certeza farei aqui o estudo sobre o referido texto (Gal 6:7). E assim que ficar pronto não só o publicarei qui no blog como também deixarei aqui um aviso nos comentários.
E no que tange ao seu comentário você está certa: Nenhum verso bíblico diz somente a uma área específica de nossas vidas. Isso é um grande problema que temos hoje nas igrejas. Pregações baseadas em um ou dois versículos apenas.
Quanto aos seus filhos e você (família em geral), já estou aqui em orações e disponibilidade para explicar ou ajudar em qualquer coisa que esteja a meu alcance.
E quanto aos elogios, só tenho a agradecer.
Abração e até à leitura do artigo sobre Gal 6:7
Cara Rosana;
ExcluirAcabo de publicar o artigo que trato de sua dúvida. Espero que lhe ajude.
http://www.cristaoshoje.blogspot.com.br/2012/04/galatas-66-10-um-breve-comentario.html
Um abração
Obrigada meu amigo, desculpa so ver agora. Esse mes de abril ainda esta sendo complicado pra mim. Pra vc ter uma ideia, nao sei se comentei, moro nos EUA, casada com um americano, Jeremy, que no inicio do mes teve uma crise de vesicula, passou por uma cirurgia que a principio seria laparoscopica, para retirada da mesma,voltando pra casa no mesmo dia, mas a coisa estava complicada, muita infeccao e acabou sendo uma cirurgia de abdome aberto, e ainda deixando algumas pedras. Semana passada fez um outro procedimento semi cirurgico, pra, atraves de um cateter deixado `pescar` essas 2 remanescentes pedras. O procedimento nao foi bem sucedido, nao conseguiram alcancar as pedras, voltou pra casa nesse mesmo dia, quinta da semana passada, mas, por ter feito um raio x xom contraste um dia antes desse procedimento, apresentou no fim do dia forte crise de dor. O trouxemos de volta ao hospital a ca estou ate hj com ele, que esta com pancreatite. Mas o Senhor esta no controle, ambos estamos adorando a Deus por tudo. Vou lar agora ler o texto, muito obrigada mesmo, que o Senhor continue te abencoando nesse teu miniserio de ensino. Abracos, Rosana
ResponderExcluirCarlos gostei muito do artigo, que Deus te abençoe sempre.
ResponderExcluirTenho uma dúvida: quando Paulo fala da sua fraqueza na carne (4.13,14), como afirmar que se trataria de cansaço físico, enfermidade, ou qualquer outra hipótese, pois a Bíblia nesse texto não explicita, assim como o espinho na carne em 2 Co 12?
Desde já obrigada!! a paz de Cristo! Monique
Prezado(a);
ExcluirEm Gálatas, segundo estudiosos, Paulo se refere a sua doença física. Baseado no versículo 15 e em outras passagens e palavras gregas com conotações importantes deixam transparecer que, ou Paulo sofria de alguma enfermidade em seus olhos, ou ele possuía o rosto desfigurado devido a alguma doença. Sua viagem à Galácia é um tanto estranha para alguém enfermo, o que sugere que talvez a altitude do local ajudasse na cura ou algo do tipo.
Quanto à passagem de Coríntios que você citou acredito não ser algo físico. A palavra "espinho" que do grego transliterado é "skolops" só se acha nesta parte da Bíblia. Na Septuaginta (tradução do hebraico para o grego) a palavra grega aparece em várias passagens do AT em sentido figurado, o que sugere que Paulo não se referia a um espinho propriamente dito mas a algum problema que o incomodava ao ponto de ele orar a Deus três vezes por dia só por causa de tal.
E no que tange aos elogios muito obrigado. Abração!
Muito boa sua colocação, e destaque ao versículo 15.
ResponderExcluirFicou claro para mim, a importância da busca da origem das palavras em dúvidas como essa, não conhecia essa diferença entre os textos que citei.
Ah, elogios merecidos. Abraço, Monique
Os problemas que ocorreram no tempo que a carta foi escrita são tão atuais como se ela tivesse sido escrita a uns anos atrás. Dois temas desta carta acontecem hoje o tempo todo. 1) O LEGALISMO e 2) O LIBERALISMO, sendo que os primeiros querem ser salvos pela obediencia à lei e o segundo ensinam que não há lei.
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