Quantas manifestações temos visto no Brasil desde a Copa das Confederações? E quantas notícias sobre corrupção política temos visto desde Pedro Álvares Cabral? São perguntas simples e, às vezes, nem levadas em consideração. Mas o que mais intriga é por que quando, em meio a tais manifestações, um jornalista se machuca, toda a atenção que antes estava se dispensando ao motivo da manifestação, passa-se a ser para tão somente à vítima por parte de seus colegas de trabalho, como foi com o jornalista da Bandeirantes, que foi atingido por um instrumento pirotécnico na cabeça? Não consigo entender a TV: O Brasil está mergulhado na merda da corrupção e os jornais apenas mostravam isso pensando que o povo ficaria inerte como sempre ficou. Agora que a bola de neve começou a rodar, ao meu ver, a TV e os poderosos perderam controle sobre a massa e, agora desesperados, tentam frear essa bola a todo custo. Mas deixar de falar do motivo mais forte da manifestação para falar de apenas um ferido não seria apelativo demais?
Ressalta-se aqui que tal jornalista atingido é digno de ser mostrado na TV, para que autoridades tomem suas iniciativas, mas fazer disso um sensacionalismo barato é fazer de tal jornalista também vítima assim como você é de pessoas poderosas que jamais são punidas pelo maior erro que cometem. No Brasil é assim: Quando se está perto de resolver um grande problema alguém pega uma coisa miúda e a destaca como se fosse a maior.
Qual deveria ser o foco da TV? Mostrar que por causa da corrupção muitos morrem de fome, no descaso da saúde, com falta de emprego e salário dignos e por foguetes na cabeça, ao invés de um ferido por foguete por causa de mais uma manifestação. Tenhamos objetivo.
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