segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Feliz ano novo - 2013 - Votos de um cristão

Por Carlos Chagas

(Clique na imagem caso queira vê-la maior)


Carlos Chagas - Ano novo - 2013 - Canson e lápis aquarelável Koh I Noor
Parece que como papagaios
Assim como todo fim de ano
Desejamos um feliz ano novo
Mas por dentro um mero tagarelar

Todo novo ano entramos de branco
Assim como a noiva em seu casamento
Durante os dias prostituimos
Para em uma noite fingirmos com falso contentamento

Taças de champagne eu bebo
Com todos eu brindo
Até com aqueles que nunca converso
Até com aqueles que a morte desejo

É! Morte desejada,
Passiva ou ativamente!
Desde um tiro a uma sonegação
Disfarçada com um beijo ou brinde de comemoração!

Desejo paz, amor, felicidades.
Desejo tudo de bom que na prática não faço.
Pratico ódio, falsidades e egoísmos,
Tudo aquilo que ocultamente denota falsidades.

Todo ano escuto: Esse vai ser diferente!
Todos dizem, esse será melhor!
Mas a prática é que diz,
Se o ano foi melhor ou pior!

Século XX se passou,
legado humano se desenhou!
Duas grandes guerras o homem desencadeou
Mortos ao milhões: gente com sonhos se deixou!

Entra-se o século XXI: Era do renascimento religioso
Renasce também os erros de outrora,
Roubos, simonia e permutas
De nada se difere, das antes chamadas divinas prostitutas

Não espero um ano melhor
Nem quero um ano melhor
Bom é receber sem esperar,
do que esperar e não receber.

Não espero ano melhor
Sei que isso eu já falei
O que quero é não ser pior
do que neste ano já pratiquei.



Poema nostálgico mas sincero. Ser cristão não é ser falso. Ser cristão é buscar a verdade, ser verdadeiro e lutar para o melhor.

Desenho feito por mim mesmo (podem piratear, copiar, redesenhar, trocar o nome, não me importo) após 9 meses de curso de desenho artístico. Nunca desenhei. Nunca fiz uma forma sequer. Portanto, antes de dizer que certas coisas só se faz quando se tem o dom lembre-se que até sem o dom dá para se fazer. Basta querer. Não será fácil, pois o dom é um facilitador. Mas não é impossível.

Material usado no desenho:

Lápis aquarelável Koh I Noor Mondeluz
Papel Canson Color A4 120g/m2 negro com PH Neutro

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Islã: Seu significado, doutrina, vida religiosa e teologia - PARTE 1/3

Por Carlos Chagas

Atenção: Este artigo é uma trascrição literal de um trecho do livro chamado "O livro das Religiões" de Gaarder, Notaker e Hellern exceto pelas figuras. Os méritos são dos autores.

O que significa a palavra islã?

O islã teve origem na Arábia e ainda hoje está intimamente relacionado à cultura árabe. Entre outras razões, porque o livro sagrado dos muçulmanos, o Corão ou Alcorão, foi escrito em árabe. Em conseqüência, o elemento árabe é importante no islã, embora hoje só uma minoria dos muçulmanos seja árabe. O islã está amplamente difundido em vastas regiões da África e da Ásia, e é praticado por uma sétima parte da população do mundo (por volta de 15%). Atualmente é a segunda maior religião do planeta depois do cristianismo, e grandes levas de imigrantes asiáticos e africanos o transformaram também na maior religião de minorias étnicas na Europa. 

A palavra árabe íslam significa "submissão". É um significado forte. Percebe-se na raiz do nome algo essencial nessa religião: o homem deve se entregar a Deus e se submeter a Sua vontade em todas as áreas da vida. Trata-se da condição para ser muçulmano, palavra árabe que tem a mesma raiz que
íslam.

Como religião, o islã não compreende apenas a esfera espiritual, mas todos os aspectos da vida humana e social. A interpretação da lei, o direito, sempre ocupou um lugar relevante na história do islã. Na maioria dos países islâmicos, os que têm conhecimentos jurídicos costumam atuar como
líderes religiosos. Não existe um sacerdócio organizado.

Uma descrição geral do islã se divide em três tópicos principais:
  • credo (monoteísmo e revelação);
  • deveres religiosos (os cinco pilares), e
  • relações interpessoais (ética e política).
Antes de examinar esses aspectos, porém, é indispensável dizer algo acerca do fundador do islã: Maomé, Mohammed ou Muhammad.

Maomé

Por muito tempo o islã foi conhecido no Ocidente como "maometanismo", em razão da forte influência do profeta Maomé sobre o islã.

O islã, a mais recente das grandes religiões mundiais, remonta a Maomé, que nasceu em Meca, na Arábia, no final do século VI, por volta de 570 d.C. Filho de uma das principais famílias da cidade —
importante centro comercial e posto de parada para as caravanas que transitavam pela península Arábica —, Maomé ficou órfão ainda criança. Um de seus tios, Abu Talib, cuidou dele e o sustentou quando ele começou a fazer suas prédicas. Foi esse mesmo tio que levou Maomé a trabalhar como condutor de camelos para Khadidja, a rica viúva de um mercador, de excelente família, que embora quinze anos mais velha que ele, mais tarde se tornou sua esposa. Khadidja foi a primeira a seguir Maomé quando ele lhe falava das revelações que tinha; ela exerceu bastante influência em seu desenvolvimento religioso. Maomé nunca teve outra esposa.

A formação religiosa de Maomé

Meca era não apenas um importante centro comercial, mas também um dos centros religiosos da Arábia. As tribos nômades que viviam próximas à cidade já consideravam sagrada a pedra negra de Meca, que recebia peregrinações bem antes da época de Maomé. Porém, tanto em Meca como entre os beduínos, cultuavam-se e se adoravam muitos deuses e seres sobrenaturais. Com freqüência, tratava-se de deuses tribais, já que a tribo e a família eram centrais para o modo de vida dos nômades. Não existia nenhum sistema legal fora da tribo. Se um indivíduo transgredisse as leis e os costumes desta, era expulso como fora-da-lei.

A tribo era unida pelos laços de sangue. Se um de seus membros fosse assassinado, a linhagem da tribo sofria. Essa perda tinha de ser compensada por uma vingança, prática bastante difundida, que
resultou em diversas rixas sangrentas entre as tribos beduínas.

Na época de Maomé, em muitos lugares a transição da sociedade beduína nômade para uma sociedade urbana mais fixa ia causando a extinção da religião tradicional. Em decorrência disso, aumentou a influência das duas grandes religiões, o judaísmo e o cristianismo. Maomé foi particularmente influenciado pelo monoteísmo e pela noção de fim do mundo acompanhado do Juízo Final.

Os judeus se estabeleceram em toda a Arábia depois da queda de Jerusalém e da destruição do Templo, no ano 70 d.C, e aos poucos passaram a adotar a língua e o estilo de vida árabes, ao mesmo tempo que mantinham sua própria crença e seu culto mosaico.

Também o cristianismo se espalhou rapidamente por todo o Oriente Médio durante os primeiros séculos da nossa era. Havia Estados cristãos como a Abissínia (atual Etiópia). Muitas tribos beduínas se converteram ao cristianismo, e era possível encontrar cristãos entre os escravos e as camadas inferiores em Meca.

Provavelmente foram os monges e eremitas cristãos, os quais viviam isolados do mundo no deserto da Arábia, que exerceram a maior influência sobre Maomé. A atitude do Corão para com esses cristãos, que estimavam mais a comunhão com Deus do que o comércio, é uma atitude positiva. Devotos e generosos, eles ajudavam os viajantes no deserto.

É necessário que compreendamos o panorama religioso extremamente complexo da Arábia para podermos apreciar o crescimento do islã.

Deus se revela a Maomé

Todo ano, Maomé se retirava para uma caverna numa montanha dos arredores de Meca, onde meditava. Esse também era o hábito dos monges e eremitas cristãos, que, diferentemente de Maomé, fundamentavam suas meditações em algum texto ou passagem selecionada, em geral dos evangelhos. Ao completar quarenta anos, Maomé teve uma revelação na caverna. O anjo Gabriel de repente lhe apareceu com um pergaminho e ordenou a ele que o lesse. Maomé respondeu que não sabia ler, e o anjo disse:

Recita em nome do teu Senhor, que criou, criou o homem a partir
[de coágulos de sangue.
Recita! Teu senhor é o Mais Generoso, que pela pena ensinou ao
[homem o que ele não sabia.

Em árabe, a palavra recitar tem a mesma raiz que Curan, que significa "ler", ou "ler alto". O Corão é o livro sagrado dos muçulmanos e reúne as revelações de Maomé. Assim, os muçulmanos, do mesmo modo que os judeus e os cristãos, passaram a ter um texto sagrado. O Corão só foi escrito depois da morte de Maomé. Seus 114 capítulos (suras) foram arranjados de maneira tal que os mais longos vêm primeiro, mesmo os que Maomé recebeu numa data posterior aos mais curtos. A exceção é a sura 1, no início do Corão.

De Meca a Medina

Depois de sua revelação, Maomé começou a pregar em Meca. Ele se proclamou profeta ou mensageiro de Deus, o que foi visto pelas famílias poderosas de Meca como uma tentativa de usurpar a autoridade política da cidade. Grupos importantes também se opuseram a suas afirmações de que Alá era o único e verdadeiro Deus. Se fossem jogar fora todos os velhos deuses e deusas que seus antepassados adoraram, estariam reconhecendo que estes tinham sido pagãos.

A oposição a Maomé cresceu. Após a morte de seu tio e de sua esposa, as coisas pioraram cada vez mais para o profeta e seus seguidores em Meca. Nesse ínterim, Maomé havia atraído outros seguidores na cidade de Medina, os quais estavam prontos para aceitá-lo como um dos seus. Assim, em 622, ele saiu de Meca em segredo e alguns dias depois chegou a Medina, onde seus seguidores já o esperavam.

A emigração de Maomé é conhecida em árabe como a Hijra (Hégira), que significa "rompimento" ou "partida". Maomé rompeu com a própria comunidade, os parentes e sua cidade natal. Não se tratou de uma fuga, mas o fato foi comparado à história bíblica de Abraão que, atendendo à ordem de Deus, deixou seu lar em Ur, na Mesopotâmia.

Maomé como líder religioso e político

Em Medina, Maomé logo se tornou um líder religioso e político. Assaltando as caravanas que pertenciam às famílias de Meca, conseguiu se firmar financeiramente. Essas atividades faziam parte de sua luta para obter o controle da cidade de Meca, com seu acesso à relíquia sagrada da Caaba, e também para difundir a nova religião. O nome dado a essa batalha, ou luta jihad —, é o mesmo que mais tarde foi empregado para designar a guerra santa. A luta pela causa de Alá ganha precedência sobre todos os outros interesses, bem como sobre as tradições e os conceitos morais e religiosos herdados do passado.

Na década seguinte, Maomé tomou a cidade de Meca e, por meios militares e diplomáticos, subjugou grande parte da Arábia. Antes de morrer, em 632, ele tinha conseguido unir o país e transformá-lo num só domínio, onde a religião se tornara mais importante que os antigos laços familiares e tribais.

O cisma no Islã após Maomé

Quando Maomé morreu, os muçulmanos passaram a ser liderados por califas, ou sucessores. Os três primeiros califas eram parentes do profeta ou estavam entre os primeiros convertidos. O quarto califa, que se chamava Ali, era filho do tio de Maomé, Abu Talib, e portanto seu primo. Mas Ali era também genro de Maomé, casado com sua filha, Fátima.

O cisma no mundo islâmico começou na época de Ali. Sua liderança foi repleta de controvérsias, e ele acabou assassinado pelos adversários. Desde a morte de Maomé, seus seguidores acreditavam que Ali, por ser o parente mais próximo do profeta, era o sucessor natural. O partido de Ali, ou Shiat Ali, formou a base para o ramo do islã que hoje é conhecido como Shia, adotado como a religião oficial do
Irã.

Assim, a principal dissidência no islã não foi causada por uma divisão ideológica, mas por um desacordo sobre quem devia ser o líder. A facção xiita (Shiat Ali) acreditava que o líder devia ser um
descendente direto do profeta, ao passo que a facção maior, a sunita, julgava que a liderança cabia ao indivíduo que de fato controlava o poder.

Após a morte de Ali, o califado teve sede em Damasco por algum tempo e a seguir instalou-se em Bagdá, onde permaneceu por um período de quinhentos anos. Depois disso, a liderança passou para o sultão turco de Istambul. O último sultão foi derrubado em 1924, e desde então o mundo islâmico deixou de ter um califa como líder.

A difusão do Islã

Não obstante o cisma, o islã se espalhou rapidamente. No século seguinte à morte de Maomé, as duas grandes potências da época, o Império persa e o Império bizantino, entraram em declínio. O vácuo foi preenchido pelos conquistadores árabes, que tinham uma nova religião pela qual lutar. Partindo do Norte da África, eles atravessaram o estreito de Gibraltar, entraram na Europa e chegaram até Poitiers, na França, onde foram detidos. Durante vários séculos os árabes dominaram a metade sul da península Ibérica, a Andaluzia, onde ainda se encontram vestígios da cultura árabe.

Apesar do colonialismo europeu do século XIX, até hoje o islã predomina no Norte da África, de onde se espalhou por vastas áreas da África Oriental e Ocidental.

Logo que se iniciou, o islã avançou para o Oriente, em direção à Índia e à Indonésia. Quando a Índia, antiga colônia britânica, conquistou sua independência, temendo a explosão de uma guerra entre hindus e muçulmanos, estabeleceu dois Estados separados: a Índia, com maioria hindu, e o Paquistão, com maioria muçulmana. O Paquistão Oriental depois se tornou independente, com o nome de Bangladesh.

Atualmente o grande movimento pan-islâmico se divide em Estados-nações que lutam por uma maior unidade muçulmana internacional, mas também competem entre si pela liderança. Nos últimos anos os países europeus receberam um grande número de imigrantes muçulmanos vindos da África e da Ásia, o que levou o islã a se tornar a segunda maior religião da Europa de hoje.


REFERÊNCIA:

GAARDER, Jonstein; NOTAKER, Henry; HELLERN, Victor. O livro das Religiões. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. págs.:118-123.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Os Reis de Israel segundo estudos da NatGeo

Por Carlos Chagas

O vídeo abaixo foi apresentado pela NatGeo na série "Mistérios da Bíblia" onde se relata a vida de Davi e Salomão, dois reis de Israel que detiveram, talvez, a era ouro da nação em suas mãos.




Um pouco mais sobre os reis de Israel:

Se for levado em conta a política e economia de Israel pode-se dizer que sua era ouro se deu no período governado por Davi e seu filho Slomão, o qual soma cerca de 75 anos. As tribos, que antes eram pouco ligadas umas às outras foram agrupadas por uma monarquia poderosa que ditou as regras por quase 4 séculos.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Ah se hipocrisia matasse...

Por Carlos Chagas

Lendo alguns artigos na net percebi uma enorme repercussão em Sergipe após um pastor se envolver sexualmente com uma fiel da igreja. O pastor, além de se envolver com a fiel ainda preferiu gravar um vídeo pornográfico dele com a mulher e depois postá-lo em um site pornográfico achando que nenhum fiel cristão iria lá assistir.

Pois bem. Lendo a matéria no Genizah (para lê-la clique aqui) percebi que muitos, além de chocados com a atitude do pastor ainda mais chocados se tornaram quando perceberam a mensagem do site "O vídeo da performance sexual do pastor visto pela congregação está AQUI." Muitos foram os que condenaram o site por divulgar a pornografia não sabendo que o link se referia à reportagem local sobre o assunto e que o mesmo servia de teste do site para ver quantos clicariam no link e quantos não clicariam e ainda sim, criticariam o site por sua suposta divulgação pornográfica.

Várias coisas me chamaram a atenção. Primeiro o fato de muitos criticarem o acesso ao vídeo pornográfico pelo Genizah, que é um site cristão, e que não divulgou o vídeo, e sim, testou a máscara de muitos. Achei uma sacada legal porque muitos preferiram criticar algo que "supostamente" se passa como erro e que deveria ser melhor pesquisado para a crítica ficar mais bem fundamentada.

A segunda coisa que eu achei muito interessante é que o pastor que se filmou "transando" com a fiel achou que colocando o vídeo em site pornográfico não seria flagrado por um crente porque sites pornográficos não são acessados pelos mesmos. Pois em menos de 24 horas todos da igreja já estavam sabendo. Como? Será que alguém assistiu? (risos).

Agora fico a pensar: Quem é mais errado? O pastor que pagou o motel e filmou a "parada", ou a fiel que cedeu o momento de alegria, ou o povo que assistiu ao vídeo, fingiu que não o fez e não tem tal costume com sites pornográficos e ainda "pagam" de santos? Ou será que é o Genizah que quis tratar das máscaras evangélicas e a hipocrisia de nosso meio e que na verdade só conseguiu ser condenado pelo suposto link (que está quebrado!) e se tornar mais culpado que todos nós (contando com os pecadores ativos do assunto)?

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Império Romano: Série de vídeo-aulas - Depoimentos - 5-5

Por Carlos Chagas

E finalizamos aqui com o último vídeo da série "Império Romano: Ascensão e Queda" com os depoimentos dos grandes e pequenos de Roma, parte 5 de 5:

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Império Romano: Série de vídeo-aulas - Depoimentos - 4-5

Por Carlos Chagas

Continuamos com a série "Império Romano: Ascensão e Queda" com os depoimentos dos grandes e pequenos de Roma, parte 4 de 5: