Por Carlos Chagas
Talvez a grande dúvida de hoje seja feita em uma pergunta aparentemente simples: O que é ser cristão? Eis uma breve reflexão:
1- Ser cristão não é apenas o homem que vive de forma humana, social ou mesmo religiosa. Cristão é todo, e tão somente, aquele que procura viver sua humanidade, sociabilidade e religiosidade a partir de Jesus, o Cristo.
a- O que é ser humano? É esforçar-se por ser homem, individual e completo. Mas não só o cristão consegue ser humano. Também o humanista secular, o existencialista, o positivista e o racionalista. É admissível que estas pessoas também sejam humanistas. Todavia nem por isso são cristãs.
b- O que é ser social? É viver em sociedade; estar inclinado à luta por esperança e necessidades dos demais, dos grupos humanos; é engajar-se com o espírito combativo em prol da justiça social. Contudo isto pode ser vivido pelos engajados socialmente; pelo reformador social, pelo revolucionário, marxista, fascista, socialista, nazista ou representante de esquerda. É também admissível que estes apresentem legítimas urgências sociais, mas nem por isso são cristãos.
c- O que é ser religioso? É aquele que se religa (religare) com o Ab-soluto (que não há mistura; Puro). É viver a vida, mas esta com um sentido no transcendental de forma incondicional. Entretanto ser religioso é possível ao budista, ao hindu, mulçumano, judeu; ao monista ou panteísta; igualmente ao deísta, místico, espiritualista, adeptos a diversas religiões, ou que nutre um sentimento altruísta com influências do Totalmente Outro. Também é impossível negar: Todos estes são legitimamente religiosos. Mas nem por isso são cristãos.
E em que consiste então o especificamente cristão? Como que é realmente ser cristão? É procurar viver sua humanidade, sociabilidade e religiosidade a partir de Cristo. Tão somente procurar. Mas quem é Cristo e porque ele é diferente dos demais? Continua na PARTE 2/3.
Inspirado no Livro: KÜNG, Hans. Ser Cristão. Rio de Janeiro: Imago, 1976.
Inspirado no Livro: KÜNG, Hans. Ser Cristão. Rio de Janeiro: Imago, 1976.
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