quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A proposta é ser nojento?

Por Carlos Chagas

Acabou que não me segurei e tive que escrever isso. Nesta quarta-feira após a festa de Carnaval, algo tão típico da vida do brasileiro, eu, mais uma vez, tive que escutar aquelas "contações de vantagens" de como foram as festas. De pessoas sem escrúpulos eu não podia esperar muita coisa: "Catei mais de 8 mulheres em uma só noite em Ouro Preto"; "Porra, sou fodido mesmo!"; "Bebi até entrar em coma". E o pior é que esta última foi contada no ar de vantagem!

Daí fiquei a pensar:

- Se cada homem pegou cerca de 5 mulheres (tem uns que falam de 15!!!) era necessário cerca de 15000 para cada 3000 homens para ainda torcer para não pegar "baba" de outro;
- Que vantagem tem em se conclamar o "pegador" se a maioria que está ali vai com esse propósito mesmo?;
- Para que contar vantagem de entrar em "coma" alcoólico se isso só serviu para atrapalhar a festa do mesmo?;

Mas o pior dos meus pensamentos é o seguinte. Acompanhe passo-a-passo do mesmo:
- "Usa-se camisinha nas festas carnavalescas. Que bom, ao menos a chance de se contrair DST é menor. Mas e se rolar um oral sem essa camisinha? Tipo assim: Beijei ao menos 40 meninas nos 5 dias de festa. O que não me garante que estas não haviam feito tal ato e depois veio me conhecendo e me 'garrando'?"

Chego a me enojar do que penso quando escuto tais coisas. Além disso eu tenho que fazer caras e bocas para tolerar em respeito esses carnavalescos. Não falo mais nada para alguns porque os mesmos já sabem minha postura. Um deles, irritado pelo meu silêncio me perguntou: "Não vai falar nada?". Disse: "Não!". 

Mas é assim o Brasil. O povo reclama de tudo mas faz cada coisa! Uma pessoa que não valoriza seu corpo, suas condutas, suas festas, como poderá valorizar outras coisas? Ir para festas e se atracar com outras pessoas que fazem o mesmo só para garantir uma fala de vantagem no final de tudo me faz pensar que o Brasil merece o povo que tem: Estes preferem lutar por promiscuidade que lutar contra os "tiriricas" do Congresso Nacional ou contra coisas que seriam, como posso dizer... menos nojentas.

Todavia ainda faço parte dos caretas chamados de "santinhos" que não "comem mulheres nas festas", nem fumam (nem mesmo cigarros!!!), nem bebem, e coisas do tipo mas que ainda têm ideais e princípios. Assim, que venha um Brasil e mundo melhor!

Que meu filho não seja mais um desses. Caso venha ser, que as responsabilidades sejam assumidas por ele de forma consciente.

2 comentários:

  1. falou tudo carlin hehehe!!!!!

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  2. concordo contigo plenamente. são cabeças vazias. se for analisar o que esse povo possui no cérebro vai terminar perdendo o que você possui e não chegará a conclusão alguma. Eu chamo de geração besterol

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