Por Carlos Chagas
Após ler um artigo do Ricardo Gondim (http://presbi.com.br/2011/02/18/deus-nos-livre-de-um-brasil-evangelico/) passei a defender com mais afinco as minhas ideias sobre o Brasil ser dos Evangélicos. Por quê? Porque sabe-se que no meio dos evangélicos possui certo grupo radical que acha que implantando, por meio da força, a cultura "evangélica" o Brasil será mais santo. Vou dizer, em poucas palavras o porquê que tal ato não é evangelical (no sentido de Evangelho) e muito menos cultura. O que acontecerá com o Brasil se este for evangelizado desta forma?
- A conversão de quase todos se dará apenas no estereótipo (por fora) e quase nunca pelo coração. Assim, a Idade Medieval voltará com suas aparências. O povo dirá: "Sou evangélico" só porque será moda falar tal coisa;
- Não mais será aceitado outro pensamento que vá além do predominante evangélico. Ir contra as "marchas pra Jesus", os louvorzões, as pregações da prosperidade, às doutrinas do livro da capa preta, e outros será o ganho da passagem para o inferno. Além do mais, pensar assim é declarar a perda de amigos;
- A bancada evangélica em Brasília continuará a fazer as "presepadas" no estilo das "sangue-sugas"(para ler sobre o assunto clique aqui). A diferença é que não serão apontados como ladrões já que não haverão pessoas do "contra"...;
- O dízimo não mais existirá. Começarão a implantar o trízimo (quer saber o que é isso? Clique aqui) e mais tarde sabe-se lá o que será implantado com relação à arrecadação de IMPOSTOS;
- Iniciar-se-á uma nova Cruzada Evangélica onde homossexuais, ateus, filósofos, etc, serão severamente punidos por não se adequarem à "visão evangélica";
- Será o fim dos filmes e programas não-evangélicos e, com certeza, não mais haverá futebol, a não ser que seja para a reunião dos líderes das igrejas para tratar de assuntos santos e de extrema importância como se pode ver, como exemplo, neste vídeo (clique aqui);
- Se antes era chute na Santa, agora será chute nos santos (para mais bizarrices clique aqui);
Nas palavras de Gondim: "Levar a boa notícia não significa exportar uma cultura, criar um dialeto, forçar uma ética. Evangelizar é anunciar que todos podem continuar a costurar, compor, escrever, brincar, encenar, praticar a justiça e criar meios de solidariedade; Deus não é rival da liberdade humana, mas seu maior incentivador." Logo, evangelizar é ensinar a vida; a como viver diante das oportunidades e desafios, e não impor uma regra ou obrigar um povo a algo. A Lei existe para o homem e não este para aquela.
Por fim, concluo que o Evangelho de Jesus Cristo está LONGE de ser isso que vemos hoje em dia. Jamais li a respeito de Jesus algo que dissesse que Ele roubou, ou que focava dinheiro na sua igreja, ou que fazia parte de uma bancada evangélica da política responsável pelo desvio de verba pelas cuecas, ou que passeava de iate às custas de seus discípulos, ou que fomentava a ira, a luxúria, a gana por bens materiais, que amava brigas, desrespeito e coisas do tipo. Por isso eu também digo: "A cada dia que passa eu tenho mais nojo do título "Evangélico" mesmo eu sendo um. Todavia não enojo do Evangelho. Seria melhor amarrar um tijolo no pescoço e pular na sua piscina de 3 metros de profundidade a ter que progagar tal coisa". Logo, isso não é o forçar de uma aculturação; é banalizar os bons princípios do Evangelho.
Que Deus nos perdoe porque o mal já está feito. Muitos já tropeçaram por este caminho... camiho no qual nós colocamos as pedras de tropeço. Perdão Senhor.
Cenas de barbarie no carnaval de Salvador 2013. Estamos retrocedendo ao tempo das cavernas. http://www.universidadedavida.com.br
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