terça-feira, 4 de março de 2014

O bom soldado não se corrompe

Por Carlos Chagas

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Canson Soldado COPIC Cristãos Hoje
Assim como é na guerra
na vida também o é.
Quando se vence um nome aparece
Mas do soldado se esquece

Poucos são destacados
Raros os destemidos
Mas os poucos destilam seus egoísmos
Esquecendo então dos feridos

No cristianismo assim tem sido
Apóstolos do primeiro século eram os evangelistas
E hoje os evangelistas são missionários
Pois o título "Apóstolo" agora tem pompa
Para os "grandes" que são destacados

Os pequenos eram importantes
Hoje os grandes são os heróis
Ser pequeno é coisa do passado
Ser pequeno não pode passar de instantes

Antes se lutava para durar
Hoje se troca por opção
Antes a labuta era para melhor
Hoje não se luta com discurso de renovação

A igreja lutava por união
Hoje a briga é por separação
Prega-se um céu de reconciliação
Mas na terra o que vale é desunião

A incoerência hoje é comum
Porque normal esta nunca foi
Vemos o mercado das grandes igrejas
Vemos a igreja reformada voltando à podridão

Daí vem o soldado
Da trincheira para a vitória de encontro ir
Este o tiro dispara
Para no seu pé o projétil atingir.

O tiro dele não vai adiante
Porque o povo assim quer
Acostumados a ver a mesmisse
A mudança, de forma alguma, pode acontecer

Mas um soldado não discute as ordens
Como soldado de Cristo continua a disparar
Mesmo que as balas suas mão atravessem
Para depois os pregos o pendurar

Não se é soldado cristão aquele que a homens obedece
Mas aquele que o Evangelho quer para si
E depois aos demais busca levar
Sem mentiras a inserir

Ser um soldado é estar preparado
Para quando chamado ir de encontro
À vida que é prometida
Pelo Senhor deste reinado

Ser soldado é negar a patente
Ser soldado é esquecer sua glória
É pensar na promessa
Que seu General lhe apresente

Saia da trincheira quando preparado estiver,
não olhe para trás, foque no seu alvo
vá sem medo, sem afobação
mesmo que um tiro leve
mesmo que a morte ria para você
lembre-se que muitos correm contigo
com o objetivo de vencer

Se a morte lhe sorri
cabe tão somente a você sorrir de volta
Pois lutamos com Aquele
que nem a morte suporta

Negue a má conduta
Lute com o novo coração
tente e tente novamente
até a ovelha virar um leão
Assemelhando-se a seu Pai
que é simplice como pomba
e prudente como serpente

Vá ao chão
levante-se novamente
Caia de novo
demore a levantar
mas levante-se sempre

Caso venha cair e não mais levantar
Não temas, pois os anjos o levantarão
Se não Ele mesmo
A sua mão vier a segurar.

Sobre o desenho:

Sou apaixonado por II Guerra Mundial. Não pelo acontecimento, mas porque nela descubro quem eu sou. Devido ao curso de desenho artístico que eu fazia tornou-se necessário usar materiais para aprimoração. Como já havia esboçado este soldado desconhecido resolvi usar os materiais no mesmo. Após um tempo, resolvi escrever um poema após apreciá-lo. Realmente não sei quem desenhei e muito menos se ele está vivo de fato, mas nos meus sonhos ele ainda está lutando o bom combate.

Caso queira usar o desenho fique à vontade. Pirateie, copie, redesenhe, retire meu nome, enfim, faça o que quiser.

Material usado: Lapiseira Pentel 0.5 grafite HB, Sketch Markers Copic escala cinza neutro (canetas N0, N2, N4, N6, N8 e 0.5), tinta nanquin Trident e papel Canson A4 140g/m2 branco levemente granulado.

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