terça-feira, 31 de dezembro de 2013

A experiência do muito saber

Por Carlos Chagas



Por tempos tenho sido aplicado em conhecer as coisas. Entreguei o meu coração à informação e formação com sabedoria de tudo que acontece na terra, especialmente no que tange à religião, e percebi que esse penoso trabalho chega a ser apenas um espinho na carne de quem o faz posto pelo próprio Deus para sua aflição.

Não deixei de perceber todas as obras que se realizam na terra e em especial no Brasil. Percebi o quanto que é um tudo por nada; o quanto é vão tal trabalho, pois como dizem, "pau que nasce torto, morre torto e deixam suas cinzas tortas". É tanto trabalho e tanto a investir que não se pode mensurar e calcular.

Então pensei comigo mesmo: Cresci tanto, estudei tanto, investi tanto, me entreguei de alma para a causa, me dispus a desmascarar aquilo que é religioso e o que não é. Busquei separar a loucura da sanidade e acabei por perceber que isso não é nada.

Então, para meu desespero, descobri: Que na muita sabedoria há muito cansaço e no aumento da ciência vem, da mesma forma, o aumento da tristeza.

...

Meditação minha e parafraseando Eclesiastes 1.12-18. Desafio você a ler este trecho da Bíblia.

Não me desviei... a não ser da corrupção e da maldade.


terça-feira, 24 de dezembro de 2013

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

A igreja de hoje???

Por Carlos Chagas

Todo poema tem sua história. E esta, para o autor, é mais autêntica que a história geral de um livro do melhor estudioso. E nessa autenticidade nasce a arte de pensar. E da arte de pensar nasce a arte de embelezá-la, seja com alegria, seja com o "tom de cinza". Sou um escritor de mim mesmo e de minha história. E gostaria de exteriorizá-la. Não me interessa o que querem que eu seja, só quero, ainda que uma vez, ou por um instante, ser eu mesmo.

A Igreja de hoje???

Carlos Chagas


A negridão dos tempos sempre foi algo temível.
O homem, desta, sempre refúgio procurou.
E antes que algo acontecesse de definitivo e terrível,
O Evangelho de Cristo nos alcançou.

E foi neste Evangelho que os princípios humanos passaram a ter valor,
A evolução da compreensão foi inevitável.
A ciência religiosa alcançou seu esplendor,
E a regras passam a valer mais que quem as criou.

Antes o Evangelho dizia: O próximo você deve amar!
Hoje o Evangelho diz: Pela igreja se deve sacrificar.
O mesmo Evangelho e duas leituras
O mesmo Jesus, mas várias loucuras!

Não é necessário obras! Alguns dizem.
Mas as regras aí estão,
e se não as cumprir
pro inferno irão.

O Evangelho tem sido pervertido.
Poucos tem se compromissado.
Alguns procuram o abençoador,
outros a bênção a ser alcançada.

Na oração perseverantes.
Até em Deus alguns mandam.
A oração forte é a que convence a maioria,
sem aquela humildade de antes.

Se você os critica é revoltado.
Se se cala é cúmplice.
O que fazer?
Gritar ou ficar calado?

Quem manda é Mamon.
Esse tem sido o atual nome de Jesus,
trocado agora por uma cédula,
pelo antigo símbolo conhecido como cruz.

Dura realidade: Jesus não morreu por você
Não morreu pelos seus pecados
Ele não é mais Deus
Agora é empresário.

E por favor: Não leia e viva a Bíblia
Isso estragaria a atual igreja
Comemore os bons negócios
Convide este jesus para um brinde com muita cerveja.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Sou aquilo que você criou

Por Carlos Chagas

Todo poema tem sua história. E esta, para o autor, é mais autêntica que a história geral de um livro do melhor estudioso. E nessa autenticidade nasce a arte de pensar. E da arte de pensar nasce a arte de embelezá-la, seja com alegria, seja com o "tom de cinza". Sou um escritor de mim mesmo e de minha história. E gostaria de exteriorizá-la. Não me interessa o que querem que eu seja, só quero, ainda que uma vez, ou por um instante, ser eu mesmo.

Sou aquilo que você criou

Carlos Chagas

Triste e quem sabe aterrador,
ser eu este tipo de ser,
que nos olhos não mais se pode ver
aquele brilho que outrora era encantador.

Heráclito dizia: O Rio não mais se repete.
Não sabia o que isso queria dizer.
Mas foi através das chibatadas em minha pele
é que vim a compreeender.

Adão pecou, o mesmo Paulo fez.
Eu, você, o mundo todo veio a pecar.
Mas em Cristo aprendo e perdoo.
Todavia aquele primeiro ser não mais posso me tornar.

O Rio passou,
e com ele viajei.
Não sei onde vou parar.
Entretanto jamais ao início tornarei.

O perdão é para a pessoa que chibatou.
Esta está livre de sua má conduta.
E a chibata que a mim marcou?
O que fazer com a típica marca da escravatura?

No perdão carrega-se o amor.
O ódio ali já não mais pode habitar.
Mas no perdão não há uma borracha,
que a memória ela consiga apagar.

Portanto se assim o trato,
não é por vingança e nem por mero revidar,
porém sou a árvore que da sua semente veio nascer.
Doce ou amargo o fruto pode ser.

Quando o experimentares lembre-se:
Foi graças a você que assim eu sou,
e jamais ao original voltarei,
pois sou aquilo que você criou.


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Resumiu a minha vontade de explicar a criação

Por Carlos Chagas

Certa vez eu estava buscando uma forma de explicar para algumas pessoas que evangelizo o porquê que o mundo não é perfeito e o porquê que isso não desabona Deus como o Perfeito Criador. Então li a frase abaixo:

"O perfeito não cria o perfeito, porque é criação e não reprodução. O perfeito cria perfeitamente o menos que perfeito. Ser menos que perfeito não é ser imperfeito, é ser perfeitamente dependente do perfeito. Porém, se o menos que perfeito se declarar independente do perfeito, se torna imperfeito." RAMOS, Ariovaldo

Dizer mais o quê?

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A Graça de um Deus - Louvor

Por Carlos Chagas

Mais uma para a Glória de Deus:



http://www.youtube.com/watch?v=7AoeVL-xfHI

Letra

O maior amor do mundo
Não é desse mundo
É gravado em uma cruz
E nada é maior que Ele.

Fomos inimigos de Deus
E por Suas feridas
Estamos remidos
Merecíamos a justa condenação
Mas Sua misericórdia nos proveu o Salvador

Só posso te dizer
Nada é maior do que esse amor
Se fazendo homem
Pagando os meus pecados
Naquela cruz
Eu não te merecia
Mas sua compaixão
Você olhou pra mim
Só me resta me entregar a Ti

Por mim mesmo, eu não procurei
O Caminho da Vida Eterna
E quando tentei só falhei
Pois nada que eu faça me leva
Me leva pra perto de Ti

Só a Sua graça me basta
Só a Sua graça me salva
Só a Sua graça meu Deus
Só a Sua graça

Só posso te dizer
Nada é maior do que esse amor
Se fazendo homem
Pagando os meus pecados
Naquela cruz
Eu não te merecia
Mas sua compaixão
Você olhou pra mim

Não consegui dizer não
Eu tentei fugir
Já quis Te esquecer
Mas tudo me lembra Você





terça-feira, 26 de novembro de 2013

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Crise e mudança - Parte 1

Por Carlos Chagas

Não é novidade que na história humana as crises sempre vieram à tona e, por meio destas, a mudança foi iminente. Se for observado rapidamente a história percebe-se momentos como o nascimento do cristianismo, que modificou toda a compreensão religiosa do Oriente Próximo da época, o Renascimento, no século XIV, quando o homem passou a ver sua realidade não a partir de Deus e da compreensão sobre como era o mesmo e sim a partir do homem, na Era Contemporânea, onde se trabalha com verdades e, quem sabe, com a inexistência destas. Por causa destas mudanças, crises na compreensão de que seja o mundo e si próprio surgiram, trazendo a necessidade de reelaborar todo um conceito que outrora era perfeito e inquestionável.

A mudança sobre o que seja a realidade pode deixar qualquer um sem "chão". Exemplos sobre isso pode ser visto em filmes como "A Ilha", onde seres humanos acreditavam que eram sobreviventes de uma catástrofe biológica, mas na verdade eram apenas clones de manutenção de seus respectivos donos e no filme "Matrix", onde toda uma construção feita sobre o que seja o mundo já não mais pode ser levada em consideração por New, já que foi libertado da "mentira". Em ambos os filmes pode-se constatar o desespero ante a crise e a mudança.

A crise pode se dar de duas formas básicas:

1- Mudando algo na compreensão sobre o que seja o mundo (mais subjetivo);

2- Mudando o mundo (mais objetivo);

Uma crise histórica faz com que o indivíduo tenha que recompreender o mundo, já que suas verdades não mais correspondem ou servem para o "novo mundo" ou, pelo menos, para a "nova compreensão que surge". Assim nasce a crise e, com ela, o indivíduo se vê necessitado de recriar ou readaptar suas verdades sobre o mesmo.

Nesse ato de repensar o indivíduo geralmente se encontra sem chão, sem o mundo que ele antes cria. Logo a crise se torna muito real para si dando a chance de transformação de si próprio com os novos conceitos que devem ser criados por si mesmo. Todavia vale lembrar que o mundo é criado (ou compreendido) a partir da compreensão que se tem dele pela sociedade, a qual é formada por cada indivíduo, que é social. Assim, geralmente (ou sempre) a compreensão sobre o que seja o mundo nunca é real e sempre necessitada de mudanças. Concluindo, viver é sempre se prender a uma convicção mas não se ater a ela; deve-se sempre buscar a verdade, uma busca utópica que pende ao niilismo. 

Mas talvez mais importante que o mundo é o indivíduo e sua honestidade consigo mesmo. A partir do momento que o indivíduo precisa rever seus conceitos e abraçar novas verdades o mesmo deve, antes de agir ou falar, pensar suas convicções e aceitá-las, de preferência, promovidas e criadas por si próprio. Deve-se entrar em si mesmo e entrar em acordo consigo. É necessário ser si mesmo e não o outro. Se o outro o define (ou seja, não apenas o influencia) segue-se que ele já não é si mesmo e sim o outro. E isso é um problema pois há sim a necessidade de certa negação do "eu" entretanto jamais a anulação deste.

A crise que clama por mudanças geralmente busca a mudança completa e radical, o que é um problema. O homem é um ser social e histórico. Repensa sua história e a partir desta planeja o futuro. Negar seus acertos ou erros históricos é negar a própria existência e, por isso, inconsistente. 

O mais importante no que se refere à mudança e crise é não se tornar produto do meio não tendo suas características particulares. A sociedade procura criar formas e regras únicas que servem para o meio, mas esta jamais deve ir contra a singularidade de cada um, afinal, a sociedade se torna "uma" graças a união destas singularidades de "todos". A uniformidade vem com o tempo e o desafio é se ater a esta uniformidade não se prendendo para a eternidade.

No próximo artigo veremos a importância disto para a religião cristã.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A crise da música cristã

Por Carlos Chagas

Veja o desabafo deste ministro católico chamado Moisés Rocha. Apesar da teologia ser diferente da evangélica ainda sim é uma belíssima mensagem para o meio cristão em geral:





http://www.youtube.com/watch?v=8GyGJktQj1A

Infelizmente é isso que vemos. Quando irá mudar?

terça-feira, 12 de novembro de 2013

O Apocalipse do Mazdaísmo: A briga do bem e do mal

Por Carlos Chagas



Religião criada por Zoroastro (ou Zaratustra), persa que viveu entre 630 e 553, o Mazdaísmo (ou Mazdeísmo) é uma religião que ainda é seguida pelos parsis da Índia, pelos os quais vem a crença de que seu deus Ahura Mazda, que trava uma batalha com sua antítese, Arimã, pelo controle do universo, buscará o fim da guerra com vitória num dia ainda não determinado. No livro Zend Avesta escrito por Zoroastro, Ahura Mazda enviará neste dia seu profeta, Saoshyans, para realizar o julgamento final da raça humana. Neste dia todos os mortos serão ressuscitados, as montanhas se derreterão e o mundo será tão somente lava e metal incandescente. Como prova final, os vivos e mortos ressuscitados terão que atravessar descalços e os que passarem sem serem consumidos alcançarão salvação. Os demais arderão nas chamas para serem purificados e Arimã será destruído fazendo do mundo um lugar renovado e sem o mal para sempre. Esta é a primeira religião monoteísta a discutir a briga entre o bem e o mal, a qual influenciou o Cristianismo e até mesmo o Judaísmo.

Fonte:
SILVEIRA, Evanildo da. Apocalipse: O fim do mundo. Outros apocalipses: Mazdaísmo. Super Interessante, São Paulo, n.291, p.26, maio 2011.


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

As pedras estão clamando com um troféu a ruir

Por Carlos Chagas

Escute esta música:



Seu Troféu - Gram

Você notou tal poder
E escolheu ser ruim
Mandei sinais pra alertar, mas zombou da lei
Quis te poupar, mas você riu de mim
Chegou a hora e então por isso eu vim

Vocês são todos iguais
E vai ser sempre assim
Se tem quer mais pra sugar quem quer também
E muitos dizem pensar em mim
Me faz degradar
Te ver destruir
Contudo quer seu troféu

Você notou tal poder
E escolheu ser ruim

Seja do bem
Não basta ser feliz
No final, seu troféu vai ruir
Faça alguém ser feliz
Vão lembrar de você ao sorrir

Link: http://www.vagalume.com.br/gram/seu-trofeu.html#ixzz2jyTttJCF


Nos últimos meses a letra desta música ecoou (e ecoa) na minha alma, fazendo-me lembrar daquela passagem bíblica:

"E, respondendo ele, disse-lhes: Digo-vos que, se estes se calarem, as próprias pedras clamarão."
Lucas 19.40

Por dois motivos esta passagem veio à minha mente. Vamos a elas:

1- Pela falta de vergonha na cara

Por que pela falta de vergonha? Porque hoje em dia letras de músicas evangélicas chamadas de "louvores" mais falam de chuva e plantação que de fato da verdade e da mensagem bíblica. É chuva pra lá, é fogo pra cá e, muitas vezes, letras de duplo sentido, onde a música serve tanto para Deus quanto para minha namorada, esposa, "amante" (risos), etc. Carregadas de teologias e que geralmente não é entendida unanimemente pelos adeptos.

O problema não está bem nisso, mas na falta de vergonha na cara daqueles que dizem que louvor a Deus só o é quando vem de bandas evangélicas, com músicas "ungidas" etc e tal. Com uma teologia furada e "dos infernos" defendem muitos que mais querem ganhar dinheiro dos santos que simplesmente pregarem a Palavra de Deus que, convenhamos, vemos pouco ser vivida de forma efetiva.

A falta de coragem, digo, de vergonha, alimenta a corrupção musical do meio evangélico. E muitos destes corruptos nem chegaremos a conhecer. Por isso essa letra me lembra não só estes corruptos como também os "caras-de-pau" que usam teologia infernal para desenvolverem suas desculpas.

2- Pelo descompromisso

Aliado ao primeiro item temos o caso do descompromisso. Este nasce quando o foco no objetivo se perde. É aquela história:

Devemos falar de Jesus. Jesus é Deus. Deus é onipresente. Mas o pecado é contra Deus. E Deus contra o pecado. Logo Deus pode estar em todos os lugares mas de fato habita certos lugares. Devemos estar nestes lugares que Deus habita... blá, blá, blá... Um deles é onde se situa a Igreja. A Igreja precisa de dinheiro. O dinheiro vem do dízimo. Quanto mais dízimo, mais lugares para Deus estar... blá, blá, blá... e assim temos uma igreja e seu sistema, que não pode falhar. Aí alguém questiona isso e outro diz: "Foi Deus que me deu esta visão". ou "Não temos tempo para murmurações ou rebeldias". PRONTO. Perdeu-se o objetivo.

Mais especificamente aos evangélicos recito a frase de uma ex-professora minha: "As leis cristãs devem sim aceitar a crítica e o pensamento adverso. Caso isso não seja possível tornam-se dogmas. E se forem dogmas são historicamente demonstráveis dignos de serem protestados – SANCHES, Regina". Ou seja, com falácias o evangélico nega até sua existência, que é do PROTESTAntismo.

Mas a Criação não pode fugir de seu objetivo, que é a adoração a Deus, que deve ser verdadeira e contínua. E, se os "escolhidos" não a faz, as pedras então clamam. O verdadeiro louvor está por aí no mundo, vem sabe-se lá de onde, mas vem e com toda a verdade. Portanto, não diga que Deus segue regras, porque se elas existem, ainda não as conhecemos e por isso, talvez, ainda erramos.


Momento Cultural

Escute esse "louvor":




Dízimo e Oferta - Adriano Gospel Funk

Tem gente que não aprende o segredo de prosperar
Com jejum e oração o gafanhoto não vai matar
Eu que já sou vacinado o segredo eu vou te contar
Pro gafanhoto ser derrotado você tem que Ofertar
O segredo é assim oh!

Refrão
Dizimo é Dizimo e Oferta
Dizimo é Dizimo e Oferta

Era uma casa muito sem graça não tinha teto não tinha nada
Até o Dia que ele escutou vindo da boca do Pastor
A palavra nos afirma e não tem como mudar
Pra você mudar de vida você tem que Dizimar
Pois quem é fiel no pouco sobre o muito vai reinar
Mas tem que fazer o que, cantar e dançar assim!

Refrão
Dizimo é Dizimo e Oferta
Dizimo é Dizimo e Oferta

terça-feira, 5 de novembro de 2013

A realidade - Parte 3

Por Carlos Chagas

Este artigo faz parte da série O que é ser cristão? Caso queira acessar o índice clique aqui.

Continuação do artigo "A Realidade - Parte 2"

5- Para aquele que diz sim a Deus se propõe a aprofundar na racionalidade criteriosa e de radical confiança buscando entender a condição da realidade contingente. O “sim” a Deus promove vida ante o fundamento da fé. E essa racionalidade radical jamais pode ser confundida com o racionalismo.

E esse “sim” passa a se revelar como provocante e desafiador ao homem sempre de forma positiva, pois a realidade que antes se demonstrava sem sentido agora passa a ter um ar de possibilidades de mudanças. Essa racionalidade fundamentada da fé agora mostra que o homem pode correlacionar o que de positivo tem nessa fé com o seu próximo dando um sentido último em seu relacionamento com Deus.

Desse modo, aquelas perguntas primordiais da realidade sócio-religiosa do homem passa a ter simples formulações de possíveis respostas que mais à frente darão sentido a essa realidade que agora é relida com novo foco.

6- Mas por que o homem, após dizer “sim” a Deus ainda sofre com a tentação de dizer “não” a Deus? Parece que a fé não é tão racional quanto se parece. Mas é com a caminhada da práxis da fé é que o homem consolida sua racionalidade da escolha pelo “sim” a Deus. O homem entende não para os demais, mas internamente para si mesmo. Talvez falte-lhe palavras para a descrição desta fé, todavia esta fé praticada é entendida por ele e por aquele que de repente se torna o alvo da mesma. Portanto, a escolha entre o “sim” e o “não” de Deus só se dá pelo consentimento particular do homem, e só dele.


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terça-feira, 29 de outubro de 2013

terça-feira, 22 de outubro de 2013

A realidade - Parte 2

Por Carlos Chagas

Este artigo faz parte da série O que é ser cristão? Caso queira acessar o índice clique aqui


 
Continuação do artigo "A Realidade - Parte 1"

3- Eis o impasse:
- Se Deus existe deve ser provado pela realidade;
- Se Deus não existe também deve ser provado pela realidade;

Para falar de Deus se parte de dois princípios: Um é a “fé” da religião, categoria esta que fundamenta toda sua teologia; e outra é a “descrença” ou hipótese, que fundamenta todo o discurso e argumentos dos, no caso, ateus.

Logo o homem se vê num impasse. Deve decidir pela fé ou descrença que, esta última que em análise mais aprofundada é a “fé da ciência”, mais conhecida como “hipótese” (algo ainda não comprovado racionalmente). O homem se encontra sem coação intelectual.

O que deve ser entendido é que mesmo que o homem não decida nada ele assim já está decidindo. Ir para a “fé da religião” é decidir por nada segundo os ateus. Mas não decidir por ela é ficar no nada já que Deus não foi anulado pelos ateus e o niilismo. Mas o desempate dessa briga se dá agora.

O que se percebe é que a verdade, ao invés de não existir, ela simplesmente não pode ser aceita, segundo o ateísmo. Por quê? Porque nos dias de hoje parece que a verdade só o é quando é banal. Quanto mais profunda a verdade mais o homem deve se abrir para ela. A verdade atual só o é quando se tem segurança e esta segurança só está no plano mais raso, mais simples. Mas o homem deve orientar para ela o intelecto, a vontade, o sentimento para alcançar a autêntica certeza, esta que não necessariamente vem acompanhada de segurança. 

No fim de tudo, percebe-se que:
- O não a Deus (recusa) denota uma confiança radical, mas sem base, depositada na realidade.
- A sim a Deus (aceitação) denota uma confiança radical, fundamentada, para com a realidade. Quem afirma Deus sabe pelo que confia em Deus.

Logo, não é um empate.

4- O ateísmo que tenta se apresentar como algo racionalmente aceitável está longe disso. O ateísmo não busca nem apresenta uma meta final consistente de apego da realidade. Antes só apresenta críticas destrutivas sem novas construções. Chega ao niilismo. O ateísmo não dispõe de mecanismos para indicar alguma condição de possibilidade da realidade incerta. Assim, tenta se apresentar como racionalmente certa, mas que na verdade não passa de irracional e nociva ao homem. 

O ateu se expõe à falta de meta, ao risco da falta de base, de suporte e objetivo. Além do mais, o ateísmo, que nasceu para questionar a religião, é questionado por todos nas mesmas questões, questões estas que visam as mesmas tentativas históricas: Sobre a vida humana. Seriam estas perguntas:

- O que podemos saber? Desde o motivo de sua existência até o sentido da realidade.
- O que podemos fazer? Desde o que fazer até o sentido da amizade.
- O que podemos esperar? Desde o sentido da existência até a tentativa de não aceitação da morte como absurdo.

O fato é que para um ateu que entende sua história entende agora que se antes a iniciativa era destruir a religião porque não responde a essas perguntas agora se vê perguntando a mesma coisa. E o pior: Também não sabe responder e perde para a religião, porque esta ainda busca sentido de vida.



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terça-feira, 15 de outubro de 2013

A realidade - Parte 1

Por Carlos Chagas

Este artigo faz parte da série O que é ser cristão? Caso queira acessar o índice clique aqui.




Então, para que não nos percamos, devemos avançar aos passos. Qual seria a solução para esse impasse?

1- Todo ser pensante deve conceder ao ateísmo o direito de um “não!” a Deus. É possível sim negar a existência de Deus já que o ateísmo não pode ser eliminado racionalmente e pelo fato que Deus não pode ser provado, da mesma forma que é irrefutável.

A experiência da radical insegurança de qualquer realidade leva pensadores ateus afirmarem que a realidade não possui fundamento original e objetivo último e que tudo culminará no absurdo e na ilusão (niilismo).

Racionalmente falando não existem contra-argumentos racionais que aniquilem ou ameacem o ateísmo. Todavia a negação de Deus não se dá apenas racionalmente.

2- Concomitantemente, se dizer “não” a Deus é possível, o “sim” também o é. Por quê?

Se o “não” é aceito porque Deus não se faz presente de fato para estudos e averiguações, o “sim” é possível uma vez que a realidade que está entregue ao homem se mostra com fundamentação desconecta; em todo seu suporte, sem base; em todo seu progresso, sem meta. Portanto o “sim” é tão válido quanto o “não”!
Os mesmos critérios usados pelo ateísmo em prol da derrubada do “sim” a Deus são os mesmos usados pelos religiosos ao “não” ao ateísmo. Seria então um empate?



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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Utopia!!!

Por Carlos Chagas

No mundo dos insanos
várias vezes me aventurei.
Procurei ali alicerçar,
planos futuros, o meu caminhar.

Assisti quando pequeno
Desenhos a me alimentar
"O mundo é só amor!"
Era só nisso acreditar.

Contos de fadas
Músicas de ninar
Um alicerce bem firme
Ideias a praticar




Comi, cresci!
Um adolescente veio a surgir.
Novos horizontes, boa pegada!
Mas nuvens ali, bem ali, veio emergir.

Época insana, duras penas!
Erros edificantes, sonhos alimentados
No passo-a-passo certas dúvidas
Fez do curso algo mudado.

Ignorância: Por que eu vim acreditar?
Que dele adviria o amor fraternal?
Por quê? Por quê?
De cima a baixo; do céu ao inferno.

Foi assim a primeira queda.
O passarinho do ninho caiu
E a mãe não o pegou.
Ferido, mesmo assim, caminhou

Utopia infernal, não sai do coração
Tentei apagar as chamas desta utopia.
E de flores encobri
Aquele que um dia retornaria

O tempo se passou
O garoto cresceu, homem virou
Evoluiu, se aplumou e, agora acertado
Veio para vencer, tudo de mal agora é passado!

Teologias... filosofias... estilo de vida!
Com Jesus, sem Satã!
E o melhor: sem si próprio
E sem todo aquele solilóquio!

De 10 a 100!
O que me pararia?
Parece que agora vai... ops!
Oh não, de novo você ò Utopia!

Foi assim a segunda queda.
O passarinho do céu caiu
E as asas não quiseram bater.
Por amor se calou!

Meses, anos! Até quando?
Por que ser cristão dói tanto?
Jesus: Será que quero amar?
Se do mais próximo nada de bom posso esperar?

Duas vezes me feriu e nada quero fazer,
O coração até maquina, mas Ti me acalma,
O perdão até é possível mas a mágoa...
Essa insiste em permanecer!

A ave duas vezes caiu
E na segunda ficou enferma,
Não foi a perna, nem bico nem asa,
mas seu coração que (para eternidade?) se partiu!

Poemas são poemas,
Não podem mentir,
pois são do coração o grito
que aos poucos pode sucumbir!!!

Este poema retrata momentos da minha vida. Talvez você não entenda... e nem eu, mas espero que Deus sim!

P.S.: Ò Utopia, volte... pois te quero ao meu lado.... mas sem sofrimentos para ambos!!!

Escrito dia 22/07/2012

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Ahhh mas esse "se"...

Por Carlos Chagas

Com o tempo eu...

... aprendi que jamais se deve acreditar em algo logo de "cara". Desconfie e desconfie novamente não se fechando para impossibilidades;
... descobri que ser honesto é obrigação e que isso lhe custará o sorriso do rosto. Mas fará do mundo um lugar melhor;
... percebi que devo escutar de tudo e falar pouco, afinal, muitos não merecem suas palavras;
... aprendi a tomar cuidado com os clichês, até mesmo os evangélicos e versículos bíblicos isolados: Eles matam!;

Se eu pudesse eu...

... voltaria no tempo e erraria mais cedo!;
... não pegaria na mão de qualquer um, especialmente dos que sorriem facilmente!;
... falaria na cara tudo que penso, mas me falta coragem em perder todos meus amigos;
... pregaria o Evangelho conforme Deus quer. Ser pecador e fingir de santo engana a todos e a mim próprio (eu sei: menos Deus! Não precisa repetir o óbvio!);
... diria o que penso. Todavia ninguém ligaria.

Com a caminhada aprendi que...

... se eu viver o Evangelho à risca muito provavelmente serei expulso da igreja!!!
... se eu for verdadeiro com todos morrrei mais cedo;
... tudo que escrevi neste artigo de quase nada servirá para os que lêem e nem por isso o "trôxa" aqui pára de escrever;
... o dinheiro manda em tudo e isso é fato!!!

Enjoy the silence!!!

terça-feira, 24 de setembro de 2013

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Livro "No Credo" gera dúvidas quanto à religião - TEMA: Animais

Por Carlos Chagas

Uma vez comentada a primeira parte do livro, onde o autor Djalma Stuttgen trata da escravidão, passo agora a comentar sobre a segunda parte do livro que fala sobre a matança de animais e a aprovação e aceitação de Deus, tanto no AT quanto no NT.

No decorrer da leitura do livro "No Credo" percebe-se a riqueza de citações bíblicas que o autor Djalma Stuttgen inferiu em seu livro para mostrar que não é raso em leituras do livro sagrado que, para ele não o é. Respeitando sua posição não posso deixar de atestar que Stuttgen é um perito em localizar textos e citá-los bem como comentá-los criticamente.

Na segunda parte de seu livro ele comenta que a prática de sacrifícios de animais é algo comum e totalmente aceitável por Javé (Jeová). Ainda no decorrer da leitura percebe que não só Deus aceitava isso como também o povo de Israel e outros povos da época, deixando claro que o Egito era um povo que abominava tal prática.

Ainda na leitura do livro, em sua segunda parte, percebi algo incrível: a citação da escola javista como uma das que escreveram o AT (para ler mais sobre esta escola clique aqui). É muito difícil acharmos textos sobre a Bíblia que tenham a citação de escolas como a javista, eloísta, sacerdotal e deuteronomista. Sabe-se que cada uma tem sua particularidade e inferência no texto ao criá-lo ou redigi-lo. O fato é que quem chega a conhecer tais escolas e as compreende sabe que muita coisa deve ser considerada ao comentar suas composições. E é sobre isso que Stuttgen peca.

Resumidamente, para que você leitor entenda o básico sobre essas nomenclaturas (javista, deuteronomista, etc) existem duas grandes compreensões de formação do AT: Uma é de que Moisés e seus sucessores que escreveram o AT (compreensão mais comum nas igrejas de hoje aqui no Brasil) e escolas teológicas do judaísmo que, com o passar do tempo, elaboraram crenças complexas sobre Deus, povo e criação e, com isso, ao criarem os textos sagrados (Bíblia/AT) incutiram neles suas crenças. Para maior compreensão do que eu falo aqui, procure neste blog tais textos sobre essas obras no menu abaixo:

Para ler sobre a Obra Histórica Eloísta clique aqui.
Para ler sobre os Escritos Sacerdotais clique aqui.
Para ler sobre a Obra Histórica Eloísta clique aqui.
Para ler sobre a Obra Histórica Deuteronomista PARTE 1/2 clique aqui.
Para ler sobre a Obra Histórica Deuteronomista PARTE 2/2 clique aqui.
Responda você mesmo à pergunta: Moisés escreveu o Pentateuco?

Não cabe aqui dizer se isto é digno de aceitação ou não no que tange à formação do AT, mas o fato é que se você usa a compreensão de tais escolas, você deve respeitá-las em suas elaborações e condições históricas.

Acredito que Stuttgen peca ao falar de tais escolas quando ele cita uma delas e não considera suas limitações. O Javista se preocupa com sua grande temática: O homem e sua relação com o mundo e com Javé/Jeová. O javista necessita compreender o homem. Logo, tudo gira em torno do humano.

Vale lembrar que qualquer religião é elaboração humana e esta só existe quando o homem, em seu meio e realidade atual, incute nesta religião sua integralidade vital. Ou seja: A religião é limitada ao que o homem ainda compreende e crê. Não se nega aqui a intervenção divina, mas até a compreensão sobre o que seja Deus e sua interpretação para o papel passa pelas limitações humanas.

O que Stuttgen faz é atacar a religião do AT e o cristianismo primitivo do NT dizendo que a morte dos animais é uma covardia e crime ambiental. Mas se esta religião for lida com a ótica de hoje, haverá uma injustiça histórica, já que naquela época isso era aceitável e comum. Para uma reflexão: E se alguém falasse para Moisés, Davi, Jesus ou Paulo que um grupo de cientistas estudam mutações genéticas e testes de vacinas em ratos presos em laboratórios, com suas sortes já lançadas no cativeiro, para tão somente servirem ao homem em seus sofrimentos e que isto é totalmente aceito pela sociedade beneficiada por esta atrocidade??? O que eles diriam? E se falássemos para Moisés, Jesus, Paulo e São Francisco de Assis que um grupo de pessoas criaram animais (vacas) e este, sabendo que as mesmas são vegetarianas, inseriram em suas dietas suas próprias vísceras e ossos para uma engorda mais rápida e que isso foi tratado como normal para quase todo o MUNDO o que será que eles diriam? E mais: E se disséssemos para todo o povo bíblico que nos preocupamos mais com o petróleo que com toda a vida marítima? E se disséssemos que na Grã-Bretanha foram chacinados mais de 4.000.000 de animais em pouco menos de 1 ano por causa desta dieta, que gerou o mal da vaca louca? Será que eles diriam que não é a vaca que é louca mas nós mesmos?

O fato é que falar mal da religião e dizer que a mesma não tem ética ou moral alguma gera uma mutualidade inversa de valores, a qual não é vista hoje. Troca-se 6 por meia-dúzia.

Lembra-se do famoso "assim diz o Senhor"? Até neste trecho tem elaboração teológica. Não é uma psicografia impensada. Nada religioso é impensado. E não se pode culpar uma religião de 4000 anos atrás só porque ela não é como hoje se pensa.

Outro problema é que o próprio autor deixa transparecer sua compreensão de que não é bem Deus quem manda fazer ou agir. Para quem lê fica claro que Stuttgen não crê assim e mesmo assim ele, de certa forma, usa tal compreensão para ataque. Não considero isso algo bom. Se você não crê em algo não o use como se cresse.

Pensei criticar o resto do livro mas é por demais repetitivo a forma de compreensão do autor. Simplesmente sua obra não respeita a limitação histórica, cultural e teológica de um povo, condenando-os a partir da compreensão que se tem hoje. Logo, na minha compreensão, o livro é muito reduzido na sua interpretação histórica. Rico em ideias mas pobre em argumentação.

Recomendo a leitura de "No Credo" a todos os que gostam de curiosidades e desafios e a todos que gostam de atacar religiões, em específico, o cristianismo e o judaísmo, todavia, não se deve limitar-se a só este livro. O livro também é bom para se ter uma gama de citações sobre holocaustos, animais e sacrifícios. Tais citações servem como uma chave-bíblica para localização de textos. Mas um aviso: Aos que gostam de destruir religiões não usem este livro contra uma pessoa entendida de história e teologia e que respeita as regras de interpretação: Vão levar uma coça em palavras!!!

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Livro "No Credo" gera dúvidas quanto à religião - TEMA: Escravidão

Por Carlos Chagas

Há alguns meses atrás recebi um email de um professor da Bahia chamado Djalma Stuttgen, no qual vinha em anexo o seu livro intitulado "No Credo" (que pode ser baixado clicando aqui) onde neste Stuttgen faz ataques sinceros e pesados a diversas religiões e, dentre estas, o Cristianismo. Mas antes de falar do conteúdo do livro eu gostaria de agradecer a este autor pela nobreza de sua parte em me enviar seu livro GRATUITAMENTE e me permitir publicá-lo e comentá-lo restringindo-me a tão-somente citar sua obra em nota. Muito obrigado pelo envio desta preciosidade. Conforme minha crença: Que Deus seja louvado!

Não há como não me apaixonar pela leitura do mesmo. Os que me conhecem sabem que adoro ler coisas que me desafiam e que me impulsionam a ir além dos meus próprios conhecimentos e o livro "No Credo" consegue me fazer pensar. Porém, as respostas aos primeiros ataques do livro, acredito eu, já foram respondidos pelo chamado "Método Histórico-Crítico" de interpretação dos textos bíblicos e de sua formação e constituição e, no que tange à religião, minha monografia, de 2008 (seu livro é de 2004 com reedição em 2012) trata bem do assunto. Para um exemplo sobre o método histórico-crítico leia um artigo meu clicando aqui, ou caso queira baixar minha monografia clique aqui.

Na primeira parte o autor diz que se uma religião que diz ter como princípio moral o "amar ao próximo" pratica a escravidão, a exclusão sexual (caso da mulher), xenofobia e práticas não adequadas socialmente falando, a mesma não é digna de crédito. Acredito que o problema é de fácil explicação:

1- Para os que entendem que a religião é um processo histórico que parte do homem após sua percepção do Divino não haverá dificuldades com tais textos citados em suas primeiras páginas já que o "amar ao próximo" também é elaborativo e expansivo: Amar aos da minha "tribo" > Amar os que adoram o meu Deus > Amar os que são os meus amigos > Amar os meus amigos e inimigos, ou seja, o meu próximo. Logo, o cristianismo é processual e de avanço progressivo. Mas fica claro que para aqueles que interpretam o cristianismo como sendo algo criado por Deus ao homem terão muito o que explicar.

2- Assim como a religião sofre críticas a partir da leitura de seu passado com a ótica de hoje, assim também qualquer subdivisão e área da sociedade sofrerá críticas ao ponto de se alcançar o niilismo, o qual é nocivo à sociedade. O que se poderia dizer hoje, por exemplo, do capitalismo e sua provocação de crise global que nasceu atualmente na Europa e afeta o mundo todo? E o que dizer da teoria da evolução que insistiu (ou ainda insiste?) em dizer que o homem veio do macaco mesmo tendo cientistas dizendo que o gene mais próximo do ser humano vem dos ratos? E a política? E a democracia? etc, etc, etc. Resumindo: Tudo está no processo!

As leis eram apropriadas para o povo de sua época e para uma leitura honesta de um texto deve-se entender a época da escrita: Existia um sistema tribal e não as nações que conhecemos hoje. Quanto às punições mais severas aos de fora da tribo, isso também tem suas vertentes nos dias de hoje. Um exemplo? Por que as leis brasileiras não funcionam com políticos ou policiais? Por que alguns têm imunidade diplomática enquanto outros não? Uns são mais humanos que outros?

Uma observação que faço ao livro é que há sim evidência de empregos de escravos no Egito conforme estudos da revista Super Interessante (não me lembro a edição) onde se diz que a escravidão não era assim tão ruim como dizem. Mas convém-se dizer aqui que não foram os escravos que construíram as pirâmides. Todavia isso não isenta a escravidão das terras egípcias.

Ao chegar no assunto sobre a escravidão no NT achei o texto por demais tendencioso, uma vez que não aborda circunstâncias e momentos da história daquele povo adequadamente. Percebi também que a profundidade de Stuttgen na história de Jesus é para tão-somente aprovar suas afirmações. Para clarear aqui o que digo relembro a parte que o autor condena Jesus por ter entrado em acordo com os demônios quando este permitiu aqueles que adentrassem na vara de porcos. Ora, e se eu interpretar que a criação de porcos era imundície para judeus? Ou quem sabe outro tipo de interpretação que vá além da usada por Stuttgen?

Vale lembrar também que foi graças a progressiva interpretação humana da vida que nasceu do cristianismo primitivo é que órfãos e viúvas tiveram sua vez na atenção dispersada pela sociedade. Também os prisioneiros puderam adquirir a chance de ter um lugar à luz do sol. Isso graças aos monges. Logo, mais uma vez, a religião se mostrou evolutiva e não tão involuida quanto apresentada por Stuttgen.

Entretanto concordo com Djalma Stuttgen quando este se demonstra contra a escravidão. Segundo minha interpretação (dos tempo de hoje) a escravidão SEMPRE foi um erro. Mas a civilização cresce com seus erros. Nas palavras de um antropólogo de renome: "A formação e motivo de existência de uma sociedade tem por base a violência".

Para continuar com as críticas do restante do livro clique aqui.


terça-feira, 3 de setembro de 2013

Manual da mesa Behringer Europower PMP 1000, 3000 e 5000

Por Carlos Chagas

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terça-feira, 27 de agosto de 2013

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Por quê?

Por Carlos Chagas



Por que vejo essa imagem e sinto-me tocado? Por que ainda insisto em rever meus conceitos e percepção da realidade se, daqui à pouco, procurarei remover esta imagem da minha mente e, com isso, voltar ao "normal" novamente? Por que insisto em criar frases de impacto sobre isso no Facebook, Twiter e Orkut se nem ao menos quero mudar tal história? E mesmo se quisesse como mudaria? Enviar dinheiro? Eles roubam. Ir lá? Eles me matam a tiros. Orar? Jejuar? Não sei. Mas ainda me pergunto: Por quê?

Por que os grandes do planeta não revertem essa situação? Será que eles não têm tanto poder? Ou não querem? Quem sabe eles só são chamados "grandes" porque subiram em vários degraus a mais que os outros e, quem sabe, os degraus são estes dois personagens da foto! Ahh, desculpe, agora resta apenas um, porque o outro morreu... por quê?

Será que ele morreu por minha culpa? Será que eu poderia fazer algo para mudar essa história? Não usando sacolinhas plásticas? Votando em nulo? Comprando um terreno para dar um funeral digno e receber por isso? Ou deveria seguir meu curso e investir em vendas de lingerie mesmo vendo esses peitos nus da foto? Ainda me questiono: Por quê isso me incomoda?

Talvez agora esteja criando barreiras que me protegem de mim próprio, de minhas próprias perguntas e críticas. Talvez eu não seja responsável por essa calamidade. Talvez eu não tenha poder suficiente para isso. Afinal, lá é outra nação e possui seu líder responsável. Além do mais o Evangelho vai chegar lá e vai mudar a vida deles... mas de menos do que morreu. Mas vai chegar... com certeza pela mão de um missionário (que não sou eu). É isso. Sou isento da culpa... mas só resta uma dúvida: De quem é a culpa dessa desgraça e por quê ainda me comovo?

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Manual da mesa Behringer Europower PMH 1000, 3000 e 5000

Por Carlos Chagas

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terça-feira, 30 de julho de 2013

terça-feira, 16 de julho de 2013

Não ordene Deus

Por Carlos Chagas

Será que estamos desaprendendo a orar? Ou será que estamos esquecendo do que o Evangelho nos oferece?


Ao meu ver Deus deixou de ser Aquele que não é mandado e Criador para se tornar um negociador e "catireiro". A oração, que antes servia para mudar o homem agora muda Deus. Acredito que nessa "caminhada" não demorará muito e teremos um curso de como negociar com Deus. E quem sabe até o próprio Deus fará este curso para não sair no prejuízo.

Na Idade Média, também chamada pelos historiadores e cientistas de "Era das Trevas", a Igreja se desviou tanto da proposta de Jesus Cristo que pessoas se retiravam da Igreja Católica (na época era Católica mesmo e não Apostólica, Ortodoxa, etc) para viverem isolados em comunidades ou como ermitões. Eram os chamados "monges". E isso era uma atitude de difícil aceitação para ambos os lados porque segundo a crença da época "fora da igreja não há salvação".

Hoje, ao invés do meio evangélico olhar para a história, ler livros, ler até mesmo a Bíblia, líderes religiosos preferem praticar as mesmas coisas de antes que praticar o bom e necessário Evangelho. Tal determinação acima era a mesma pregada na "Idade Média" para arrecadação de impostos pela Igreja Católica para a construção da Basílica de São Pedro, que seria mais tarde a morada do Papa e, consequentemente, a morada de Deus.

Não muito diferente de hoje, "pastores", "bispos" e "apóstolos" estão no intuito de construírem a morada de Deus num "mega templo" que leva o título de Templo de Salomão esquecendo-se que o apóstolo Paulo uma vez disse: "O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens" At 17.24. Mas infelizmente parece que a Bíblia virou desodorante, servindo apenas para ficar debaixo do braço.

O mais interessante é que continuando a leitura da fala de Paulo chegamos à conclusão de que barganhar com Deus (mesmo que seja entregue o dízimo), é perda de tempo. Continue a leitura: "... nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas." Não ordene Deus; Ele já sabe o que você precisa. Não ore para que Ele mude a si mesmo, mas a ti.

E sobre o jejum? Você ainda tem dúvidas? Leia outro artigo clicando aqui.

sábado, 13 de julho de 2013

Os novos "deuses" do pedaço

Por Carlos Chagas

Alguns acham que só porque na Bíblia tem trechos que dizem que os filhos de Deus são considerados por Ele e que vão para o céu (vai saber como este é para cada um!!!) passam a nutrir certas ideias e poderes que chegam a ser absurdos. Recentemente eu, ao ver certas tirinhas do site Um Sábado Qualquer, do Carlos Ruas, percebi o quanto certos cristãos são ridículos e grossos quando querem expressar sua indignação e descontentamento. Sem mais, vejam na tira abaixo:




É fato que Carlos Ruas pega pesado em suas tiras, às vezes. Mas convenhamos: muitos não dão margem para isso? Que bacana! Agora temos a nova modalidade: Cristãos rogadores de PRAGAS!!! Rasguem por favor de suas Bíblias Mt 5.43-48.



terça-feira, 9 de julho de 2013

Seria este o símbolo para 2016?

Por Carlos Chagas

Seria este o símbolo para as Olimpíadas de 2016 no Brasil?



Se o símbolo for inspirado em nossos políticos povavelmente será!

terça-feira, 2 de julho de 2013

Hipótese

Por Carlos Chagas

Este artigo faz parte da série O que é ser cristão? Caso queira acessar o índice clique aqui.

Assim como Kant, todos devem se perguntar sobre a verdade de forma reflexiva. O que posso saber? O que devo fazer? E o que posso esperar? São perguntas razoáveis não só para aqueles que buscam a Deus, mas também para aqueles que querem compromisso com a verdade. 

A busca por provar a existência de Deus se dá pela necessidade do homem se explicar também existencialmente. O fim desta necessidade de explicação é o alcance de sentido e de verdade. Mas essa busca pelo questionamento sobre Deus e sua existência não pode culminar no niilismo, já que é o caminho oposto é a própria covardia. Se o homem procura saber sobre a existência de Deus deve acreditar na sua própria existência procurando, assim, sentido nela. Logo, na realidade deve ser enxergada a vida, o sentido e o valor. Então, a busca do homem pela realidade não é com desconfiança e sim com radical confiança.

Entretanto tal confiança não anula a certeza numa realidade que é incerta. Além disso, a realidade sobre Deus é construída pelo homem também a partir da concepção da realidade que o cerca. E a facticidade enigmática da realidade está na sua não-compreensão do real ou não-real, do ser ou não-ser, no crédito de confiança básico ou do niilismo. Mas o homem também é definido a partir da realidade. Logo, se Deus pode ser negado por que não e também o homem? E se Deus pode ser aceito, e deve ser, por que não o homem também? Nas palavras de Küng: “Se o homem não abrir mão de compreender-se a si mesmo e a realidade em geral, as últimas perguntas, que são também as primeiras e estão a exigir resposta, deveriam ser respondidas. E nesse ponto, o crente está em competição com o descrente, quanto à maneira mais convincente de interpretar as experiências humanas essenciais”. 

Assim, a percepção da realidade pelo homem pode partir ao menos de duas hipóteses: da inexistência de Deus ou da sua existência.

1- Não perceber de onde e para onde vai a realidade não dá certezas sobre a existência de Deus e nem para sua inexistência. Sabe-se que se Deus existisse o conceito sobre realidade seria mais bem fundamentado, pois o homem teria origens. Não haveria realidade pendente sobre o vazio; Deus seria o fundamento. 

Entretanto a dúvida sobre a existência de Deus nasce quando se vê uma realidade que ora é e ora não é. A realidade ora tem sentido e ora é absurda. Logo, Deus não pode ser irreal e caminhar para o nada. Daí a suspeita de sua inexistência.

2- E se Deus de fato existisse eu poderia a) ter Deus como fundamento e, assim, me pautar contra qualquer ameaça; b) dar sentido à minha vida contra qualquer absurdo; c) poderia afirmar a bondade e a esperança e d) não negaria minha existência já que o sentido de tudo estaria em Deus. 

Mas o que se vê é a conceituação de Deus pelos incrédulos tentando a negativa do mesmo e a conceituação do homem pelos crédulos com a mesma intenção dos primeiros. O fato é que a realidade não é a aglutinação de Deus ou do homem nesta. Não se pode substantivar a realidade com Deus ou com o homem. A realidade é algo distinto.



Para voltar ao índice clique aqui

Para continuar com o estudo clique aqui.


segunda-feira, 1 de julho de 2013

014 - Conquistando o que nenhum herói brasileiro conquistou

Por Carlos Chagas



Nestes últimos dias tenho visto o povo brasileiro lutando por uma nação melhor. Digo que isso é válido, necessário e louvável! Porém digo uma coisa: Manifestações nas ruas, praças e avenidas servem apenas para conseguir os olhos da mídia. Agora, se nós queremos transformação no país, devemos ir ao Congresso, pois lá é a origem de todo o caos e é lá que todo o mal deve cessar.

Não sou a favor de morte, violência ou qualquer outro tipo de mal, mas se isso é necessário, então, infelizmente, que aconteça, afinal, o sangue dos mártires é a semente do bem, parafraseando Tertuliano.

De uma vez por todas, o governo brasileiro deve temer seu povo e não o contrário.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Não é só pelos 20, mas pelo que isso representa!

Por Carlos Chagas

Já pensou no que deve se passar na câmara de deputados quando se reúnem para discutir sobre as manifestações populares? De forma cômica, o "Porta dos Fundos" tenta explicar:


http://www.youtube.com/watch?v=__C90xZOmsQ&list=UUEWHPFNilsT0IfQfutVzsag

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Isso é Brasil - This is Brazil - by Mc Garden

Por Carlos Chagas

Apesar de não ser um vídeo evangélico ou de cunho religioso ainda sim é importante para a nação e para o povo cristão.


http://www.youtube.com/watch?v=G05EwKLzwEY

Resolvi colocar a legenda em inglês pois todo o mundo merece saber sobre nossas reais condições e políticas.

Para contato:

O GIGANTE ACORDOU 011-961222248, @gardenemici 011-981089627, 011-949592981 GARDEN - ISSO É BRASIL 
(Download http://www.mediafire.com/download/s57... 
INSCREVA-SE E RECEBA TODAS NOVIDADES FUNK CONSCIENTE SIGA NO FACEBOOK https://www.facebook.com/Gardenmc?ref... 
CURTA A FÃ PAGE -http://www.facebook.com/pages/Mc-Gard...

Reservo o direito ao dono de retirar o vídeo do ar.


quarta-feira, 26 de junho de 2013

Manifestações pelo Brasil - O que não se vê na TV

Por Carlos Chagas

Alguém já deve ter percebido o quanto a TV brasileira (mundial?) é tendenciosa e manipuladora. Movimentos gays e/ou evangélicos, promovidos em grandes avenidas como a Paulista geralmente (ou sempre?) são mostrados como movimentos que arrecadam cerca de 3 milhões de pessoas, o que não se vê nas manifestações contra a corrupção (ou pelos R$0,20?) que estão acontecendo no Brasil, onde a mesma quantidade de pessoas é registrada pelas câmeras mas os números são bem menos.

Gostaria de postar aqui alguns vídeos que não vemos na TV. Alguns de pura comédia, outros mais sérios.

Telejornal Imparcial (comédia):


http://www.youtube.com/watch?v=6jCrdeDAIdk&feature=share

Os vereadores de BH são um ótimo exemplo de ...


http://www.youtube.com/watch?v=PVx6KsF32jI

A visão "im"parcial da Globo a respeito da prisão de um manifestante e o outro lado da história:


http://www.youtube.com/watch?v=x9FGQwdpYig

Esse é o Brasil!!!

terça-feira, 25 de junho de 2013

003 - Tendências evangélicas para a contemporaneidade

Por Carlos Chagas

(Clique na imagem para ampliá-la):


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Explicando:

Leão de Judá: Devido a um pastor que diz ter a profecia da criação do refrigerante substituto da Coca-Cola. Link do Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=sgz4rO7JhN4

Bíblia debaixo do braço: Parece que muitos usam a Bíblia apenas para enfeite ou para outra coisa que não seja sua leitura.

Venda de Igreja Evangélica: ... (sem palavras!!!).