quinta-feira, 30 de junho de 2011

Mais um vídeo que demonstra a revolta de um brasileiro

Por Carlos Chagas

É fato que o Brasil evoluiu bastante desses anos para cá: A FIAT parou de produzir FIAT 147 para se produzir FIAT 500 e Stilo; de 87% de inflação (1989) no país decresce para 5,6%; de vencedores de copas do mundo nos tornamos sediadores da Copa das Confederações em 2013, Copa do Mundo em 2014, Copa América 2015 e Olimpíadas 2016, e por aí vai. Todavia, retrocedemos (e muito) naquilo que já está feito: Revêem-se leis que já estavam fechadas e prontas (PL122/2006); leis em favor da segurança trocadas pela LEI 12.403/2011; descaso com corrupção; etc.

Diante de tais problemas e "canalhices" nascem as vontades mais loucas de se tentar consertar o país. Muitas tentativas vêem à tona, mas sabe-se que não é colocando um palhaço no poder que tudo se resolverá (ou nada). O problema é que quando se reúnem para algo vira uma tremenda "viadagem" (no sentido literal do termo), não se atentando para o descaso dos mendigos, da educação brasileira, da discrepância das classes sociais, do aposentado, dos chamados "portadores de necessidades especiais", e por aí vai.

Com o sentimento de impotência cabe apenas ao povo desolado pelos seus representantes e pelos seus de suas respectivas classes, criar mensagens simples onde só se passa sua indignação e sua revolta. Dentre milhares dessas mensagens vi recentemente um vídeo no You Tube que me despertou interesse pelo mesmo. Assim, gostaria de publicá-lo aqui no blog, não para que seja apenas assistido, mas para que, segundo minha esperança, provoque alguém (ou um grupo) para se tornar o "corretivo" necessário para esse país que tem por brasileiros, em sua grande maioria, corruptos! E não digo isso me referindo a políticos, já que para ser um político na nossa nação deve-se, antes de mais nada, ser brasileiro.


terça-feira, 28 de junho de 2011

A importância de se conhecer as religiões e o campo religioso - Parte 1/4

Por Carlos Chagas

Atenção: Este artigo é uma trascrição literal de um trecho do livro chamado "O livro das Religiões" de Gaarder, Notaker e Hellern. Os méritos são dos autores.

O que é religião? É o batismo numa igreja cristã. É a adoração num templo budista. São os judeus com o rolo da Torá diante do Muro das Lamentações em Jerusalém. São os peregrinos reunindo-se diante da Caaba em Meca. 

Em seguida podemos perguntar: será que essas atividades têm alguma coisa em comum? Será que seus participantes compartilham algum sentimento semelhante a respeito do que fazem? E por que fazem o que fazem? O que isso significa para eles? E como afeta a sociedade em que vivem?

São essas as questões que as ciências da religião procuram responder. O pesquisador investiga de uma perspectiva externa todas as religiões, buscando semelhanças e diferenças, e tenta descrever o que vê. A descrição dele nem sempre é plena e exaustiva, se comparada aos sentimentos de um crente acerca de sua religião. É como o que acontece com a música. Um especialista em teoria musical pode explicar de que maneira uma composição foi construída, e descrever suas tonalidades e seus instrumentos, mas jamais conseguirá recriar a experiência que a música transmite. Isso é ainda mais óbvio quando se trata de comida. Um nutricionista pode explicar que certo alimento consiste numa dada mistura de componentes orgânicos, e que, se for resfriado a uma determinada temperatura, terá um gosto doce e fresco ao entrar em contato com o palato humano; mas isso nunca será a mesma coisa que tomar de fato um sorvete.

Isso não quer dizer que o estudioso das religiões não possa ser religioso. O escritor italiano Umberto Eco, falando das relações entre os estudos de literatura comparada e a própria literatura, fez a seguinte observação: “Até os ginecologistas podem se apaixonar”. O importante é não deixar que durante a pesquisa as crenças e os sentimentos pessoais influenciem o material que está sendo estudado. Esse distanciamento permite ao pesquisador divulgar informações sobre a religião que são valiosas tanto para o indivíduo como para a sociedade. 

POR QUE LER SOBRE AS RELIGIÕES?

 
Um rápido olhar para o mundo ao redor mostra que a religião desempenha um papel bastante significativo na vida social e política de todas as partes do globo. Ouvimos falar de católicos e protestantes em conflito na Irlanda do Norte, cristãos contra muçulmanos nos Bálcãs, atrito entre muçulmanos e hinduístas na Índia, guerra entre hinduístas e budistas no Sri Lanka. Nos Estados Unidos e no Japão há seitas religiosas extremistas que já praticaram atos de terrorismo. Ao mesmo tempo, representantes de diversas religiões promovem ajuda humanitária aos pobres e destituídos do Terceiro Mundo. É difícil adquirir uma compreensão adequada da política internacional sem que se esteja consciente do fator religião.

Um conhecimento religioso sólido também é útil num mundo que se torna cada vez mais multicultural. Muitos de nós viajam para o exterior, entrando em contato com sociedades que têm diferentes valores e modos de vida, ao mesmo tempo que imigrantes e refugiados chegam a nossa própria porta, confrontando-se com um sistema social que lhes é totalmente estranho. 

Além disso, o estudo das religiões pode ser importante para o desenvolvimento pessoal do indivíduo. As religiões do mundo podem responder a perguntas que o homem vem fazendo desde tempos imemoriais. 

TOLERÂNCIA

Tolerância,
ou seja, respeito pelas pessoas que têm pontos de vista diferentes do nosso, é uma palavra-chave no estudo das religiões. Não significa necessariamente o desaparecimento das diferenças e das contradições, ou que não importa no que você acredita, se é que acredita em alguma coisa. Uma atitude tolerante pode perfeitamente coexistir com uma sólida fé e com a tentativa de converter os outros. Porém, a tolerância não é compatível com atitudes como zombar das opiniões alheias ou se utilizar da força e de ameaças. A tolerância não limita o direito de fazer propaganda, mas exige que esta seja feita com respeito pela opinião dos outros. 

Os registros da história mostram inúmeros exemplos de fanatismo e intolerância. Já houve lutas de uma religião contra outra e se travaram diversas guerras em nome da religião. Muitas pessoas já foram perseguidas por causa de suas convicções, e isso continua acontecendo nos dias de hoje.

Com freqüência, a intolerância é resultado do conhecimento insuficiente de um assunto. Quem vê de fora uma religião, enxerga apenas suas manifestações, e não o que elas significam para o indivíduo que a professa. 

Para os cristãos, a sagrada comunhão tem um significado especial. No entanto, uma descrição objetiva do ato da comunhão não poderia oferecer uma visão real do que a comunhão representa para um cristão.

O respeito pela vida religiosa dos outros, por suas opiniões e seus pontos de vista, é um pré-requisito para a coexistência humana. Isto não significa que devemos aceitar tudo como igualmente correto, mas que cada um tem o direito de ser respeitado em seus pontos de vista, desde que estes não violem os direitos humanos básicos.

COMO COMEÇARAM AS RELIGIÕES? 
 
Foram registradas várias formas de religião durante toda a história. Já houve muitas tentativas de explicar como surgiram as religiões. Uma das explicações é que o homem logo começou a ver as coisas a seu redor como animadas. Ele acreditava que os animais, as plantas, os rios, as montanhas, o sol, a lua e as estrelas continham espíritos, os quais era fundamental apaziguar. O antropólogo E. B. Tylor (1832-1917) batizou essa crença de animismo. Tylor foi influenciado pela teoria de Darwin sobre a evolução. Segundo ele, o desenvolvimento religioso caminhou paralelamente ao avanço geral da humanidade, tanto cultural como tecnológico, primeiro em direção ao politeísmo (crença em diversos deuses) e depois ao monoteísmo (crença num só deus). Tylor concluiu que os povos tribais não haviam ido além do estágio da Idade da Pedra e, portanto, praticavam esse mesmo tipo de animismo. Hoje essa teoria do desenvolvimento foi rejeitada, e há um consenso geral de que animismo não é uma caracterização adequada para a religião dos povos tribais.
 
Alguns pesquisadores vêem a religião como um produto de fatores sociais e psicológicos. Essa explicação é conhecida como um modelo reducionista, pois reduz a religião a apenas um elemento das condições sociais ou da vida espiritual do homem. Karl Marx, por exemplo, sustentava que a religião, assim como a arte, a filosofia, as idéias e a moral, não passava de um dossel por cima da base, que é econômica. O que dirige a história, de acordo com ele, é o modo como a produção se organiza e quem possui os meios de produção, as fábricas e as máquinas. A religião simplesmente refletiria essas condições básicas. 

Nas modernas ciências da religião predomina a idéia de que a religião é um elemento independente, ligado ao elemento social e ao elemento psicológico, mas que tem sua própria estrutura. Os ramos mais importantes das ciências da religião são a sociologia da religião, a psicologia da religião, a filosofia da religião e a fenomenologia religiosa. 

DEFININDO A RELIGIÃO

Muitas pessoas já tentaram definir religião, buscando uma fórmula que se adequasse a todos os tipos de crenças e atividades religiosas -
uma espécie de mínimo denominador comum. Existe, naturalmente, até um risco nessa tentativa, já que ela parte do princípio de que as religiões podem ser comparadas. Esse é um ponto em que nem todos os crentes concordam: eles podem dizer, por exemplo, que sua fé se distingue de todas as outras por ser a única religião verdadeira, ao passo que todas as outras não passam de ilusão, ou, na melhor das hipóteses, são incompletas. Há também pesquisadores cuja opinião é que o único método construtivo de estudar as religiões é considerar cada uma em seu próprio contexto histórico e cultural. Contudo, há mais de um século os estudiosos da religião tentam encontrar traços comuns entre as religiões. O problema é que eles interpretam as semelhanças de maneiras diferentes. Alguns as consideram resultado do contato e do intercâmbio entre grupos raciais; segundo eles, as diferentes fés e idéias se espalharam do mesmo modo que outros fenômenos culturais, como a roda e o arado. Outros pesquisadores fazem comparações a fim de descobrir o que caracteriza o conceito de religião em si. É aí que as definições entram em cena. Vamos começar por algumas das mais famosas:

A religião é um sentimento ou uma sensação de absoluta dependência.
Friedrich Schleiermacher (1768-1834) 

Religião significa a relação entre o homem e o poder sobre-humano no qual ele acredita ou do qual se sente dependente. Essa relação se expressa em emoções especiais (confiança, medo), conceitos (crença) e ações (culto e ética).
C. P. Tiele (1830-1902) 

A religião é a convicção de que existem poderes transcendentes, pessoais ou impessoais, que atuam no mundo, e se expressa por insight, pensamento, sentimento, intenção e ação.
Helmuth von Glasenapp (1891-1963) 


REFERÊNCIA:

GAARDER, Jonstein; NOTAKER, Henry; HELLERN, Victor. O livro das Religiões. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. págs.: 13-17.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Será que precisamos de uma religião? Parte 4/4


Por Carlos Chagas

Atenção: Este artigo é uma trascrição literal do livro chamado "O livro das Religiões" de Gaarder, Notaker e Hellern. Os méritos são dos autores.

Alegria de viver 

Marianelia e Kim lutaram por idéias e valores em que acreditavam. Chegaram até a sacrificar a vida pelo que consideravam certo. Contudo, uma filosofia de vida não se manifesta somente em guerras e situações de tensão. Não se associa apenas a feitos heróicos e a grandes idéias. Nossa visão da vida também trata de coisas íntimas — como nossa atitude para com a família e os amigos, para com o trabalho e o lazer. Nossa perspectiva está ligada ao próprio modo como desfrutamos a vida. “Cada revoada de pombos é como um poema”, escreveu Marianella em sua carta. E Kim, sentado em sua cela à espera da morte, escreveu sobre as árvores na primavera e um sorriso carinhoso.

Se esses dois defensores da liberdade tinham alguma coisa em comum, era a experiência de que a vida é algo infinitamente precioso. As cartas de Kim e Marianella irradiam a experiência de valores fundamentais que para nós, na nossa vida diária, podem por vezes passar despercebidos.

Será que precisamos enfrentar a morte cara a cara antes de podermos experimentar a vida? Será que precisamos ver nossas idéias e nossos ideais ameaçados e pisoteados para que possamos compreendê-los?

“Os que nunca vivem o momento presente são os que não vivem nunca — e o que dizer de você?”, escreve o poeta dinamarquês Piet Hein, num de seus poemas. O pintor e escritor finlandês Henrik Tikkanen expressa uma idéia semelhante na seguinte máxima, ou aforismo, que nos dá o que pensar: “A vida começa quando descobrimos que estamos vivos”. 

Pense nisso!
Para voltar à 1ª parte clique aqui.
Referência Bibliográfica:

GAARDER, Jonstein; NOTAKER, Henry; HELLERN, Victor. O livro das Religiões. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. pág.: 11.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Será que precisamos de uma religião? Parte 3/4

Por Carlos Chagas

Atenção: Este artigo é uma trascrição literal do livro chamado "O livro das Religiões" de Gaarder, Notaker e Hellern. Os méritos são dos autores.

Face a face com a morte 

Duas histórias reais demonstram como a vida cotidiana pode estar interligada a profundas questões existenciais. A primeira se passou durante a Segunda Guerra Mundial; a outra, na América Central de nossos dias. 

Quando Kim Malthe Bruun tinha dezessete anos, a guerra estourou e ele testemunhou a profanação de importantes valores humanos por parte de uma potência estrangeira invasora. Após um ano, em 1941, Kim foi ser marinheiro, mas no outono de 1944 desembarcou na Dinamarca e entrou no movimento ilegal de resistência. Alguns meses depois acabou preso pelos alemães, e em abril de 1945 foi condenado à morte e fuzilado. 

Não era raro os jovens assumirem a luta contra a ditadura nazista. Se ela acontecesse hoje, talvez você e seus amigos também se envolvessem nessa luta. Como você acha que reagiria se fosse condenado à morte? O que escreveria quando os guardas da prisão lhe dessem lápis e papel para que você deixasse uma última carta a seus parentes mais próximos?

O que Kim escreveu, nós sabemos. A última carta para sua mãe contém a seguinte passagem:
Hoje Jirgen, Niels, Ludtig e eu nos apresentamos diante de um tribunal militar. Fomos condenados morte. Sei que você é uma mulher forte e conseguirá suportar tudo isso, mas quero que compreenda. Eu sou apenas uma coisa insignificante, e como pessoa logo serei esquecido; mas a ideia, a vida, a inspiração de que estou imbuído continuarão a viver. Você as verá em todo lugar nas árvores na primavera, nas pessoas que encontrar, num sorriso carinhoso. 

Em março de 1983, Marianeila García Vilias foi assassinada pelos militares na república centro-americana de El Salvador. Fazia vários anos que as forças do governo e os guerrilheiros rebeldes travavam uma feroz guerra civil. Durante essa guerra, uma facção do Exército, juntamente com extremistas, havia raptado e assassinado milhares de pessoas. A jovem advogada Marianella formou um comitê de direitos humanos para investigar casos de desaparecimento e tortura. Em decorrência, acabou indo para a “lista negra” dos terroristas. Ela sabia que sua vida corria perigo.

Como você teria reagido a uma ameaça desse tipo? A reação de Marianelia foi continuar a luta. No início de 1983, ela visitou uma das zonas de guerra, numa missão do Comitê de Direitos Humanos. Ela nunca mais voltou. Porém, uma carta que escreveu em 1980 nos conta qual era o impulso que a movia: 

Eu luto pela vida: um trabalho real, que vale a pena. Não tenho nenhum desejo de morrer, mas já vivi tão perto da morte e de suas conseqüências que a vejo agora como algo natural. Todos nós devemos morrer um dia, mas a morte sempre virá cedo demais para o homem ou a mulher que tem uma intensa sede de viver. Cada minuto que passa tem um significado, uma profundidade maior do que qualquer outra coisa, mesmo que pareça comum e rotineiro. Cada rajada de vento, cada canto da cigarra, cada revoada de pombos é como um poema. 

Sei que os que trabalham pela
justiça sempre terão o direito a seu lado e receberão a ajuda de Deus; estes irão prevalecer, e a verdade resplandecerá. 

É melhor ser rico de
espírito do que em bens materiais. 

Referência Bibliográfica:

GAARDER, Jonstein; NOTAKER, Henry; HELLERN, Victor. O livro das Religiões. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. págs.: 9-11.

Para ler a parte 1/4 clique aqui.
Para ler a parte 2/4 clique aqui.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Reflexão sobre a matéria do Fantástico do dia 12 de Junho de 2011

Por Carlos Chagas

Neste último domingo o Fantástico publicou uma matéria muito interessante a respeito de construções que são realizadas no Brasil e que não são concluídas, deixando assim apenas mais uma despeza milionária nos cofres públicos e uma obra que, para o povo, não serve de nada. Veja a matéria logo abaixo:



É dureza, mas como não se indignar com uma coisa dessas? O vídeo ficou muito bem feito mas faltou esclarecer algo que já faz parte da cultura do brasileiro (e não é só do político): O Superfaturamento de notas. Fica evidente que certas obras foram superfaturadas uma vez que algumas chegam a sextuplicar seu valor orçado. Mas é claro que o fantástico não tratará deste lado já que não possui provas concretas e também por ser algo "perigoso" demais.

Acredito que este vídeo é importante para todos. Inclusive para os cristãos. Tenho visto a igreja, e mais especificamente a evangélica embrenhando por este caminho da política. Caminho este necessário para todos. Todavia ressalto que a maioria dos ditos "cristãos" que estão ali não passam de ladrões ou de meros coniventes com a ladroagem quando fazem "vista grossa" com os ocorridos. Eu disse: A maioria.

Mas infelizmente não espero que isso mude, pois como mudar uma nação se dentro de igrejas vemos mais e mais corruptos? E digo mais: Eu, recentemente, tenho visto que tipos de políticos evangélicos têm batido à minha porta pedindo votos. Pessoas estas que estão na mais alta consideração na região. Mas por quê? Porque muitos fazem vista grossa e porque na igreja atual existem muitos que preferem manter-se calados a não levantar uma briga em favor da boa conduta. Misturam a compreensão sobre o que é rebeldia com covardia. Tenho visto na igreja atual muitos se calarem diante de situações simples de serem resolvidas mas devido aos títulos que geram poder para aqueles que os detêem, fica mais aceitável os erros  dos mesmos que o conserto, criando assim na cabeça do "doente" a ideia de que posso ir mais adiante com a minha postura. Começa-se o efeito bola-de-neve.

O que me indigna não é ver os bilhões sendo roubados nesses "elefantes brancos", mas perceber que faço parte de um povo que, em sua maioria, prefere manter as pequenas rapozinhas adentrando seus aposentos que consertar a podridão que nasce debaixo dos nossos narizes, mostrando que em matéria de criação de bandos de safados, a igreja caminha para ser a 1ª colocada.

Sei que tal artigo pode vir a lhe revoltar. E se isso acontecer, por favor, ore para que tais palavras, ao menos, nem venham a se tornar realidade, mas digo: Para mim estas já o são.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Será que precisamos de uma religião? Parte 2/4



Por Carlos Chagas

Atenção: Este artigo é uma trascrição literal do livro chamado "O livro das Religiões" de Gaarder, Notaker e Hellern. Os méritos são dos autores.

Quem sou? De onde venho? Para onde vou?

As crianças logo se tornam curiosas. Uma criança de três anos pode fazer perguntas que os adultos não conseguem responder. Uma de cinco anos pode refletir sobre os mesmos enigmas que um idoso. 

A necessidade de se orientar na vida é fundamental para os seres humanos. Não precisamos apenas de comida e bebida, de calor, compreensão e contatos físicos; precisamos também descobrir porque estamos vivos. 

Nós perguntamos:

* Quem sou eu?
* Como foi que o mundo passou a existir?
* Que forças governam a história?
* Deus existe?
* O que acontece conosco quando morremos? 

Essas são as chamadas questões existenciais, pois dizem respeito à nossa própria existência.
Muitas questões existenciais são bastante gerais e surgem em todas as culturas. Embora nem sempre sejam expressas de maneira tão sucinta, elas formam a base de todas as religiões. Não existe nenhuma raça ou tribo de que haja registro que não tenha tido algum tipo de religião.

Em certos períodos da história, houve gente que colocou questões existenciais numa base puramente humana, não religiosa. Mas foi só há pouco tempo que grandes grupos de pessoas pararam de pertencer a qualquer religião reconhecida. Isso não implica necessariamente que tenham perdido o interesse pelas relevantes questões existenciais. 

Alguém já disse que viver é escolher. Muitas pessoas fazem escolhas sem pensar com seriedade se estas são congruentes, ou se existe alguma coerência em sua atitude com relação à vida. Outras sentem necessidade de moldar a atitude delas de maneira mais abrangente e estável.

Cada um de nós tem uma visão da vida. A questão é: até que ponto fomos nós mesmos que a escolhemos, até que ponto ela é nossa própria visão? Até que ponto estamos conscientes de nossa visão? 

Referência Bibliográfica:

GAARDER, Jonstein; NOTAKER, Henry; HELLERN, Victor. O livro das Religiões. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. págs.: 8-9.

Para ler a parte 1/4 clique aqui.