segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Feliz ano novo - 2013 - Votos de um cristão

Por Carlos Chagas

(Clique na imagem caso queira vê-la maior)


Carlos Chagas - Ano novo - 2013 - Canson e lápis aquarelável Koh I Noor
Parece que como papagaios
Assim como todo fim de ano
Desejamos um feliz ano novo
Mas por dentro um mero tagarelar

Todo novo ano entramos de branco
Assim como a noiva em seu casamento
Durante os dias prostituimos
Para em uma noite fingirmos com falso contentamento

Taças de champagne eu bebo
Com todos eu brindo
Até com aqueles que nunca converso
Até com aqueles que a morte desejo

É! Morte desejada,
Passiva ou ativamente!
Desde um tiro a uma sonegação
Disfarçada com um beijo ou brinde de comemoração!

Desejo paz, amor, felicidades.
Desejo tudo de bom que na prática não faço.
Pratico ódio, falsidades e egoísmos,
Tudo aquilo que ocultamente denota falsidades.

Todo ano escuto: Esse vai ser diferente!
Todos dizem, esse será melhor!
Mas a prática é que diz,
Se o ano foi melhor ou pior!

Século XX se passou,
legado humano se desenhou!
Duas grandes guerras o homem desencadeou
Mortos ao milhões: gente com sonhos se deixou!

Entra-se o século XXI: Era do renascimento religioso
Renasce também os erros de outrora,
Roubos, simonia e permutas
De nada se difere, das antes chamadas divinas prostitutas

Não espero um ano melhor
Nem quero um ano melhor
Bom é receber sem esperar,
do que esperar e não receber.

Não espero ano melhor
Sei que isso eu já falei
O que quero é não ser pior
do que neste ano já pratiquei.



Poema nostálgico mas sincero. Ser cristão não é ser falso. Ser cristão é buscar a verdade, ser verdadeiro e lutar para o melhor.

Desenho feito por mim mesmo (podem piratear, copiar, redesenhar, trocar o nome, não me importo) após 9 meses de curso de desenho artístico. Nunca desenhei. Nunca fiz uma forma sequer. Portanto, antes de dizer que certas coisas só se faz quando se tem o dom lembre-se que até sem o dom dá para se fazer. Basta querer. Não será fácil, pois o dom é um facilitador. Mas não é impossível.

Material usado no desenho:

Lápis aquarelável Koh I Noor Mondeluz
Papel Canson Color A4 120g/m2 negro com PH Neutro

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Islã: Seu significado, doutrina, vida religiosa e teologia - PARTE 1/3

Por Carlos Chagas

Atenção: Este artigo é uma trascrição literal de um trecho do livro chamado "O livro das Religiões" de Gaarder, Notaker e Hellern exceto pelas figuras. Os méritos são dos autores.

O que significa a palavra islã?

O islã teve origem na Arábia e ainda hoje está intimamente relacionado à cultura árabe. Entre outras razões, porque o livro sagrado dos muçulmanos, o Corão ou Alcorão, foi escrito em árabe. Em conseqüência, o elemento árabe é importante no islã, embora hoje só uma minoria dos muçulmanos seja árabe. O islã está amplamente difundido em vastas regiões da África e da Ásia, e é praticado por uma sétima parte da população do mundo (por volta de 15%). Atualmente é a segunda maior religião do planeta depois do cristianismo, e grandes levas de imigrantes asiáticos e africanos o transformaram também na maior religião de minorias étnicas na Europa. 

A palavra árabe íslam significa "submissão". É um significado forte. Percebe-se na raiz do nome algo essencial nessa religião: o homem deve se entregar a Deus e se submeter a Sua vontade em todas as áreas da vida. Trata-se da condição para ser muçulmano, palavra árabe que tem a mesma raiz que
íslam.

Como religião, o islã não compreende apenas a esfera espiritual, mas todos os aspectos da vida humana e social. A interpretação da lei, o direito, sempre ocupou um lugar relevante na história do islã. Na maioria dos países islâmicos, os que têm conhecimentos jurídicos costumam atuar como
líderes religiosos. Não existe um sacerdócio organizado.

Uma descrição geral do islã se divide em três tópicos principais:
  • credo (monoteísmo e revelação);
  • deveres religiosos (os cinco pilares), e
  • relações interpessoais (ética e política).
Antes de examinar esses aspectos, porém, é indispensável dizer algo acerca do fundador do islã: Maomé, Mohammed ou Muhammad.

Maomé

Por muito tempo o islã foi conhecido no Ocidente como "maometanismo", em razão da forte influência do profeta Maomé sobre o islã.

O islã, a mais recente das grandes religiões mundiais, remonta a Maomé, que nasceu em Meca, na Arábia, no final do século VI, por volta de 570 d.C. Filho de uma das principais famílias da cidade —
importante centro comercial e posto de parada para as caravanas que transitavam pela península Arábica —, Maomé ficou órfão ainda criança. Um de seus tios, Abu Talib, cuidou dele e o sustentou quando ele começou a fazer suas prédicas. Foi esse mesmo tio que levou Maomé a trabalhar como condutor de camelos para Khadidja, a rica viúva de um mercador, de excelente família, que embora quinze anos mais velha que ele, mais tarde se tornou sua esposa. Khadidja foi a primeira a seguir Maomé quando ele lhe falava das revelações que tinha; ela exerceu bastante influência em seu desenvolvimento religioso. Maomé nunca teve outra esposa.

A formação religiosa de Maomé

Meca era não apenas um importante centro comercial, mas também um dos centros religiosos da Arábia. As tribos nômades que viviam próximas à cidade já consideravam sagrada a pedra negra de Meca, que recebia peregrinações bem antes da época de Maomé. Porém, tanto em Meca como entre os beduínos, cultuavam-se e se adoravam muitos deuses e seres sobrenaturais. Com freqüência, tratava-se de deuses tribais, já que a tribo e a família eram centrais para o modo de vida dos nômades. Não existia nenhum sistema legal fora da tribo. Se um indivíduo transgredisse as leis e os costumes desta, era expulso como fora-da-lei.

A tribo era unida pelos laços de sangue. Se um de seus membros fosse assassinado, a linhagem da tribo sofria. Essa perda tinha de ser compensada por uma vingança, prática bastante difundida, que
resultou em diversas rixas sangrentas entre as tribos beduínas.

Na época de Maomé, em muitos lugares a transição da sociedade beduína nômade para uma sociedade urbana mais fixa ia causando a extinção da religião tradicional. Em decorrência disso, aumentou a influência das duas grandes religiões, o judaísmo e o cristianismo. Maomé foi particularmente influenciado pelo monoteísmo e pela noção de fim do mundo acompanhado do Juízo Final.

Os judeus se estabeleceram em toda a Arábia depois da queda de Jerusalém e da destruição do Templo, no ano 70 d.C, e aos poucos passaram a adotar a língua e o estilo de vida árabes, ao mesmo tempo que mantinham sua própria crença e seu culto mosaico.

Também o cristianismo se espalhou rapidamente por todo o Oriente Médio durante os primeiros séculos da nossa era. Havia Estados cristãos como a Abissínia (atual Etiópia). Muitas tribos beduínas se converteram ao cristianismo, e era possível encontrar cristãos entre os escravos e as camadas inferiores em Meca.

Provavelmente foram os monges e eremitas cristãos, os quais viviam isolados do mundo no deserto da Arábia, que exerceram a maior influência sobre Maomé. A atitude do Corão para com esses cristãos, que estimavam mais a comunhão com Deus do que o comércio, é uma atitude positiva. Devotos e generosos, eles ajudavam os viajantes no deserto.

É necessário que compreendamos o panorama religioso extremamente complexo da Arábia para podermos apreciar o crescimento do islã.

Deus se revela a Maomé

Todo ano, Maomé se retirava para uma caverna numa montanha dos arredores de Meca, onde meditava. Esse também era o hábito dos monges e eremitas cristãos, que, diferentemente de Maomé, fundamentavam suas meditações em algum texto ou passagem selecionada, em geral dos evangelhos. Ao completar quarenta anos, Maomé teve uma revelação na caverna. O anjo Gabriel de repente lhe apareceu com um pergaminho e ordenou a ele que o lesse. Maomé respondeu que não sabia ler, e o anjo disse:

Recita em nome do teu Senhor, que criou, criou o homem a partir
[de coágulos de sangue.
Recita! Teu senhor é o Mais Generoso, que pela pena ensinou ao
[homem o que ele não sabia.

Em árabe, a palavra recitar tem a mesma raiz que Curan, que significa "ler", ou "ler alto". O Corão é o livro sagrado dos muçulmanos e reúne as revelações de Maomé. Assim, os muçulmanos, do mesmo modo que os judeus e os cristãos, passaram a ter um texto sagrado. O Corão só foi escrito depois da morte de Maomé. Seus 114 capítulos (suras) foram arranjados de maneira tal que os mais longos vêm primeiro, mesmo os que Maomé recebeu numa data posterior aos mais curtos. A exceção é a sura 1, no início do Corão.

De Meca a Medina

Depois de sua revelação, Maomé começou a pregar em Meca. Ele se proclamou profeta ou mensageiro de Deus, o que foi visto pelas famílias poderosas de Meca como uma tentativa de usurpar a autoridade política da cidade. Grupos importantes também se opuseram a suas afirmações de que Alá era o único e verdadeiro Deus. Se fossem jogar fora todos os velhos deuses e deusas que seus antepassados adoraram, estariam reconhecendo que estes tinham sido pagãos.

A oposição a Maomé cresceu. Após a morte de seu tio e de sua esposa, as coisas pioraram cada vez mais para o profeta e seus seguidores em Meca. Nesse ínterim, Maomé havia atraído outros seguidores na cidade de Medina, os quais estavam prontos para aceitá-lo como um dos seus. Assim, em 622, ele saiu de Meca em segredo e alguns dias depois chegou a Medina, onde seus seguidores já o esperavam.

A emigração de Maomé é conhecida em árabe como a Hijra (Hégira), que significa "rompimento" ou "partida". Maomé rompeu com a própria comunidade, os parentes e sua cidade natal. Não se tratou de uma fuga, mas o fato foi comparado à história bíblica de Abraão que, atendendo à ordem de Deus, deixou seu lar em Ur, na Mesopotâmia.

Maomé como líder religioso e político

Em Medina, Maomé logo se tornou um líder religioso e político. Assaltando as caravanas que pertenciam às famílias de Meca, conseguiu se firmar financeiramente. Essas atividades faziam parte de sua luta para obter o controle da cidade de Meca, com seu acesso à relíquia sagrada da Caaba, e também para difundir a nova religião. O nome dado a essa batalha, ou luta jihad —, é o mesmo que mais tarde foi empregado para designar a guerra santa. A luta pela causa de Alá ganha precedência sobre todos os outros interesses, bem como sobre as tradições e os conceitos morais e religiosos herdados do passado.

Na década seguinte, Maomé tomou a cidade de Meca e, por meios militares e diplomáticos, subjugou grande parte da Arábia. Antes de morrer, em 632, ele tinha conseguido unir o país e transformá-lo num só domínio, onde a religião se tornara mais importante que os antigos laços familiares e tribais.

O cisma no Islã após Maomé

Quando Maomé morreu, os muçulmanos passaram a ser liderados por califas, ou sucessores. Os três primeiros califas eram parentes do profeta ou estavam entre os primeiros convertidos. O quarto califa, que se chamava Ali, era filho do tio de Maomé, Abu Talib, e portanto seu primo. Mas Ali era também genro de Maomé, casado com sua filha, Fátima.

O cisma no mundo islâmico começou na época de Ali. Sua liderança foi repleta de controvérsias, e ele acabou assassinado pelos adversários. Desde a morte de Maomé, seus seguidores acreditavam que Ali, por ser o parente mais próximo do profeta, era o sucessor natural. O partido de Ali, ou Shiat Ali, formou a base para o ramo do islã que hoje é conhecido como Shia, adotado como a religião oficial do
Irã.

Assim, a principal dissidência no islã não foi causada por uma divisão ideológica, mas por um desacordo sobre quem devia ser o líder. A facção xiita (Shiat Ali) acreditava que o líder devia ser um
descendente direto do profeta, ao passo que a facção maior, a sunita, julgava que a liderança cabia ao indivíduo que de fato controlava o poder.

Após a morte de Ali, o califado teve sede em Damasco por algum tempo e a seguir instalou-se em Bagdá, onde permaneceu por um período de quinhentos anos. Depois disso, a liderança passou para o sultão turco de Istambul. O último sultão foi derrubado em 1924, e desde então o mundo islâmico deixou de ter um califa como líder.

A difusão do Islã

Não obstante o cisma, o islã se espalhou rapidamente. No século seguinte à morte de Maomé, as duas grandes potências da época, o Império persa e o Império bizantino, entraram em declínio. O vácuo foi preenchido pelos conquistadores árabes, que tinham uma nova religião pela qual lutar. Partindo do Norte da África, eles atravessaram o estreito de Gibraltar, entraram na Europa e chegaram até Poitiers, na França, onde foram detidos. Durante vários séculos os árabes dominaram a metade sul da península Ibérica, a Andaluzia, onde ainda se encontram vestígios da cultura árabe.

Apesar do colonialismo europeu do século XIX, até hoje o islã predomina no Norte da África, de onde se espalhou por vastas áreas da África Oriental e Ocidental.

Logo que se iniciou, o islã avançou para o Oriente, em direção à Índia e à Indonésia. Quando a Índia, antiga colônia britânica, conquistou sua independência, temendo a explosão de uma guerra entre hindus e muçulmanos, estabeleceu dois Estados separados: a Índia, com maioria hindu, e o Paquistão, com maioria muçulmana. O Paquistão Oriental depois se tornou independente, com o nome de Bangladesh.

Atualmente o grande movimento pan-islâmico se divide em Estados-nações que lutam por uma maior unidade muçulmana internacional, mas também competem entre si pela liderança. Nos últimos anos os países europeus receberam um grande número de imigrantes muçulmanos vindos da África e da Ásia, o que levou o islã a se tornar a segunda maior religião da Europa de hoje.


REFERÊNCIA:

GAARDER, Jonstein; NOTAKER, Henry; HELLERN, Victor. O livro das Religiões. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. págs.:118-123.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Os Reis de Israel segundo estudos da NatGeo

Por Carlos Chagas

O vídeo abaixo foi apresentado pela NatGeo na série "Mistérios da Bíblia" onde se relata a vida de Davi e Salomão, dois reis de Israel que detiveram, talvez, a era ouro da nação em suas mãos.




Um pouco mais sobre os reis de Israel:

Se for levado em conta a política e economia de Israel pode-se dizer que sua era ouro se deu no período governado por Davi e seu filho Slomão, o qual soma cerca de 75 anos. As tribos, que antes eram pouco ligadas umas às outras foram agrupadas por uma monarquia poderosa que ditou as regras por quase 4 séculos.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Ah se hipocrisia matasse...

Por Carlos Chagas

Lendo alguns artigos na net percebi uma enorme repercussão em Sergipe após um pastor se envolver sexualmente com uma fiel da igreja. O pastor, além de se envolver com a fiel ainda preferiu gravar um vídeo pornográfico dele com a mulher e depois postá-lo em um site pornográfico achando que nenhum fiel cristão iria lá assistir.

Pois bem. Lendo a matéria no Genizah (para lê-la clique aqui) percebi que muitos, além de chocados com a atitude do pastor ainda mais chocados se tornaram quando perceberam a mensagem do site "O vídeo da performance sexual do pastor visto pela congregação está AQUI." Muitos foram os que condenaram o site por divulgar a pornografia não sabendo que o link se referia à reportagem local sobre o assunto e que o mesmo servia de teste do site para ver quantos clicariam no link e quantos não clicariam e ainda sim, criticariam o site por sua suposta divulgação pornográfica.

Várias coisas me chamaram a atenção. Primeiro o fato de muitos criticarem o acesso ao vídeo pornográfico pelo Genizah, que é um site cristão, e que não divulgou o vídeo, e sim, testou a máscara de muitos. Achei uma sacada legal porque muitos preferiram criticar algo que "supostamente" se passa como erro e que deveria ser melhor pesquisado para a crítica ficar mais bem fundamentada.

A segunda coisa que eu achei muito interessante é que o pastor que se filmou "transando" com a fiel achou que colocando o vídeo em site pornográfico não seria flagrado por um crente porque sites pornográficos não são acessados pelos mesmos. Pois em menos de 24 horas todos da igreja já estavam sabendo. Como? Será que alguém assistiu? (risos).

Agora fico a pensar: Quem é mais errado? O pastor que pagou o motel e filmou a "parada", ou a fiel que cedeu o momento de alegria, ou o povo que assistiu ao vídeo, fingiu que não o fez e não tem tal costume com sites pornográficos e ainda "pagam" de santos? Ou será que é o Genizah que quis tratar das máscaras evangélicas e a hipocrisia de nosso meio e que na verdade só conseguiu ser condenado pelo suposto link (que está quebrado!) e se tornar mais culpado que todos nós (contando com os pecadores ativos do assunto)?

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Império Romano: Série de vídeo-aulas - Depoimentos - 5-5

Por Carlos Chagas

E finalizamos aqui com o último vídeo da série "Império Romano: Ascensão e Queda" com os depoimentos dos grandes e pequenos de Roma, parte 5 de 5:

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Império Romano: Série de vídeo-aulas - Depoimentos - 4-5

Por Carlos Chagas

Continuamos com a série "Império Romano: Ascensão e Queda" com os depoimentos dos grandes e pequenos de Roma, parte 4 de 5:

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Império Romano: Série de vídeo-aulas - Depoimentos - 3-5

Por Carlos Chagas

Segue a série "Império Romano: Ascensão e Queda" com os depoimentos dos grandes e pequenos de Roma, parte 3 de 5:

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Império Romano: Série de vídeo-aulas - Depoimentos - 2-5

Por Carlos Chagas

Continua a série "Império Romano: Ascensão e Queda" com os depoimentos dos grandes e pequenos de Roma, parte 2 de 5:

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Império Romano: Série de vídeo-aulas - Depoimentos - 1-5

Por Carlos Chagas

Retomando a série "Império Romano: Ascensão e Queda" com os depoimentos dos grandes e pequenos de Roma, parte 1 de 5:

terça-feira, 6 de novembro de 2012

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Afinal, para que veio a Reforma Protestante?

Por Carlos Chagas

Na Idade Média, também chamada pelos cientistas e estudiosos da história com ênfase em características humanistas de Era das Trevas, existia apenas uma instituição cristã conhecida como Igreja Católica, da qual vinha as regras de como proceder e viver a fé que Cristo uma vez havia pregado. Para aqueles que vivam os regimentos desta igreja sua vida deveria seguir todas as regras da mesma. Caso contrário a punição poderia ser a excomunhão (viver no inferno desde já, segundo a fé da época) ou ser queimado como herege, punição esta utilizada para os mais pertinentes em ações e pensamentos contrários à fé católica.

Sabe-se que a Igreja Católica da época pregava e mandava em todo o Velho Mundo (Europa e Ásia), tendo dificuldades em evangelizar grande parte da Ásia e da África, todavia era uma grande igreja e um império religioso de pompa. Sua história não surgiu do nada. Uma história existe como precursão.

Após a morte de Cristo e dos apóstolos, os discípulos dos discípulos de Cristo, também chamados de Pais da Igreja, desenvolveram a doutrina da Igreja e toda a teologia que daria o tom principal das teologias que surgiriam mais tarde. Também nesta época elegeram os chamados Concílios como o ato mais nobre e valioso para se decidir quais regras deveriam se seguir, já que estes são leituras de si próprios e também da Bíblia.

Mas com o passar do tempo e de muitíssimos Concílios, a leitura da Bíblia foi abandonada e apenas os monges continuaram com a prática desta leitura. Estes se abdicaram de uma vida litúrgica eclesial isolando-se em mosteiros ou se refugiando em desertos como protesto contra uma Igreja Pomposa como era a Católica. Assim começa a desdenhar o que mais tarde seria a Grande Bomba que é a Reforma Protestante de 1517.

De 600 d.C. até 1400 d.C. o que se viu foram vários monges se abdicarem das regras eclesiais e se submetendo, muitos deles, às regras monásticas. Alguns inventaram para si regras de fé, algumas, até mesmo, absurdas. Existiram diversas ordens monásticas como beneditinos, agostinianos, clarissas, franciscanas, etc.

Como eram nas ordens monásticas que eram feitas compilações de textos e leituras da Bíblia foram ali mesmo que nasceram os primeiros revoltados com as posições absurdas que a Igreja Católica da época adotava. Esta, que antes era humilde e existia para pregar o bem e a preocupação com o próximo já não mais tinha este objetivo. Agora sua intenção era tão somente arrecadação de impostos e de subordinação do povo para suas próprias intenções. Com o tempo as arrecadações chegaram a números até hoje incalculáveis. Não só dinheiro mas posses de terras, títulos e de bens e órgãos de valores absurdos passaram a ser da Igreja. Esta ficou extremamente rica e pomposa e sua riqueza perdura e aumenta a cada dia até os dias atuais, porém agora, de forma mais aculta e discreta. Foi então, ainda na Era Medieval, veio a surgir o papa Leão X, que trazia consigo a vontade de reunificar a Igreja que estava se desfazendo devido algumas rixas e cismas, pregando um novo tipo de arrecadação: As indulgências. Estas já existiam, mas agora eram plenárias.

Indulgências eram documentos selados pelo próprio papa dando direito a uma pessoa de morrer e ficar por alguns milhares de anos no purgatório mas não pela eternidade como seria o caso de alguns. Entretanto com a indulgência plenária esta pessoa poderia ir direto para o céu sem passar pelo purgatório. Um sonho para muitos. Mas alguns, e estes, em grande parte monges, passaram a ir contra este sistema de arrecadação até serem punidos como hereges e serem queimados vivos ou enforcados, como foram os casos de Jerônimo Savonarola, John Wycliffe, John Huss, etc.

Mas em 1507 um monge agostiniano chamado Lutero, movido pelo mesmo espírito, passou a lutar pelos mesmos ideais e sua história teve um rumo diferente dos demais. Então, sem mais palavras, assista ao filme "Luther - Lutero" que está dublado logo abaixo:




Sabe-se que a intenção de Lutero não era de criar outra igreja mas de reformar a Católica, o que não aconteceu. Assim, nasceu uma nova forma de se seguir a Cristo: O Protestantismo. Este, após séculos está tendo tendências idênticas as da Igreja Católica Medieval no que tange à arrecadação de impostos (dízimo e ofertas) na promessa de vida melhor de um lugar no céu. 

A pergunta que me faço todos os dias: Será que Lutero lutou por nada? Será que a Igreja jamais retornará ao que jamais deveria se desviar, a saber, do Evangelho? Fica aí a reflexão.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

terça-feira, 23 de outubro de 2012

terça-feira, 9 de outubro de 2012

terça-feira, 25 de setembro de 2012

terça-feira, 18 de setembro de 2012

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Livro Cristo e Cultura de Richard Niebuhr para download

Por Carlos Chagas

Escrito por Richard Niebuhr Cristo e Cultura é um livro que possui uma análise precisa e insubstituível da relação entre fé e cultura, cristianismo e civilização, como um dos problemas centrais do nosso tempo - e que não se limita à esfera cristã, mas desafia todo o pensamento moderno.

É Cristo antagônico à Cultura? Pode esta ignorar o lugar de Cristo no pensamento contemporâneo? Richard Niebuhr dá cinco respostas ao problema da relevância de Cristo para os grandes conflitos de nossa era, em relação a questões especificamente sociais, éticas, educativas, políticas e econômicas.

Para baixar o livro em PDF clique aqui.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

A Espiritualidade Cristã dos séculos IV e V

Por Carlos Chagas

Marcada pelo papel do monge a espiritualidade dos séculos IV e V era a vida deste como mártir, o qual testemunhava sua fé e as realidade sobrenaturais, mediante à renúncia da própria vida. Ser religioso, ou ser cristão, nesta época em específico, era copiar o modelo monástico (vem de monges) transformando  a espiritualidade leiga numa espiritualidade baseada na perfeição, na literatura e na vida ascética (ascetismo é a negação dos prazeres dando lugar à moral e, neste caso, ao espiritual).

"Os pastores e escritores transformaram-se em mestres por sua ciência e santidade: surgiram as grandes sínteses do caminho espiritual (Basílio, Agostinho e Bento)" - Teologia da Espiritualidade Cristã - Danilo Bondoni.

Comparativo com a atualidade cristã evangélica:

Uma espiritualidade que preza não só a prática da fé e oração, mas também a leitura e os estudos, esta alia bem a razão e fé. Na contemporaneidade e, mais especificamente no meio evangélico, onde a fé é tão somente a hipervalorização do que é transcendente (espiritual) a parte racional do homem é posta de lado senão anulada. O que converge à razão já não tem mais valor.

Sabe-se que a espiritualidade primitiva alcançou bons frutos no campo teológico e que a mesma serviu para o melhor desenvolvimento do cristianismo. Todavia os dias atuais já não mais precisam do mesmo desenvolvimento, pois este já foi alcançado e agora é praticado. Entretanto, se faz necessária a manutenção e adaptação da teologia já adquirida por questões práticas. O homem é racional e necessitado de fé. Ambas as qualidades devem se aliar para que o homem seja nutrido em seu todo.

Seria importante para os evangélicos atuais a adaptação dos estudos e leituras sapienciais para a teologia prática atual a fim de que erros não venham a ser cometidos em toda a esfera cristã. Tal adequação da razão não deve, lógico, anular o objeto da teologia que é o próprio Deus. Assim, fica o desafio: Aliar a crença em Deus e sua necessidade por parte do homem a qual se alcança e se sacia por meio da fé e a utilização da razão, que é uma faculdade própria do ser humano, que o auxilia a ter maior ciência do que se deve fazer com a fé. Uma não anula a outra quando se tem equilíbrio.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Ukuleles Art Brasil - Divulgação

Por Carlos Chagas

Recentemente, ao conversar com um grande amigo meu, descobri que ele está vendendo Ukuleles (viola havaiana) pela internet. Assim, pensei em publicar aqui este artigo para deixar a dica de inserção de novos instrumentos nas igrejas, uma vez que o som destes Ukuleles são coisa de outro mundo. Abaixo algumas imagens e breves palavras do site:

Depois de iniciarmos nossa trajetória de vendas, 100% positiva no Mercado Livre, consulte o link abaixo http://perfil.mercadolivre.com.br/UKULELEARTBRASIL2012, identificamos a necessidade de atender a todos aqueles que gostam de música, curtem em ter um instrumento diferente ou querem conhecer, trabalham como música ou simplesmente procuram novos instrumentos musicais. 

"Nascemos assim... com DNA próprio, com produtos únicos para cada cliente e formas inovadoras de vender! Nossa parceria com o Luthier, traz ao Brasil produtos feitos com as melhores madeiras e ricos em detalhes feitos com Madre Pérola, que você poderá comprar na modalidade pré-venda, customizar seu instrumento, comprar a pronta entrega, encomendar e a grande novidade... a modalidade de "compra sem compromisso", onde você poderá nos dizer qual modelo de instrumento, customizado ou não, você gostaria de comprar e a Ukulele Art Brasil lhe avisa quando o instrumento chegar ou quando houver um similar a este disponível no estoque ou na Pré-venda. 

"A mente que se abre a uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho original." (Einstein) 


Imagens ilustrativas:



terça-feira, 28 de agosto de 2012

Aprendendo sobre o método alegórico de leitura bíblica

Por Carlos Chagas

A palavra alegoria é de origem grega que significa “outro sentido”. A alegoria busca dar para o texto um significado mais abrangente, profundo e oculto, mostrando um sentido além do sentido literal das palavras. Este método era usado pelos gregos para buscar uma explicação filosófica, ou seja, um sentido para a vida. Este método começou a ser usado como método de leitura bíblica a partir de um judeu chamado Filo, de Alexandria no Egito (13 a.C. 40 d.C.), que se preocupava em passar ao mundo grego as grandes verdades do Antigo Testamento. Filo tinha uma formação judaica e era leal ás instituições e costumes de seu povo; ele também tinha uma formação filosófica, especialmente no platonismo.

Platão foi um filósofo que viveu em Atenas entre 427?-347? a.C. Este formou o conceito de que o mundo em que a humanidade vive é apenas uma representação do mundo perfeito das realidades imateriais, o “mundo das idéias”. Uma mesa, por exemplo, é o reflexo da mesa perfeita que existe neste mundo ideal. Conceitos e verdades espirituais, próprios do “mundo das idéias”, são representados por alegorias.

É importante lembrar que no primeiro século, a cultura grega estava dominando o Império Romano, ameaçando a cultura judaica, daí foram criados dois tipos de escolas: A escola de Antioquia, na Síria, e a escola de Alexandria, no Egito. Foi nesta última que o método alegórico de leitura bíblica veio a ser adotado.

Houve muitos adeptos a este tipo de método, entre eles estão: Orígenes, Tertuliano, Santo Agostinho, Jerônimo, etc.

Quanto à sua aplicação na Bíblia, devemos observar dois sentidos: O primeiro é o sentido literal do texto, que se apresenta na própria letra do texto. Este é muito útil para os neófitos. O segundo é o mais profundo, que o sentido alegórico. Este busca um sentido mais espiritual, acessível somente a pessoas sensíveis e espirituais. É nítido também como em cada detalhe há um sentido.

No método alegórico, nota-se pontos positivos como a preocupação em ligar a Bíblia com a realidade vivida pelo povo de Deus, a leitura mais espiritual da Bíblia, que visa alimentar a fé e o amor e uma posição mais pastoral, onde se busca maior contato com o povo. Mas nota-se também pontos negativos como a pouca fidelidade ao texto, diminuição do caráter histórico de algumas passagens e algumas interpretações que chegam a ser absurdas.

APRESENTAÇÃO DO MÉTODO ALEGÓRICO DE INTERPRETAÇÃO DO TEXTO DE 
Lc 10:30-37 E DE Gn 14:14.

Antes da apresentação do texto, é muito importante lembrar que uma alegoria para ser aceita como tal, não pode ferir o contexto proposto pelo próprio texto. A alegoria deve ser baseada com a mensagem literal do texto, buscando não se perder em seu decorrer.

O primeiro texto que está proposto é a parábola do “bom samaritano” citado por Jesus Cristo a um doutor da Lei que o tentava. O texto é o seguinte: “E respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais os despojaram e, espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. E, ocasionalmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote e, vendo-o, passou de largo. E, de igual modo, também um levita, chegando àquele lugar e vendo-o, passou de largo. Mas um samaritano que ia de viagem chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão. E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, aplicando-lhe azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para a sua estalagem e cuidou dele. E, partindo ao outro dia, tirou duas dracmas, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele, e tudo o que de mais gastares eu to pagarei, quando voltar. Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai e faze da mesma maneira”.

Diante deste texto podemos observar claramente a mensagem que Jesus queria passar para o doutor da Lei. Este tentava Jesus para ver se Ele realmente conhecia a Lei, mas o doutor foi pego em sua própria cilada, quando Jesus lhe ditou esta parábola para testar seus conhecimentos e seu amor para com o próximo. O que Jesus queria na verdade, era mostrar que títulos e conhecimento nada valem sem a prática do que se conhece. Lendo a parábola pode-se observar que a mensagem literal era: Ame e se preciso for ajude o seu próximo quando este se encontrar necessitado.

Bom, a proposta deste trabalho não é de mostrar a interpretação literal, mas sim duas interpretações alegóricas como exemplo. O primeiro exemplo será uma interpretação totalmente fora da idéia central do texto, que já foi dito anteriormente. O segundo, será uma aplicação mais fiel, buscando reforçar a interpretação literal do texto aprofundando em seus detalhes.

1-Primeira interpretação alegórica: Lc 10:30-37.

O homem que descia de Jerusalém a Jericó retrata a vida de alguém que vive no mundo e que não quer um compromisso sério com Deus. Como este homem não buscava refúgio em Deus, ele se deparou com um bando de salteadores, que são os demônios que o destruiu espiritualmente, deixando-o meio morto (espiritualmente). Mais adiante da história, um sacerdote e um levita passam por ele, mas de forma indiferente. Estes dois representam os cristãos que só ligam para o título e que não importam com a situação que alguém possa estar, mesmo a situação sendo comovedora. Mas um samaritano, que representa um cristão mal falado pela comunidade, só que bem visto por Deus, resolve ajudá-lo fazendo de tudo a este ferido e oprimido, como se este fosse seu parente mais próximo. Para cuidar das feridas, o samaritano usa o óleo e o vinho que representam a unção do Espírito Santo e a remissão dos pecados pelo Sangue do Cordeiro vertido na cruz respectivamente. O samaritano ao deixar o homem na hospedaria, que representa a Igreja de Cristo, deixa duas dracmas que representam o Antigo Testamento e o Novo Testamento, ambos que são indispensáveis para a Salvação completa de todos os erros. O hospedeiro, que é o pastor da igreja, tem como função de cuidar, ensinar e prepará-lo para a volta de Cristo, que é simbolizada pelo samaritano em sua volta.

Nota-se que esta alegoria feriu completamente a regra para interpretação do texto bíblico em vários aspectos. Primeiro porque não seguiu a idéia literal que o texto por si expressa e segundo porque coloca interpretações dogmáticas e idéias concebidas na própria consciência do autor como tentativa de enriquecer as conclusões precipitadas, mas que na verdade acabou destruindo a essência da mensagem alegórica.

2-Segunda interpretação alegórica: Gn 14:14.

“Ouvindo, pois, Abrão que o seu irmão estava preso, armou os seus criados, nascidos em sua casa, trezentos e dezoito, e os perseguiu até Dã”.

Esta passagem era muito usada por Barnabé; um professor-catequista da escola de Alexandria, que é autor da Carta de Barnabé, que tem tendências gnósticas e com uma interpretação altamente alegórica do Antigo Testamento.

Barnabé ficou famoso com sua interpretação alegórica deste trecho bíblico, onde ele buscou provar que Abraão sabia não somente o nome de Cristo, mas até que Jesus haveria de morrer na cruz: “Filhos do amor, aprendei mais particularmente estas coisas: Abraão praticando por primeiro a circuncisão, circuncidava porque o Espírito dirigia profeticamente seu olhar para Jesus, dando-lhe o conhecimento das três letras. Com efeito ele diz: ‘E Abraão circuncidou entre os homens de sua casa trezentos e dezoito homens.’ Qual é, portanto, o conhecimento que lhe foi dado? Notai que ele menciona em primeiro lugar os dezoito e depois, fazendo distinção, os trezentos. Dezoito se escreve: I que vale dez, e H que representa oito. Tens aí: IH (sous) = Jesus. E como a cruz em forma de T devia trazer a graça, ele menciona também trezentos (=T). Portanto, ele designa claramente Jesus pelas duas primeiras letras e a cruz pela terceira”. Barnabé 9:7-8.

Apesar desta alegoria ser ainda hoje muito discutida por serem polêmicos os termos usados, é muito aceita pelos demais devido à sua erudição. É notável hoje o quanto que as igrejas evangélicas são influenciadas por este tipo de interpretação bíblica por esta ser uma interpretação “espiritualizante”. É com pesar que muitos cristãos ainda usam este método, que é tão lindo, como forma de oprimir e “escravizar” o povo de Deus.

Conclui-se então que o método de interpretação alegórica pode ser muito útil quando usada com inteligência e moderação por aqueles que vivem e pregam o Evangelho de Cristo. É uma ótima ferramenta de trabalho que dá mais gosto para quem escuta e até mesmo para quem recita. Deve ser usada sim, mas com muita atenção e provido de conhecimento!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

O Fruto do Espírito: Eu quero ser feliz

Por Carlos Chagas



É fato que todos querem ser feliz sempre, mas sabe-se que esse objetivo é, ao menos para os dias de hoje, impossível. Seguindo as tendências de mercado e do mundo parece que ser triste é mais fácil que ser feliz. Entretanto ser feliz é uma opção, um trabalho interno. Cabe a você querer ser e ser.

Enquanto cristão, motivos são os que não faltam para que você se regozije ainda que dias ruins estejam à tona. Vejamos em Rm 5.

1º A Esperança:

Devido à fé e confiança em Deus o cristão pode confiar sem ter que se desesperar pois sua fé diz para si que Deus está de olho e no controle. É por isso que sem fé é impossível agradar a Deus, já que sem fé já não é Deus que dirige o barco e sim o incrédulo.

É um erro o que as pessoas fazem depositando sua confiança em coisas tipo: dinheiro, fama, bens, trabalho, aparência, etc. Tudo isso é temporário, de menos a esperança em Deus, que traz frutos. 

"... regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes;..."
Rm12.12

2º Propósito Divino:

Poucos percebem que por mais que acabem seus grandes problemas pequenos problemas ainda existem e jamais acabarão. Geralmente, com o tempo, outros grandes problemas surgem. E então? Seria motivo para uma eterna tristeza? Não. A verdadeira alegria é desfrutar a vida apesar dos problemas. Não quer dizer que todos devem ser hipócritas e muito menos serem amantes do sofrimento. Mas a fé cristã está firmada no Evangelho de Cristo que diz que isso não é nada se comparado com a glória que há de vir. Além do mais, todo sofrimento traz consigo uma lição e, sendo assim, algo de bom, de útil.

Muitos cristãos têm consigo o complexo de mártir. Acham que por sofrer demasiadamente, mas crentes serão. Essa ideia é totalmente errada. O que diferencia um crente de um não crente em Deus é sua postura ante os problemas: Um acredita que aquilo não é o fim, enquanto o outro se desespera uma vez que já perdeu o controle da situação.

E lembre-se: "Tudo é questão de perspectiva"

  • Você pode ver um "gigante" ou um "incircunciso" à sua frente;
  • Você pode ver um "limão azedo" ou uma "gostosa limonada";
O sofrimento produz:
- Perseverança já que aprendemos a lidar com a pressão;

"E não somente isso, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança..."
Rm5.3

- Experiência (Rm 5.4) já que esta só vem com a confiança e esta confiança em Deus. Os problemas da vida produzem perseverança e caráter;
- Esperança (Rm 5.4) já que os problemas o ajudam a desenvolve-la. Mas sua esperança está estritamente ligada a Cristo e não aos bens materiais.

"... e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança".
Rm 5.4

3º A Reconciliação:

Em tempos que o material é o mais desejado muitas vezes os cristãos esquecem do que realmente vale a pena se alegrar: Com a Salvação. Paulo nos lembra disso em Rm 5.11. E caso você não consegue se alegrar com esta salvação medite em Is 43.2.

"... e não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação."
Rm 5.11

"Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando, pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti."
Is 43.2

Fórmulas cristãs para ser alegre

1- Desenvolva uma atitude de gratidão não "por" toda circunstância, mas "em" toda circunstância;

"Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco."
1Ts 5.18

2- Seja alegre nas suas contribuições. Contribua com fidelidade. Se você fosse ajudado por alguém "do nada", não seria algo bom? Pois é. Que tal ser esse ajudante e não o ajudado? Esse é o propósito do Evangelho. Pratique-o, entenda-o, e serás feliz;

3- Trabalhe baseado no Evangelho. Pratique o Evangelho integralmente, ou seja, não só na igreja mas até na hora de cumprimentar alguém ou outra atividade considerada de práxe. Faça como se fosse para o Senhor e não para homens (Ef 6.7-8);

"... servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens, certos de que cada um, se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra vez do Senhor, quer seja servo, quer livre."
Ef 6.7-8

4- Alegre-se e busque a conversão do próximo. Não deixe de falar e de praticar o Evangelho, é Nele que se encontra a vida;

"Eu vos afirmo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende."
Lc 15.10

5- Não siga cegamente a cultura atual. A alegria parece difícil porque os exercícios que a produzem vão contra o que a nossa cultura ensina. Nossa cultura diz: “Viva para si mesmo e se esqueça dos outros”. Jesus nos diz que a nossa alegria vem com o desenvolvimento de uma atitude de gratidão e distribuição de nossos bens materiais, nosso tempo e nosso conhecimento das Boas Novas. 

Fonte:
Baseado no estudo da EBD em forma de fichamento da Igreja Vale Verde. Para baixá-lo na íntegra clique aqui. Fica aqui meus eternos agradecimentos aos pastores, presbíteros e membros desta igreja. Que Deus os abençoe.

Caso queira baixar este artigo em formato de aula de EBD em doc clique aqui.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

O Apocalipse Maia: 21 de dezembro de 2012 é o limite?

Por Carlos Chagas



Parece que o ser humano é louco para que o mundo acabe! Durante a história humana milhares de datas foram marcadas como sendo o fim da vida na Terra. No que tange a datas cristãs, foram mais de 220 oficializadas (para ver clique aqui), mas, ao que dá para se ver, nenhuma se concretizou. Parece que o mesmo fim terá a tão falada profecia maia: De que o fim do mundo se dará em 21 de dezembro de 2012.

Essa mais nova profecia catastrófica não tem se mostrado assim, ao menos, para Hollywood, uma vez que uma megaprodução cinematográfica gerou milhões de dóllares para artistas e produtores no filma chamado 2012.

Entretanto, apesar de milhões de bytes na internet relatando o final do mundo para este ano e de filmes, jornais, revistas, artigos e estudos que buscam veracidade sobre tal fim sabe-se que os maias jamais previram isso, assim como não previram sua própria decadência e fim como civilização e nem a chegada de espanhóis às suas terras. "Não há registros de uma ocupação deles com o final dos tempos", diz a professora de História da América Etiane Caloy da PUC do Paraná. Ela continua dizendo: "... a data de 21 de dezembro é o final de um ciclo que dá início a um novo ano, somente isso". Assim, o que se diz sobre o fim do mundo revelado pelos maias é mera interpretação, e errada por sinal.

Alexandre Guida Navarro, professor de História da América pela UFMA afirma que para os maias a concepção sobre um possível fim do mundo é praticamente nula, já que vários dos mitos desse povo dão margem a diversas situações que privilegiam a criação do universo. Segundo Navarro: "Eles não acreditavam no fim do mundo simplesmente porque, para essa civilização, o mundo não tinha fim. Ao contrário, ele estava em constante transformação". Navarro é enfático em dizer que jamais se ouviu histórias ou ou referências sobre o fim do mundo desse povo. "Nenhuma comunidade atual tem essa 'memória' do fim do mundo [...] foi uma criação ocidental para atrair o público a temas especulativos ...", salienta. Quanto à escolha da data é porque o calendário Maia termina em 21 de dezembro. Talvez tenha sido apenas falta de tempo para esculpir em pedra sua continuação, especulam alguns.

Mas então, porque a escolha do dia 21 de dezembro de 2012? Entenda abaixo:

Os Maias possuíam, ao menos, 2 calendários. Um de fato era de uso oficial. O outro nem tanto mas talvez dos demais povos mesoamericanos. Todavia, era de extrema importâqncia para o povo maia registrar detalhadamente os acontecimentos históricos de seu povo como: coroação dos reis, fundação de cidades, surgimento de novas dinastias, etc. Outro detalhe é que possuíam concepção circular e cíclica do tempo baseada na observação dos astros. Isso fez com que elaborassem um calendário complexo e preciso subdividido. Vamos a estas subdivisões:

Haab: Calendário solar formado por 18 meses e 20 dias totalizando 360 dias. Os 5 dias restantes formam um mês conhecido como Wayeb, que acreditavam estar associado aos maus augúrios. Portanto, um ano de 365 dias como o nosso.

Tzolkin: Calendário religioso composto por 13 meses de 20 dias, que totalizam 260 dias. Era este calendário que regia a vida do povo, suas cerimônias e a organização das tarefas agrícolas.

Conforme os estudos de Navarro, estes calendários funcionavam intercaladamente como "engrenagens". Um dependia efetivamente do outro para "girar". Realizando-se contas matemáticas é perceptível que as datas só se encontrariam novamente após 52 anos. O primeiro dia do do primeiro mês de cada um deles só se repetiriam após esses 52 anos. Isso gera um terceiro calendário que é chamado de Roda Calendárica pelos estudiosos, já que preferem destacar a dinâmica de funcionamento dos calendários como "engrenagens".

Assim, ao terminar os 52 anos, para os Maias, era como se iniciasse um novo ciclo. Para eles o mundo passaria por um período de transformações, remodelação e reestruturação. Por isso, os maias destruíam seus templos e construíam outros em cima. Ou então destruíam cidades e criavam novas formas. Ao estudar as estruturas das pirâmides maias é percebido que as mesmas são construídas como um bolo: feitas a partir de “fatias”, as quais eram construídas ao final de cada ciclo de 52 anos. E qual era o objetivo? Garantir o equilíbrio cósmico.

No fim da Roda Calendárica era comum o derramamento de sangue como ritual de boas vindas à renovação. Esse derramamento poderia ser por decaptação ou por cardiotecmia (retirada do coração ainda pulsando do peito da vítima). Tal ritual era de extrema importância religiosa pois o sangue é o líquido vital. É com ele que o universo veio a ter vida.

Ainda há outro calendário chamado de Longa Contagem que é composto de um ciclo com 5125,37 anos ou 1 milhão 872 mil dias d o qual foi descoberto uma possível relação entre o nosso calendário gregoriano. Ao se comparar ambos descobriu-se que a última data de início do ciclo da Longa Contagem foi no dia 11 de agosto de 3114 a.C. Assim, para místicos e crédulos 21 de dezembro de 2012 é uma data muito importante.



Fonte:
SILVEIRA, Evanildo da. Apocalipse: O fim do mundo. O último calendário. Super Interessante, São Paulo, n.291, p.18-25, maio 2011.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

O Fruto do Espírito: Aprendendo a amar

Por Carlos Chagas



Apesar de ser uma palavra de apenas 4 letras o amor é uma das expressões mais usadas no mundo e, para muitos, é algo bastante conhecido e experimentado. Entretanto, devido ao uso exacerbado da mesma seu conceito ficou deturpado e desgastado. Atualmente usa-se a palavra amor para se expressar qualquer tipo de sentimento ou ação que, por senso comum, denote o bem. Sendo assim, seu uso passou a ser de forma impensada e errada às vezes, caracterizando certa incompreensão sobre o que seja o amor.

Fato é que é impossível dar ou receber o amor quando não sabemos e nem mesmo compreendemos o que é. O significado do amor é diluído quando é usado para adjetivar ou expressar algo que não condiz com sua esfera de ação. Por exemplo quando uma pessoa diz: "Amo esse time!"; "Amo viajar!"; "Eu amo meu cachorro"; etc.

Em 1Co 13 está escrito: "Agora permanecem estes três: a fé a esperança e o amor, mas o maior destes é o amor." O amor é o primeiro fruto do Espírito mencionado em Gl 5. Mas o amor do qual a Bíblia fala é o mesmo que todos conhecem? É um sentimento?

Amor não é um sentimento e sim um dom. O amor produz sentimentos, é diferente de ser um sentimento. E friozinho na barriga é apenas uma sensação. Vale dizer que o amor não é incontrolável como diz a frase: "Não tenho culpa de estar amando!", ou "Não tenho culpa se amo demais!". Tais frases soam como se o amor fosse algo incontrolável ou aleatório e sem escolha. Porém encontramos na Bíblia diversas passagens onde percebemos que o amor é algo controlável e de escolha.

Para amar, segundo os conselhos bíblicos, é necessário (1º) escolher tal coisa:

"Acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição".
Cl 3.14

Para que o amor esteja acima de tudo é necessário desejar que o mesmo esteje lá. Necessita-se esta escolha. E além disto (2º) o amor é questão de conduta. Amar gera ação. Este só o é quando praticado:

"Filhinhos, não amemos de palavras, nem de língua, mas de fato e de verdade."
1Jo 3.18

Não adianta apenas dizer: “Eu te amo tanto que morreria por você!”. É necessário levar a cabo isso, quando necessário.

A título de informação:

Os Gregos tinham quatro palavras para expressar tipos diferentes de amor:
1- Storge - Que significa afeição natural;
2- Eros - Que significa atração sexual;
3- Philia - Que significa afeição emotiva;
4- Ágape - Que significa amor incondicional, altruísta ou sacrificial.

Tais conceitos gregos sobre o que seja amor vieram para tentar explicar as diferentes formas de amar. Para o brasileiro, que é restringido apenas ao seu português e à palavra amor, fica mais difícil a compreensão, sendo necessária a intervenção de figuras explicativas como: Amar um filho não é o mesmo amor de amar o marido. Possui nuances diferentes. Mas os dois são amor.

Aprofundando um pouco mais nos estudos bíblicos percebe-se que Jesus jamais exigiu que tivéssemos afeto por todas as pessoas. Ele próprio não nutria afinidade e simpatia com a maioria dos fariseus. Ninguém é obrigado a gostar de todo mundo. Entretanto não se é permitido não amar, ao menos, uma pessoa. Amar é uma obrigação de todos e o princípio do Evangelho de Cristo. Assim, se deseja viver este amor segue alguns passos que podem lhe ajudar.

1- Experimente o amor de Deus

"E, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus".
Ef 3.17-19

Ame e perdoe as pessoas não porque elas merecem. Talvez o perdão não evite a consequência do pecado mas fará bem ao seu coração já que as pessoas que lhe magoaram algum dia, não poderão continuar a fazê-lo, uma vez que seu coração se desvencilhou dos grilhões que o prendiam ao sofrimento.

2- Tenha pensamentos de amor

"Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros. Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus".
Fl 2.4-5

O verdadeiro amor se liga no outro. É puro altruísmo, o qual não anula quem o oferece. Procure pensar no seu próximo, pois há sempre pessoas que têm problemas maiores que os seus, lembrando que aqueles que são mais desagradáveis e menos amáveis são as que mais precisam de amor.

A quem ama é necessário focar as necessidades além das falhas. Nem sempre amar muda os sentimentos, mas sutilmente o amor muda os pensamentos. E mudando os pensamentos não só a conduta mas os próprios pensamentos desta vão melhorando.

Amar nem sempre é oferecer agrados, às vezes são necessárias as "palmadas". É como um filho que não obedece a ordem verbal e necessita da vara como correção. Assim é o adulto que não aprende com a bondade. Às vezes, em amor, é necessária a ação mais ríspida. Todavia jamais é aceitável uma ação que não seja em amor.

3- Aja com amor

"Digo-vos, porém, a vós outros que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam; bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam."
Lc 6.27-28

Amar as pessoas das quais não gostamos não é hipocrisia, como muitos dizem, mas é, antes de tudo, sinal do que é verdadeiramente amor. O amor tem a paciência de aguardar sua plena manifestação aos homens. Suportar uma pessoa que você não gosta com mansidão e humildade é algo que você faz por estar em amor. Leia o versículo abaixo que ilustra melhor isto:

"...com toda humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor;"
Ef 4.2

4- Aguarde o melhor

"... tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."
1Co 13.7

Apesar de o ser humano querer viver aquilo que é atribuído a si, a proposta do Evangelho é ir além disso: É viver o amor mesmo que o ódio seja a única coisa visível na vida. O amor é contagioso e modifica as pessoas. Esteja disposto a amar as pessoas tal como você quer que elas sejam. E caso você ainda não saiba como reviver um amor perdido a tempos sigas os passos que o próprio Jesus deu à Igreja de Éfeso:

1- Lembra-te de onde caíste;
2- Arrepende-te;
3- Volta à prática das primeiras obras (Ap 2.4-5);

A vida tem cores que aumentam ou diminuem conforme a intensidade do amor. Pense nisso!

Fonte:
Baseado no estudo da EBD em forma de fichamento da Igreja Vale Verde. Para baixá-lo na íntegra clique aqui. Fica aqui meus eternos agradecimentos aos pastores, presbíteros e membros desta igreja. Que Deus os abençoe.

Caso queira baixar este artigo em formato de lição de EBD clique aqui.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Divulgação de Registro de Candidaturas 2012

Por Carlos Chagas



Apesar que em tudo no Brasil tem corrupção o projeto Ficha Limpa vai aos poucos ganhando terreno. No link abaixo você pode conferir os aptos e inaptos de todo o Brasil para essas eleições de 2012 em um site do governo conhecido como "DivulgaCand". Nele você consulta os aptos e inaptos à prefeito e vereador. Façam bom uso do link e divulguem.


Um abraço e boas eleições a todos.


Instrução para uso do site:

1º- Na barra superior dos estados, clique no estado desejado;

2º- Mais abaixo você verá a opção "aptos", "inaptos" e "todos". Selecione a gosto;

3º- Mais ao lado tem o campo para digitar o município (cidade) para facilitar sua pesquisa;

4º- Perceba que nos campos de prefeito e vereador existirão um "+". Clicando neles abrirão os nomes dos candidatos (aptos ou inaptos dependendo da seleção feita acima);

5º- Existe abaixo do quadro de nomes dos municípios a opção de passar a página. Use-a caso necessário.

Clique na imagem para ampliá-la

terça-feira, 31 de julho de 2012

O Fruto do Espírito: Desenvolvendo o Domínio Próprio

Por Carlos Chagas

Quantos de nós já se pegaram em problemas? E quantos desses foram causados ou pioraram porque não houve um domínio próprio das ações? Sabe-se que muitos de nossos problemas são causados pela falta dessa virtude que é citada em Gl 5.22-23 a qual compõe o fruto do Espírito e que sempre estará ligada no "eu posso" ou no "eu não posso".

"Como cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não tem domínio próprio".
Pv 25.28

Uma pessoa que se domina sempre se regozijará no fato de ter segurança naquilo que pratica, pensa ou faz e também na competência que a mesma sempre terá. Mas para se ter domínio próprio é necessária a autodisciplina para que o ego, ou seja, o meu "eu", não me prive de atitudes melhores.

Assim como o atleta luta para alcançar mérito (1 Co 9.27) também deve ser a vida de um religiosos, mais especificamente, um cristão. Sem esforço não há vitória e esta só é alcançada com autodisciplina e autocontrole. Nas palavras de Epiteto "Nenhum homem é verdadeiramente livre até que se domine" e nas palavras de Jesus "...todo aquele que comete pecado é escravo do pecado" (Jo 8.34b).

Para aquele que não tem domínio próprio resta tentar consertar seu erro de falta de controle com remédios, livros de auto-ajuda, seminários, consultas médicas, entre outras, mas que na verdade pode ser consertado com a força de vontade partida de si próprio para domínio de suas vontades. Vejamos alguns passos interessantes para adquirir domínio próprio:

1- Admita seu problema

"Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz"
Tg 1.14

O domínio próprio cabe tão somente a você. E se você não teve esta capacidade já está na hora de reconhecer que você, e somente você, errou. A responsabilidade pela falta de domínio próprio é sua e você deve aceitá-la.

Muitos preferem escolher o caminho mais fácil e é a partir daí que se desdenha a falta de responsabilidade para consigo próprio. É em tais escolhas que fica latente a falta de compromisso da escolha correta.

Qual é o seu problema? Você tem orado pela solução dele?

2- Deixe o passado para trás

"Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus".
Fl 3.13-14

O versículo acima pode ser entendido que não é porque uma pessoa errou que ela irá sempre permanecer no erro ou que nunca irá superar o mesmo. Pelo contrário, esta passgem deixa claro que o erro do passado jamais deverá ditar seu futuro. O erro ou os erros do passado não devem ser vistos como fracasso, mas como lição. É errando que se descobre o que fazer para dar certo.

3- Não confie unicamente em seus sentimentos

Muitos erros na falta do domínio próprio nascem da confiança demasiada nos sentimentos. O ser humano tem por característica achar que tudo que é bom para si deve vir acompanhado de bons sentimentos. E nem sempre é assim.

Reflita em algumas das frases abaixo:

- Não sinto vontade de estudar;
- Não sinto vontade de trabalhar;
- Não sinto vontade de sair da cama;
- Não sinto vontade de ler a Bíblia;
- Sinto vontade de comer mais um prato;
- Sinto vontade de beber mais um pouco;
- Sinto vontade de assistir TV por mais 5 horas;

Nem sempre os sentimentos ditam o certo. Assim, cabe ao homem se refrear dos maus hábitos. Sentimentos e emoções não podem tomar sua autoridade. Os mesmos não podem manipulá-lo.

"Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus".
Tt 2.11-13

Em Deus você tem a capacidade de dizer não àquele desejo, sentimento ou impulso.

4- Creia que você pode mudar

O domínio de si só começa em você mesmo. Domine sua mente. Procure pensar, meditar e refletir naquilo que seja melhor para você. Agregue durante sua caminhada apenas o que gerará bons frutos. Assim, mais à frente você perceberá que o domínio próprio foi mais fácil também através da própria conduta controlada anteriormente.

Por três vezes na 1ª epístola de Pedro Deus nos exorta para sermos lúcidos e auto-controlados. Se você tem a possibilidade de escolher pensamentos é porque você será capaz de poder mudar seus hábitos. 

"E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus". 
Rm 12.2

Diante do versículo acima qual é a opção a ser levada a cabo? Esforço próprio ou força de vontade? Nenhuma das anteriores. O versículo chama a atenção para que haja mudança de mente. Tal mudança só começa (para o bem é claro) quando o coração está ligado em Deus. Vejamos os versículos abaixo:

"Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então a cobiça, depois de haver concebido, dá a luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte".
Tg 1.14-15

Perceba: O pecado nasce do olhar, segundo os versículos acima. Mas o pecado só toma lugar quando o coração está intimamente ligado ao que foi visto. Uma vez desejado (e isto ocorre no coração) dá lugar ao trabalho da mente (raciocinar o que deve ser feito). Assim o pecado já está praticado e este, quando levado ao fim, gera também consequências desastrosas.

Portanto, se o coração está ligado nas vontades e princípios divinos ao se olhar para algo impuro este não será desejado uma vez que o coração não estará em sintonia com o mesmo. Assim, o pecado será repudiado devido ao domínio próprio alcançado.

Todavia sempre há aquele pensamento que nos diz que a tentação foi mais forte que nossas forças. Leia a passagem abaixo e acredite na mesma:

"Não nos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar".
1Co 10-13

As forças vinda do Alto são inesgotáveis:

"Tudo posso naquele que me fortalece".
Fl 4.13

"Se podes! Tudo é possível ao que crê".
Mc 9.23

5- Seja responsável

"Se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; o cordão de três dobras não se rebenta com facilidade".
Ec 4.12

Ser responsável não é agir sozinho pensando ser um super-homem. Às vezes, o melhor, é compartilhar as dificuldades. É procurar ombro amigo. Portanto procure um amigo de confidências. Que este seja leal, mesmo gênero (mesmo sexo), que saiba guardar segredo e que tenha liberdade em questionar e criticar.

"Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo"
Gl 6.2

6- Evite a tentação

Parece impraticável e impossível evitar a tentação, mas acredite: É possível. Nada melhor que fazer você perder seu domínio próprio do que estando perto ou dentro do problema. Se você não consegue dominá-lo fuja! Evite situações que o fazem pecar. Se você não vence o enxame, evite aproximar-se das abelhas. 

Quando precisar agir, planeje suas ações. Não seja pego desprevenido. Evite situações que provoque tentação. Esteja um passo à frente. O momento em que você terá domínio próprio será o de antes da tentação ser iniciada. Se conseguires dominar a si antes da tentação, quando esta chegar será mais fácil para você.

"Nem deis lugar ao diabo"
Ef 4.27

Não dê margem para o erro. Evite as situações. 

"Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes".
1 Co 15.33

Talvez, em algum momento de sua vida, será necessário se afastar de uma ou mais pessoas. Esteja preparado. Evite pessoas e situações que o tentam a perder seu domínio próprio. 

7- Dependa do poder de Deus

"Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne".
Gl 5.16

Aquele que se entrega a Deus não terá tempo para pensar e/ou desejar o que é ruim. Mas caso peque, procure Deus ainda no pecado. Não procure se curar pelas próprias forças. Ninguém se cura para depois tomar o remédio. A sequência certa dará sua vitória.

"Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo sua boa vontade".
Fp 2.13

Diante de seu livre-arbítrio você pode tudo, mas só Deus sabe o que é melhor para si. Deixe-O escolher o que é melhor para você e pratique isso. Controle seus sentimentos e aprensa a dizer não ou sim quando é necessário. O segredo do domínio próprio é o controle de Cristo. Busque-O e vença!

Fonte:
Baseado no estudo da EBD em forma de fichamento da Igreja Vale Verde. Para baixá-lo na íntegra clique aqui. Fica aqui meus eternos agradecimentos aos pastores, presbíteros e membros desta igreja. Que Deus os abençoe.

Caso queira baixar este artigo em formato de lição de EBD clique aqui.