LASOR, William S.; HUBBARD, David A.; BUSH, Frederic W. Introdução ao Antigo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1999.
Segundo os autores a sabedoria bíblica está inclusa em ditados escritos e orais que têm marcas históricas. Estes são compostos de regras para o sucesso e para a felicidade. Sua literatura tem início no século X. Mas esta literatura sapiencial não é encontrada somente na Bíblia. Alguns achados históricos apontam para povos da antiga Mesopotâmia, datados bem antes de Abraão.
Os escritos de sabedoria podem ser divididos em:
1- Sabedoria proverbial: São ditados geralmente curtos que expressam uma sabedoria de experiência acerca da vida. Estes tipos de provérbios trabalham não só questões de práticas cultuais como também sociais com o intuito de sistematizar as observações da vida para passá-las a outros. Estes ditados passavam por meio do povo e possuíam características cômicas. A preservação destes provérbios dependia de seu tamanho, compreensão, apreciação e popularidade.
2- Sabedoria contemplativa ou especulativa: São monólogos ou diálogos que relatam os problemas da existência humana, tanto do sentido da vida quanto a questões do sofrimento. Nestes eram expressos as preocupações prementes da vida.
Mas para que tal literatura? Esta surgiu como um movimento de sabedoria em Israel para instruir a geração vindoura quanto aos costumes, responsabilidades e liderança social. Porém, uma nova característica foi somada aos escritos sapienciais no reinado de Salomão, quando esses possuíam maior prestígio por parte do povo como obras literárias.
O sábio, que era aquele que organizava a “sabedoria popular”, era constantemente consultado pelos reis. Mas os sábios não aconselhavam somente os reis, estes aconselhavam pessoas com diversos problemas auxiliando-os em suas ações. Estes sábios também eram responsáveis em fazer pronunciamentos e observações apropriadas.
Para um israelita a sabedoria devia estar ligada em Deus e só estava à disposição do homem porque este é criatura de Deus, que conseqüentemente eram capacitados a receberem a revelação do Alto. Para ser considerado sábio no meio dos israelitas devia-se antes temer a Deus e ser um adorador devotado.
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