sábado, 27 de fevereiro de 2010

Profetas e Profecias no Antigo Testamento

Por Carlos Chagas

LASOR, William S.; HUBBARD, David A.; BUSH, Frederic W. Introdução ao Antigo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1999.

Os autores, no capítulo 16 da obra, tratam do assunto que envolve profetas e profecias. O profeta é conceituado como alguém que “fala em nome de um Deus e interpreta sua vontade para o homem”. Este profeta pode vir com outros nomes nas histórias do primeiro Testamento que são eles: Vidente, homem de Deus, atalaia, mensageiro do Senhor e homem do Espírito.

O profeta era alguém que tinha seu nome respeitado no meio da nação de Israel, sendo que, poucas vazes sua presença é rejeitada. Esse, por mais que tremesse e entrasse em êxtase durante a revelação da profecia ou de outra ação do Espírito, sempre mantinha a consciência e o autocontrole durante a revelação. O chamado do profeta era algo subjetivo, porém o povo não questionava sua autoridade.

Quanto ao caráter do profeta, Deus nunca ficou preso em usar pessoas de caráter irrepreensível. Davi era de péssimo caráter, porém Javé o usou como instrumento de condução do povo ao caminho desejado por ele; Javé. Apesar de Davi não ter sido profeta, às vezes sua conduta se mostrava como tal.

O termo profeta era usado antes de Samuel. Moisés é citado como profeta em Oséias12:13. Estes profetas não tinham a intenção em escrever suas ações. Antes, estes profetas praticavam o anúncio oral. Mais provável que fossem os discípulos quem escreviam os textos.

Os profetas dos séculos X e IX possuíam diferenças dos profetas dos séculos VIII e VII. Esses tinham a atenção voltada aos reis como conselheiros. E estes voltaram a atenção mais para o povo; para a Nação.

A profecia possuía duas concepções: 1- a predição. E 2- a aplicação à situação da época. Ela, a profecia, não buscava primeiramente os efeitos escatológicos ou apocalípticos, antes, suas intenções estavam voltadas ao tempo presente. Como os autores descrevem “a profecia é a mensagem de Deus para o presente à luz da missão redentora em andamento”. E ainda: “Ela serve para ver melhor o propósito de Deus e sua obra redentora do que por outros meios”. É aqui que Deus se revela como um Deus pessoal. Assim como o profeta e sua profecia têm de se fazer presente e pessoal, assim Deus se demonstra ao falar para seu povo.

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